quinta-feira, 21 de maio de 2009

A MELHOR CRIAÇÃO DE DEUS


Minha intenção com esse pequeno artigo não é desmistificar nem tão pouco alentar aqueles que se separaram de seus entes queridos, porém, é um alerta àqueles que em algum momento questionaram a sabedoria e a providência divina.

Questionar os desígnios de Deus é comum desde que o mundo é mundo, porém compreendê-lo de forma completa é tarefa para poucos, onde os questionamentos atormentam aqueles que os fazem e por fim se enchem de culpa por fazê-lo.

Estou tentando aqui, mostrar que de todas as criações feitas por Nosso Criador, a MORTE talvez seja a melhor de todas.

Não que eu esteja incitando as pessoas a acabarem com suas vidas, muito pelo contrário, pois, ter consciência da morte, fará com que as pessoas vivam de maneira mais plena.

De maneira geral, cristãos, islâmicos e judeus acreditam que após a morte há a ressurreição. Já os espíritas crêem na reencarnação: o espírito retorna à vida material através de um novo corpo humano para continuar o processo de evolução. Algumas doutrinas acreditam que as pessoas podem renascer no corpo de algum animal ou vegetal. Em algumas religiões orientais, o conceito de reencarnação ganha outro sentido: é a continuação de um processo de purificação. Nas diversas religiões, o homem encara a morte como uma passagem ou viagem de um mundo para outro.

O Budismo, por exemplo, prega o renascimento ou reencarnação. Após a morte, o espírito volta em outros corpos, subindo ou descendo na escala dos seres vivos (homens ou animais), de acordo com a sua própria conduta. O ciclo de mortes e renascimentos permanece até que o espírito liberte-se do carma (ações que deixam marcas e que estabelece uma lei de causas e efeitos). A depender do seu carma, a pessoa pode renascer em seis mundos distintos: reinos celestiais, reinos humanos, reinos animais, espíritos guerreiros, espíritos insaciáveis e reinos infernais.
Já os Evangélicos, assim como os Católicos, acreditam no julgamento, na condenação (céu ou inferno) e na eternidade da alma. A diferença é que o morto faz uma grande viagem e a ressurreição só acontecerá quando Jesus voltar à Terra, na chamada 'Ressurreição dos Justos', ou, então, aqueles que forem condenados terão uma nova chance de ressurreição no 'Julgamento Final'. Os que morrerem sem Cristo como seu Deus também receberão um corpo especial para passar a eternidade no lago de fogo e enxofre.
No Candomblé, não existe uma concepção de céu ou inferno, nem de punição eterna. As almas que estão na terra devem apenas cumprir o seu destino, caso contrário vagarão entre céu e terra até se realizar plenamente como um ser consciente e eterno.
Os cultos afro-brasileiros acreditam que os mistérios da vida e da morte são regidos por uma Lei Maior, uma força divina que dá o equilíbrio divino ou eterno. O Candomblé vê o poder de Deus em todas as coisas e, principalmente, na natureza. Morrer é passar para outra dimensão e permanecer junto com os outros espíritos, orixás e guias. Trabalha com a força da natureza existente entre terra (Aìyê) e o céu (Òrun). Nos cultos afros, o assunto de vida após a morte não é bem definido.
Na Terra, o objetivo do homem é realizar o seu destino de maneira completa e satisfatória. Ao cumprir o seu destino na Terra, o ser humano está pronto para a morte. Após a morte, o espírito será encaminhado ao Òrun, para uma dimensão reservada aos seres ancestrais, ou seja, eternos. O ser humano pode ser divinizado e cultuado. Caso o seu destino não seja cumprido, os espíritos ficarão vagando entre os espaços do céu e da terra, onde podem influenciar negativamente os mortais. Como não se realizaram plenamente, estes espíritos estão sujeitos à reencarnação. Já as pessoas vivas que sofrem as suas influências negativas, precisam passar por rituais de limpeza espiritual para reencontrar o equilíbrio.
A Umbanda sofre influências de crenças cristãs, espíritas e de cultos afros e orientais. Como não existe uma unidade ou um 'livro sagrado', alguns umbandistas admitem o céu e o inferno dos cristãos, enquanto outros falam apenas em reencarnação e Carma.
Na Umbanda, morte e nascimento são momentos sagrados, que marcam a passagem de um estado a outro de manifestação espiritual, morremos para um lado e nascemos para outro lado da vida, o que nos aguarda do outro lado depende de nós mesmos.
A Umbanda explica o universo através de sete linhas, regidas por Orixás. Ao morrer, a pessoa será atraída por estes mundos espirituais. A matéria é apenas um dos caminhos para a evolução do espírito. Sendo assim, a morte é uma etapa do ciclo evolutivo, sendo a reencarnação a base da evolução. O objetivo maior do nascimento e da morte é a harmonização e a evolução consciente do espírito. Após morte, o ser humano leva consigo suas alegrias, sua fé, suas crenças, suas mágoas e suas dores. E terá que lidar com elas, sempre contanto com o auxílio dos espíritos mais evoluídos que o recepcionarão no outro lado da vida e o ajudarão na sua adaptação no mundo espiritual.
Com a morte do corpo físico, os espíritos bons podem se tornar protetores, enquanto os maus (espíritos de pouca evolução, devido às poucas encarnações) podem virar perturbadores. Os mortos (desencarnados) podem ser contatados, ajudados ou afastados.
De certa forma, todas as religiões e pessoas vêem a morte como algo que não faz parte de sua vida, e questionam em determinado momento se fizeram por merecer a chance que lhes foi dada. Repito que se as pessoas tiverem consciência de que morte faz parte da vida e que em determinado momento terão com ela, a morte, seu encontro definitivo, estas viverão de forma melhor e mais plena, pois parafraseando o grande Ariano Suassuna em “O Auto da Compadecida”, a morte é o que iguala a todos os seres vivos.
Já imaginaram como seria chato e fatídico se ninguém morresse e que os seres fossem os mesmos desde a criação do mundo?
Meu recado aqui caros irmãos, é no sentido de não desprezar a morte e sim de valorizar a vida, pois, há aqueles que preferem chamar a morte de “o outro lado da vida”, mas pense, meu irmão, se a vida é uma escola, a morte é nossa formatura!

Abraços fraternais

Jairo Pereira Jr. - 2009
Professor de Economia e Matemática
35 anos, casado, 1 filha e Umbandista

domingo, 17 de maio de 2009

ACORDA MEU FILHO


Tem gente dormindo demais por aí.

Você não acha, meu filho, que esse sono todo é um processo de fuga ou preguiça disfarçada?

Às vezes preto velho vê meus filhos reclamarem das coisas:
Que estão difíceis, que a vida está cada vez mais dura e os negócios não correspondem aos investimentos realizados por você.

Mas, veja bem, meu filho, dormindo desse jeito, você vai perder enormes oportunidades.
Quem quer vencer na vida, não entrega seus negócios para outros administrarem. Estude as atitudes dos vencedores e você poderá ver que cada um deles assumiu por si mesmo a atividade na qual se destacou.

Acorde enquanto é tempo, pois quando você ficar velho, o tempo precioso já terá passado, e tempo, meu filho, é algo que nunca volta, assim como oportunidade perdida jamais retorna.

Tudo pode se renovar, mas nada se repete em condições idênticas.

Comece o dia cedo, dando exemplo aqueles que lhe são subordinados.

Não adianta reclamar que é difícil ou que está casado.

O corpo físico foi projetado por Deus para se reerguer diariamente, após um período de oito horas de sono.

Se você não consegue se manter acordado depois disso, é porque algo está errado.

Pense bem e veja se você não está fugindo de algo.
Talvez seu corpo se enclausure no sono como fuga dos deveres que lhe competem.

Há quem durma também diante da vida, deixando as oportunidades de progresso passarem.

Desgastam-se na juventude, abusando de seus próprios limites, e depois quando o outono da vida chega, lamentam o tempo perdido.

Hoje meu filho, a vida mudou e ninguém poderá deixar o tempo passar, sem arrepender-se depois.

Cuidar das coisas espirituais enquanto é tempo, é questão de sabedoria.
Portanto acorde da letargia espiritual e defina-se imediatamente.

Não se pode ficar dormindo, enquanto o mundo gira cada vez mais rápido rumo a um futuro de realizações.
Há ainda aqueles que esperam cair do céu a tão sonhada felicidade.

Acorde e aprenda logo que a felicidade não cai do céu.

Sai para viver, e mostre-se apareça, brilhe e invista em você mesmo.
Você dormiu demais em seu sonho e fantasia.

Sonhos e ideais, são muito bons, mas somente agindo é que poderão se realizar qualquer empreendimento.

É preciso que meus filhos tomem atitudes e parem de mascarar e desculpar sua omissão.
Assuma uma atitude de coragem diante da vida, e não se entregue ao sono da alma.

Acordar e ser corajoso e romper com o ócio; é ser arrojado no mundo, assumindo atitude de vencedor na vida., e não se entregar à fuga da consciência.

Até os mortos já se levantaram, e trabalham o tempo todo, porque você fica deitado e dormindo.

Jesus disse: -O PAI TRABALHA, E EU TRABALHO TAMBÉM!

SABEDORIA DE PRETO VELHO.
ESPÍRITO: PA I JOÃO DE ARUANDA.
MÉDIUM: ROBSON PINHEIRO.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

SALVE OS PRETOS VELHOS !


Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste preto velho chorava.

De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pelas faces, não sei porque contei-as...foram sete.

Na incontida vontade de saber, aproximei-me e o interroguei.

Fala meu Preto Velho, diz ao teu filho por que externas assim uma visível dor?

E ele, suavemente respondeu:
- Estás vendo esta multidão que entra e saí?

As lágrimas contadas estão distribuidas a cada uma dela.

- A primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vem em busca de distração, para sairem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber...

- A segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam.

- A terceira, distribui aos maus, aqueles que somente procuram a Umbanda em busca de vingança, desejando prejudicar aos seus semelhantes.

- A quarta, aos frios e calculista que sabem que existe uma força espiritual, e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma, e não conhecem a palavra gratidão.

- A quinta, aos que chegam suave, com risos, o elogio na flor dos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito:
"Creio na Umbanda, nos teus cabocolos e no teu Zambi, mas somente se vencerem o meu caso ou me curarem disso ou daquilo."

- A sexta, eu dei aos fúteis que vão de centro em centro, não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente.

- A sétima, filho, nota como foi grande e como deslizou pesada: Foi a última lágrima, aquela que vive nos "olhos" de todos os Orixás. Fiz a doação dessas aos médiuns vaidosos, que só aparecem no centro em dia de festa e faltam as doutrinas.

Esquecem, que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual.

Assim, filho meu, foi para esses todos, que vistes cair, uma a uma as sete lágrimas de um PRETO VELHO

Epa Ô,meus Pretos Velhos!