sexta-feira, 16 de outubro de 2009

1º Seminário da Integração do Povo do Santo para os Direitos Humanos



Toda apatia gera omissão. É momento de agir.

A Constituição brasileira, promulgada em 1988 garante o respeito aos diversos cultos religiosos existentes no país, mas será que apenas saber isso nos basta?
O Povo do Santo, filhos de Umbanda e Candomblé, precisa manter essa questão sempre em pauta, pois são inúmeros os ataques que acontecem aos nossos cultos, seja de forma mais velada, através de chacotas aparentemente inocentes, mas carregadas de preconceito, ou mesmo ações mais violentas, propagadas inclusive pela grande mídia.
Discutir os nossos direitos e deveres é levar adiante a bandeira de Oxalá, de forma responsável e chamar para si o respeito que nossa religião tanto merece, não apenas por ser a nossa crença, mas também o resultado do sacrifício de um povo que não abdicou de sua fé diante da violência de seu opressor.

Com essa consciência - e com o espírito do respeito ecumênico – é que se realizará em 27/11/2009, na Câmara Municipal de São Paulo, o 1º Seminário da Integração do Povo de Santo para os Direitos Humanos, a partir das 18 horas, tendo como principais objetivos a discussão dos seguintes temas:

• Os direitos das religiões afro-descendentes e a tolerância religiosa;
• os direitos e deveres jurídicos das casas de Umbanda e Candomblé;
• isenção de impostos para templos religiosos (questão que varia de acordo com as legislações municipais);
• regularização das casas de Umbanda, a fim de ter seus direitos garantidos;
• espaços públicos para realização de rituais;
• criação de centros de referência e memória das religiões afro-descendentes.

Haverá também, na ocasião, apresentação musical da Escola de Curimba Toque de Vida e do grupo de dança típica “Companhia de Moçambique Família Feliciano”.

A realização desse seminário, que conta com o apoio do vereador Ítalo Cardoso (presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de São Paulo) é apenas um primeiro passo em direção a uma discussão mais ampla, em outros municípios, atingindo de forma positiva e beneficiando o maior número possível de irmãos-de-fé. Não existem interesses políticos envolvidos no evento, os únicos objetivos são relacionados aos direitos do povo de Umbanda e Candomblé.

Os nomes dos participantes da mesa de debates ainda serão confirmados e divulgados oportunamente. É interessante que o maior número de terreiros envie seus representantes, a fim de integrar-se sobre os nossos direitos e garantir o sucesso do seminário.

Maiores informações poderão ser fornecidas através do email douglasfersan@uol.com.br.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A TAL DA EGRÉGORA


“Egrégora são aglomerados de moléculas do Plano Astral, que tomam
forma quando são criadas pelo pensamento nítido e constante de uma pessoa ou de
um grupo de pessoas e passam a ‘viver’ magnetizadas por essas mentes.

Tais criações podem apresentar vários tipos:
‘anjos de guarda’ ou ‘protetores’, quando fortemente mentalizados pelas mães para a custódia de seus filhos, e sua ação será benéfica;

podem servir de perseguidores, obsessores, atormentadores quando criados por mentes
doentias; podem ser formas que se agregam à própria criatura que as cria mentalmente
e as alimenta magneticamente; têm capacidade de resistir para não se deixarem
destruir pelo pensamento contrário.

‘São comuns esses agregados ao redor das criaturas,obra puramente do poder mental sobre o astral.
Assim são vistas formas mentais de ambições de ouro, de desregramento sexual, de gula, de inveja, de secura por bebidas alcoólicas etc.

Essas aglomerações, quando criadas e mantidas por magnetização forte e prolongada de numerosas pessoas (por vezes, durante séculos e milênios), assumem também proporções gigantescas, com poder atuante, por vezes quase irresistível.

Denomina-se, então, um egrégoro.

E quase todos os grupos religiosos o possuem; alguns pequenos, outros maiores, e por vezes tão vasto que, como no caso da Igreja Católica de Roma, estende sua atuação em redor de quase todo o Planeta, sendo visto como uma extensa nuvem multicolor, pois apresenta regiões em lindíssimo dourado brilhante, outras em prateado, embora em certos pontos haja sombreado escuro, de tonalidade marrom-terrosa e cinzenta.

Isso depende dos grupos que se elevam misticamente e com sinceridade e de outros que interferem com pensamento de baixo teor (inveja, ódio de outras denominações religiosas, ambições desmedidas de lucro etc).

Há também os egrégoros de grupamentos outros, como de raça, de pátria etc.

Funcionam quase como uma ‘bateria de acumuladores que são alimentados pelas mentes que os cria’, como escreveu Leadbeater em “O Plano Astral”(Editora Pensamento).

Logicamente, quanto mais forte é a criação e a alimentação,mais poderoso e atuante se torna esse ser artificial, muitas vezes cruel com seu próprio criador, pois não possui discernimento do bem ou do mal e age automaticamente com a finalidade para que existe.”

Texto extraído da obra “Técnica da
Mediunidade” (Editora Sabedoria),
de Carlos Torres Pastorino.

sábado, 3 de outubro de 2009

“Lutas do dia-dia”



Ao olhar para trás, deparo-me com as lutas que tive.
Lutei pela minha vida ao nascer, mesmo sendo desejado por meus pais. Lutei pela minha boa educação, mesmo sendo mimado por minha avó. Lutei pelo meu aprendizado escolar, mesmo que, por vezes, meus colegas tentavam me corromper.

Assim foi toda minha infância, pequenas lutas travadas para crescer bem e quando achei que na adolescência tudo fosse melhorar, dei com os burros n’água, pois na realidade tudo se complicou e a luta continuou.

Lutei de novo e lutei mais. Lutei pela namoradinha, mesmo sabendo que aquela não era a mulher ideal. Lutei para não usar drogas, mesmo que por vezes sentisse vontade de experimentá-la. Lutei para conservar os amigos, mesmo quando estes insistiam em se afastar. Lutei por uma vida melhor, mesmo sabendo que o vestibular era um sonho quase impossível. Mas nessa fase da vida já entendia o sabor das vitórias e amargava as derrotas sem entendê-las.

E egresso na fase adulta tive a certeza de que as coisas melhorariam. Porém, a vida pregou-me nova peça e a luta prosseguiu. A diferença é que já adulto, entendia melhor minhas derrotas e aproveitava mais minhas vitórias.

Lutei novamente pela namorada, que se tornou noiva e depois esposa, mas sei que essa sim é a mulher da minha vida. Lutei pela minha casa, pois lá eu encontro o meu porto seguro. Lutei pelos meus filhos, pois deles tenho amor incondicional. Lutei pelo conforto da família, por que tenho certeza que esta é à base de tudo.

Entre tantas lutas travadas, tantas derrotas sofridas e tantas vitórias conquistadas, fica o sentimento de dever cumprido, de jamais ter desistido ou me acovardado. Fica ainda o sentimento de que outras batalhas virão, pois elas sempre virão. Preparado ou não tenho que enfrentá-las. Preparado ou não tenho que combatê-las.

Fica ainda, o sentimento de que sem elas, as lutas do dia-dia, as derrotas seriam mais amargas, pois não entenderia seu real motivo, e as conquistas pouco doces, pois não agregaria nada em minha vida. Pois com essas batalhas, com essas lutas do dia-dia toda grande conquista tem sabor especial.

Jairo Pereira Jr. - 2009
Professor de Economia e Matemática
35 anos, casado, 2 filhos e Umbandista