sexta-feira, 28 de novembro de 2008

MANUTENÇÃO NO BLOG

A PARTIR DE 23 DE NOVEMBRO DE 2008
ESTAREMOS REFORMULANDO O BLOG
MULTIMIDIASPECTRUM COMUNICAÇÕES

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

OGÃS

OGÃS NA UMBANDA
por Gustavo Reis
A palavra Ogã vem do Yorubá e significa Senhor da Minha Casa. Não é para menos, pois o Ogã – médium responsável pelo canto e pelo toque - ocupa um cargo de suma importância e de responsabilidade dentrodos rituais de Umbanda, que é o de conduzir a Curimba – conjunto de vozes e toques do atabaque - ajudando nos trabalhos espirituais para que possamser fortes e bonitos. Os ritmos (toques) e cantos realizados pelo Ogã, pode-se dizer que nos dias de hoje, são parte integrante de um Centro de Umbanda.
Os atabaques – instrumento de percussão - sempre foram alvos da polícia baiana e estavam terminantemente proibidos de serem tocados em Terreiros. Aproveitando uma viagem ao Rio de Janeiro a até então desconhecida Mãe Aninha, zeladora da casa de candomblé Ilê Axé do Opô Afonjá em São Gonçalo do Retiro, decidiu solicitar uma reunião com Getúlio Vargas, que na época ocupava o cargo da Presidência do Brasil.
Nessa reunião foi discutido o assunto sobre os atabaques nos terreiros, pois como dizia Mãe Aninha, para dar originalidade e ritmo às festividades era preciso os instrumentos de percussão. Ela fora tão determinada que conseguiu “arrancar” de Getúlio Vargas um decreto que liberava o uso de atabaques em Terreiros. Este ato, foi considerado um grande passo para o Culto de Nação no Brasil, que de pouco a pouco ganhava espaço na sociedade brasileira. Esse acontecimento foi recebido com grande festividade pelo povo de santo, principalmente na Bahia, onde foi comemorado com a famosa festa da Lavagem da Escadaria do Senhor do Bonfim. O responsável pelo toque, o Ogã, tem de ser bem preparado e Coroado como Ogã para exercer tal função em um Terreiro, pois além de serem médiuns intuitivos, são Sacerdotes natos, aqueles que nascem com a função de falar por um Orixá, de serem um Instrumento puro dos Orixás e fazem isso através de suas mãos e cantos.
O Ogã é um canal aberto para muitas linhas de trabalho da Umbanda que trabalham ativamente através dele, são linhas de caboclos, exus, pomba-gira, etc... que por motivos próprios trabalham nos “bastidores”, sem incorporarem ou tomarem a “linha de frente” dos trabalhos espirituais. Formam uma corrente de espíritos que auxiliam nos toques e cantos da curimba, são mestres na música de Umbanda, verdadeiros guardiões dos mistérios do “Som”.
Muitas são as funções que os pontos cantados têm. Primeiramente uma função ritualística, onde os pontos “marcam” todas as partes do ritual da casa. Assim temos pontos para a defumação, abertura das giras, bater cabeça, chamada, subida, sustentação dos Guias e fechamento de gira. Uma outra função importante é de emitir ondas energéticas pelo som do atabaque e pelos cantos que servem para diluir algumas energias astrais negativas que não fazem bem ao médium.
A curimba é um verdadeiro “pólo” irradiador de energia dentro do Terreiro, potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás, ajudando os médiuns tanto na hora das incorporações, desincorporações e da firmeza de um trabalho. A curimba, por si só, emite energia suficiente capaz de descarregar um médium ou uma Casa.
Por isso a curimba deve sempre estar em sintonia com os Guias Espirituais, com os Orixás e com o Dirigente do trabalho. O Ogã deve estar sempre pronto e procurando aprender mais e mais. Sempre com amor, pois quando vibramos de coração, os cantos atuam sobre nossos chacras, ativandoos, e deixando-nos em total sintonia com a Espiritualidade Superior.
Os pontos transformam-se em “orações cantadas”, ou melhor, verdadeiras determinações de magia, com um altíssimo poder de realização, pois é um fundamento Sagrado e Divino. Poderíamos chamar tudo isso de “magia do som” dentro da Umbanda, pois não é simplesmente evocar uma Divindade, mas é chamado de magia por envolver toda uma “cadeia” onde o som da curimba atua nos médiuns positivando-os e equilibrando-os. Infelizmente, não temos visto nos templos de Umbanda uma preocupação com a qualidade da curimba, ou seja, com o conjunto de vozes e toques de atabaques.
Há templos em que os atabaques são “tocados” com tanta força que parece que os Ogãs estão descarregando sua energia e sentimentos negativos nos couros dos instrumentos e não é possível ouvir as letras dos pontos cantados e, às vezes, nem mesmo a melodia. Em outros lugares, há uma preocupação com a afinação, mas há negligência quanto aos ritmos e instrumentos ou, então, os atabaques são muito bem tocados, mas o canto é completamente desafinado. Pior, ainda, é quando não se prioriza nem uma coisa nem outra, porque na verdade é o conjunto em que um completa o outro, formando uma grande Harmonia.
É válido lembrar também, que esses problemas de musicalidade são percebidos por muitos freqüentadores que, além do “stress” auditivo, saem comentando a desarmonia, o que pode desprestigiar a Casa e a comunidade umbandista, em relação ao nível de excelência que deveria ser alcançado. Axé Irmãos! Que possamos ter em nossa Umbanda uma religião digna de belos ritmos, com muita vibração, harmonia e irradiação Divina.
OGÃ
por MARCOS VINÍCIUS CARACCIO
Curimba, é um ponto de força dentro de um Terreiro de Umbanda. Sempre enaltece nossas giras, sendo de suma importância dentro do Terreiro. Os atabaques são chamados de Ilú na nação Ketu e Ngoma na nação Angola, mas todas as nações adotaram esses nomes Rum, Rumpi e Le para os atabaques, apesar de ser denominação Jeje.No Candomblé Jeje os Ogãs são classificados como:
PEJIGAN que é o primeiro Ogã da casa Jeje. O mais velho de todos os Ogãs é geralmente o mais sábio.
RUNTÓ é o segundo, que é o tocador do atabaque Run.
AXOGUN é um ogã de suma importância no Candomblé, pois é o responsável pela execução sacrificial dosanimais votivos, e é um especialista no que faz.
No Candomblé Ketu os Ogãs são classificados como:
ALAGBÊ - O chefe dos tocadores de atabaques, os instrumentos de percussão.
OGÃ GIBONÃ - Zelador da casa de Exu, outro ogã de suma importância, pois seus conhecimentos ajudam na firmeza da casa.
OGÃ APONTADO - Pessoa apontada como possível candidato a Ogã. Equivalente ao Ogã suspenso.
OGÃ SUSPENSO - Pessoa escolhida por um Orixá para ser um Ogã, é chamado suspenso, por ter passado pela cerimônia onde é colocado em uma cadeira e suspenso pelos Ogãs da casa, significando que futuramente será confirmado e passará por todas obrigação para ser um Ogã. Há também outros Ogãs como Gaipé, Runsó, Gaitó, Arrow, Arrontodé.
No Candomblé Bantu os Ogãs são classificados como:
Tata NGanga Lumbido - Ogã guardião das chaves da casa.Kambondos - Ogãs. Kambondos Kisaba ou Tata Kisaba - Ogã responsável pelas folhas.
Tata Kivanda - Ogã responsável pelas matanças, pelos sacrifícios animais (mesmo que axogun).
Tata Muloji - Ogã preparador dos encantamentos com as folhas e cabaças.Tata Mavambu - Ogã ou filho de santo que cuida da casa de Exú (de preferência homem, pois mulher não deve cuidar porque mulher mestrua e só deve mexer depois da menopausa, quando não mestruar mais, portanto, pelo certo as zeladoras devem ter um homem para cuidar desta parte, mas que seja pessoa de alta confiança).
Xicarangoma - O chefe dos tocadores de atabaques, os instrumentos de percussão.
NA UMBANDA, o Ogã é um Sacerdote nato, e seu dever é ser disciplinado, atento, sensível aos mínimosdetalhes, coerente, correto e principalmente humilde. O respeito que os Ogãs devem ter pela Mãe e pelo Pai é enorme pois o Ogã nada mais é que o exemplo a ser seguido na gira pelos médiuns da casa, portanto devem passar uma imagem discreta, humilde e respeitosa. Certa vez, Pai Ronaldo Linares me disse que existem três tipos de ogãs: os que cantam melodiosos para as entidades, os que cantam forte para as entidades virem fortes, e os que cantam para levantar defunto!Para se ter uma boa curimba, temos que ter bons Ogãs preparados para tal função o que não é nada fácil!Cantar não é gritar, o canto tem que ser feito de forma melodiosa, com o coração, cantar nada mais é que expressar todos seus sentimentos nesse ponto, sentimentos de alegria, gratidão, respeito e etc. Os Ogãs devem ter uma postura forte e segura, pois essa é a imagem de um Ogã! Salve a Curimba! Salve o Ogã! Salve a Umbanda
Fonte:www.umbandacarismatica.org.br

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

DIA DA CONCIÊNCIA NEGRA NO BRASIL, COMO NOS PORTAMOS?

Caros irmãos de fé, hoje dia DA CONCIÊNCIA NEGRA, me sinto impotente em falar sobre o tema sem exemplificar a vocês as minhas indignações não sobre o olhar da religião mas no conjunto de atitudes e ações que envolvem este dia.
Quero começar pelo fato histórico, que além de não ter a conotação que se deve, ainda é tratado com muito descaso, são omitidos documentos e espaços históricos estão abandonados, ou seus mantenedores deixarm de investir.
O povo quilombola em muitos cantos do país ainda esperam regulamentação de suas àreas, e são discriminados como seus antepassados, o poder público precisa ser mais àgil no que tange a questão deste legitimo povo representante dos escravos afro-brasileiros.
A RELIGIÃO COMO BANDEIRA DE LUTA E RESISTÊNCIA
O Candomblé e a Umbanda tem papel fundamental não só em manter acesa as raízes da matriz africana e da história do povo negro do país, mas de difundir conceitos, de traduzir os sentimentos da luta histórica destas religiões, que tem sido alvo de muitos preconceitos e muito mau compreendida.
Sarcedotes da nossa religião tem que aprofundar em suas casas o sentido histórico, cultural e religioso, mas também difundir as massas o porque se conservam muitas vezes em guetos, isolados como se o mundo espiritual fosse totalmente isolado do mundo exterior.
Nossa religião tem problemas de ordem pública, tem que haver dialogo com o poder público para atender suas necessidades, nós temos sim um papel na sociedade fundamental, como articulador das camadas necessitadas, erepresentamos uma comunidade de parcela significativa que tem uma marca discriminatória por diversos setores da sociedade.
PRECISAMOS DE UNIDADE E TERMOS UMA POSIÇÃO.
É chegada a hora de juntarmos esforços e colocarmos de lado as diferenças religiosas, partirmos para um debate de necessidades comuns e externarmos isso para a sociedade, não precisa nascer um novo lider, mas precisamos que as necessidades e as linhas de pensamentos ultrapassem os cantos dos barracões e templos.
Precisamos de uma posição unica em questões fundamentais, temos direitos assinalados na Carta Magma dos Direitos Humanos, e temos direitos de não sermos discriminados mas sim compreendidos e respeitados.
Assim na história e tragetória da religião e de todos os homens que nela se cercam deixo aqui minha manifestação, deixo também o meu Axé e o meu respeito a todos os irmãos que fizeram e fazem a diferença dentro e fora da sociedade espiritual.
VIVA ZUMBI, VIVA OXALÁ, SALVE A TODOS ORIXÁS.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

ARTIGO DO PROFESSOR JAIRO JR. - SOBRE O CENTENÁRIO DA UMBANDA.

Reflexão sobre o centenário da Umbanda


Numa madrugada de quinta para sexta-feira onde estava sem sono e sem a companhia de minha companheira, fui despertado para um certo pensamento. O do centenário da nossa amada Umbanda.

Acreditem ou não, o que despertou esse pensamento foi um simples comercial de televisão e ajudado pela inspiração dos meus guias espirituais, atentei-me para o jingle dizia que “perto de nações que tem milênios temos pouco mais que 500 anos”.

Claro que o jingle referia-se ao nosso país. Nosso amado Brasil. Que ainda tem muito a melhorar, muito a crescer e muito a se desenvolver.

A partir dessa frase despertou-me o interesse de comparar nossa amada Umbanda com outras religiões. Não que estas comparações sejam de suma importância do ponto de vista religioso, mas para conscientizar o leitor desse pequeno artigo, o quanto já evoluímos nesses cem anos e o quanto ainda temos que caminhar.

Comparemos a Umbanda com as antigas religiões, por exemplo, o hinduísmo, é uma religião que surgiu cerca de 3000 anos a. C. e é estruturada a partir da cultura Védica. Os Vedas levaram cerca de 1500 anos para se estabelecerem nas proximidades dos rios Ganges e Indo. Assim, podemos observar que a religião Hindu tem hoje cerca de 5000 anos de existência.

O Budismo, surgiu na Índia à cerca de 2600 anos, ou seja no século VI a. C., e não é considerada como somente uma religião e sim uma filosofia de vida onde o homem tem que passar por todos os carmas da vida (sofrimentos e provações da vida) para chegar ao nirvana (pureza espiritual), e assim chegar ao fim das reencarnações.

Observemos agora o judaísmo. Como a maioria de nós já leu a bíblia podemos observar que o judaísmo surgiu cerca de 1800 anos a. C. e é considerada a primeira religião monoteísta. E toda a lei judaica está baseada no Tora que são os cinco livros do velho testamento que compõe a Bíblia Cristã. Assim, podemos observar que o judaísmo tem cerca de 4000 anos.

O Cristianismo tem cerca de 2000 anos, surgiu no século I e baseia-se nos ideais de Jesus e essa doutrina espalhou-se rapidamente pela Ásia, Europa e África principalmente pela população carente, pois trazia mensagens de paz, amor e respeito. Cresceu tanto que 392 anos depois de seu surgimento o imperador Constantino declarou o cristianismo como religião oficial do Império Romano.

O Islã surgiu no ano 570 d. C., quando o profeta Muhammad (Maomé) recebeu as orientações para escrever o Corão do anjo Gabriel que transmitiu ao Profeta a existência de um Deus único, onde o Corão destaca a importância de praticar a bondade, generosidade e justiça no relacionamento social. Ou seja, o Islã tem cerca de 1500 anos.

Assim, se compararmos com humildade a diferença entre as religiões com milênios de existência com a nossa querida Umbanda ainda está engatinhando, pois quando escrito este artigo não fazia 100 anos que o saudoso Zélio Fernandino de Moraes recebeu do Caboclo das Sete Encruzilhadas a anunciação da fundação da Umbanda.

Como podemos observar e tirar proveito ainda do comercial, o jingle ainda diz: “vamos tomar conta do menino, bota este menino pra estudar”, creio eu, que devemos tomar conta e cuidar da nossa amada religião, estudar sobre ela, e entregar as gerações futuras uma religião pautada no amor, na paz e na caridade ao próximo.

Temos muito a aprender e muito a ensinar, temos que passar por muitas coisas que farão elevar nosso espírito, que testará nossa fé e nossa paciência.

Temos que conviver com diversos ataques de religiões pouco confiáveis, com seus pastores e bispos pouco confiáveis, que visam o lucro ao invés do amor ao próximo e a caridade. Que visam o bem material ao bem espiritual, que visam o dinheiro ao invés de vislumbrar Deus.

Todas as religiões citadas acima, sofreram perseguições, sofreram retaliações tiveram problemas para difundir seus verdadeiros ideais, mas depois de muito tempo conseguiram.

Todas elas tiveram problemas com as religiões que já estavam estabelecidas e não aceitavam uma nova forma de culto ou de louvor a Deus. Basta lembrarmos que os Cristãos foram perseguidos pelos judeus e pelas religiões romanas, os mulçumanos foram perseguidos pelas tribos politeístas que habitavam o oriente médio, tanto que Maomé teve que fugir de Meca para Medina. Os judeus foram perseguidos pelos cristãos na santa inquisição e mais recentemente judeus e ciganos foram perseguidos pelos nazistas.

O que quero dizer aqui irmãos, é que para nós não será diferente, teremos que enfrentar muitos percalços para alcançar nosso objetivo, o da prática da caridade, seja espiritual ou material. Teremos que resistir aos ataques e deixar que sejamos guiados por Olorum e nossos sagrados Orixás, pois tenham certeza, que esses não nos abandonaram, basta que sejamos corretos e que trabalhemos com os corações limpos, pois veremos a Umbanda fazer muitos centenários.


Jairo Pereira Jr.
Professor de Economia e Matemática
35 anos, casado, 1 filha e Umbandista

DISCUTINDO O CANDOMBLÉ.

Ciência e Religião

Eu concordo, não porque foi considerado o gênio do século, mas que várias situações levam à isso, quer sejam, a constatação que a experiência, os testemunhos e resultados apurados através de pessoas que alteram seu comportamento, a nível de melhoria na saúde, disposição, energia, sistema nervoso, otimismo, caminhos e objetivos materiais, enfim em várias áreas, quando recorrem à situações que as religiões propiciam, quer seja por alguma conduta ritual, um ato de fé, um procedimento de oração, meditação, conscientização, pedido de perdão, amor verdadeiro, arrependimento...
O inverso também é verdadeiro, a pessoa atingida por uma carga/energia negativa, inveja, sentimento negativo, magia, egun (espírito desencarnado com problemas quando em vida), ambiental...tem o procedimento inverso, queda ou não melhoria da saúde, na vida pessoal, no trabalho, energia, sistema nervoso alterado com angústias e depressões,... quase que tudo ao mesmo tempo, parece que o mundo desaba sobre a cabeça e a vida desta pessoa.
Percebe-se que estas energias não transitam num sistema conhecido de tempo e espaço, mas por planos "paralelos", como? Ora, uma magia com forte energia negativa(magia para o mal, inveja...) ou positiva(magia para o bem, oração, ato de fé...) é emitida em um local, e o efeito é sentido em outro local, às vezes muito ou pouco distantes, isto não influi, em tempo diferentes e incertos, quer sejam para o mal ou para o bem(curas...) prova que para estes tipos de energias não existe este nosso conceito de tempo e espaço.
A filosofia da China antiga é que o corpo humano tem o poder de se auto curar, desde que haja equilíbrio harmônico de todos os órgãos internos, além da situação de fé e equilíbrio espiritual. O Egito antigo por outro lado tem em sua filosofia a utilização de energias para seu benefício, das pirâmides, de diversos elementos símbolos, e sua fé e crença no esotérico, no espiritual... No Candomblé existe o axé, energia pura, elemento central para soluções, espirituais ou materiais.
Penso cada vez mais que quando executamos um procedimento ritualístico, que através dos elementos portadores de axé, geram uma energia, e o corpo humano, através de um processo interno, faz ou deixa de fazer, a produção de elementos/produtos necessários a auto-cura ou mesmo manutenção de estabilidade, exemplos: cerotonina, adrenalina e outros tantos que desconheço por não ser minha área, e estes elementos produzidos a mais ou deixados de produzir, que levarão o indivíduo ao malefício ou benefício físico que proporciona a doença ou a cura, a medicina inteligentemente chama de doenças com origem psico-somáticas, não deixa de ser por ter origem em nosso cérebro (em seu todo, glândulas, etc.) grande emissor deste elementos que equilibram ou desequilibram nossa saúde física e mental.
Conclusão: energia é ciência, fé é religião, religião gera energia que gera cura e melhorias, que por sua vez é ciência.Einsten já dizia que não é possível a ciência sem a religião, uma crença e vice versa, a religião sem a ciência/medicina. Ciência e religião são natureza. Os orixás são natureza pura. Em algum instante, percebemos isto, quando uma criança cai febril, só rezar poderá não resolver, um simples analgésico pode lhe salvar da morte, isto mostra que a religião precisa da ciência e vice-versa, quando lhe é administrado um remédio e o mesmo não cumpre sua função, observamos que quando acompanhado de um procedimento ritualístico ou ato de fé, a cura se processa, a interação da religião com a ciência.
Por:
Babalorixá "Mavam Dilè"Fernando Oli.
PernaZeladora: Kitala Mungongo
Raiz: Joãozinho da Goméia

XANGÔ IMAGEM


XANGÔ - ORIXA

Introdução:
Deus do raio, do trovão, da justiça e do fogo. É um orixá temido e respeitado, é viril e violento, porém justiceiro. Costuma se dizer que xangô castiga os mentirosos, os ladrões e malfeitores. Seu símbolo principal é o machado de dois gumes e a balança ,símbolo da justiça. Tudo que se refere a estudos, a justiça, demandas judiciais, ao direito, contratos, pertencem a xangô. Ambicioso, chega ao poder destronando seu meio irmão ajaka. Passa, então, a reinar com autoritarismo e tirania, não admitindo que sua atitudes fossem contestadas, o que possivelmente levou-o a cometer injustiças em suas decisões. Usa o poder do fogo como seu símbolo de respeito. Galante e sedutor , desperta a paixão da divindade oya, uma de suas três esposas - as outras são oxum e obá -
Arquétipos:
Eloqüentes, sociáveis e bons ouvintes. Mas gostam sempre de dar a última palavra, mostrando que também são autoritários.Contraditórios, são aristocráticos e libertinos; infiéis em seus relacionamentos, mas conseguem estabelecer amizades duradouras.Volúveis, esquecem rapidamente as paixões passadas. Estão sempre envolvidos em novas aventuras. E a paixão atual é sempre a maior, a única, a verdadeira...
Lendas:

Xangô era rei de oyó, terra de seu pai; já sua mãe era da cidade de empê, no território de tapa. Por isso, ele não era considerado filho legitimo da cidade.A cada comentário maldoso xangô cuspia fogo e soltava faiscas pelo nariz. Andava pelas ruas da cidade com seu oxé, um machado de duas pontas, que o tornava cada vez mais forte e astuto onde havia um roubo, o rei era chamado e, com seu olhar certeiro, encontrava o ladrão onde quer que estivesse.Para continuar reinando xangô defendia com bravura sua cidade; chegou até a destronar o próprio irmão, dadá, de uma cidade vizinha para ampliar seu reino. Com o prestigio conquistado, xangô ergueu um palácio com cem colunas de bronze, no alto da cidade de kossô, para viver com suas três esposas: oyá ( yansã ) amiga e guerreira; oxum, coquete e faceira e obá, amorosa e prestativa.Para prosseguir com suas conquistas, xangô pediu ao babalaô de oyó uma fórmula para aumentar seus poderes; este entregou-lhe uma caixinha de bronze, recomendando que só fosse aberta em caso de extrema necessidade de defesa. Curioso, xangô contou a yansã o ocorrido e ambos, não se contendo, abriram a caixa antes do tempo. Imediatamente começou a relampejar e trovejar; os raios destruíram o palácio e a cidade, matando toda a população. Não suportando tanta tristeza, xangô afundou terra adentro, retornando ao orun.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

100 ANOS DA UMBANDA SAGRADA - AXÉ....

Aos cem anos, umbanda ainda sofre preconceito
Censo de 2000 do IBGE contou 432 mil brasileiros que se declaram umbandistas, 20% menos que em 1991
Emilio Sant’Anna e Ricardo Muniz
O problema já foi a perseguição da extinta Delegacia de Costumes, no século passado. Atualmente, aos cem anos de sua fundação, comemorada ontem, as acusações de charlatanismo e curandeirismo fazem parte do passado da umbanda. Uma história de obstáculos e desconfianças para se consolidar como a primeira religião criada no Brasil. Porém, se a polícia já não incomoda mais, a intolerância de outras crenças continua presente na vida de pais, mães e filhos-de-santo no Brasil.Nem mesmo a proteção das entidades e orixás parece ter sido capaz de conter os ataques a centros de umbanda e candomblé. Os casos se acumularam nos últimos anos na mesma velocidade com que a demonização das religiões de matrizes africanas avançou nos veículos de comunicação controlados por evangélicos radicais.Há quem acredite que a repetição dos casos de intolerância afasta os fiéis e impede a afirmação da crença. De acordo com o censo de 2000 do IBGE, 432 mil brasileiros se declaram umbandistas. Em 1991, eram 542 mil. “Hoje, existem pessoas se escondendo de sua fé por causa da intolerância religiosa”, lamenta pai Guimarães de Ogum, presidente da Associação Brasileira dos Templos de Umbanda e Candomblé (Abratu) e coordenador-geral do Movimento Chega! - organização contra a perseguição religiosa dos terreiros de umbanda.Segundo o sociólogo Flávio Pierucci, livre-docente da Universidade de São Paulo (USP), o discurso agressivo contra a umbanda e o candomblé surte efeito. “O número de adeptos de religiões afro-brasileiras está caindo vertiginosamente, o que significa que a contrapropaganda está funcionando. Essa demonização dos orixás funciona, porque as pessoas têm medo. Com pastores sistematicamente na televisão ou no rádio dizendo que aquilo é o demônio, realmente as pessoas começam a achar que existem religiões demoníacas no Brasil”, afirma.A outra face da intolerância se revela na vergonha dos perseguidos. “Não temos dados consolidados do número de ataques nos últimos anos porque muitas pessoas acabam se escondendo com medo de novas retaliações”, diz pai Guimarães. “Existem casos de templos que são invadidos por evangélicos e quando ele (o umbandista) vai à delegacia, acaba sendo alvo de gozações.”Alguns ataques, porém, acabaram na Justiça. Uma decisão do Tribunal Regional Federal de São Paulo concedeu ao Superior Órgão de Umbanda do Estado de São Paulo (Souesp) o direito de resposta por ofensa e difamação de um programa (Sessão de Descarrego) da Rede Record de Televisão. O direito de resposta foi proposto em Ação Civil Pública interposta pelo Ministério Público Federal em novembro de 2004. A resposta deveria ser veiculada pela emissora durante uma semana, por uma hora, em horário nobre. “Não temos problemas com os evangélicos. Nosso problema se chama Edir Macedo (bispo e fundador da Igreja Universal)”, reclama Antônio Basílio Filho, diretor jurídico e ex-presidente do Souesp. Em sua sentença, a juíza federal Marisa Cláudia Gonçalves Cucio, da 5ª Vara Federal Cível de São Paulo, escreve: “entendo que é possível a identificação dos ataques à religião com o intuito de menosprezar quem as pratica, referidos como bruxos, feiticeiros, pais de encosto.”A emissora recorreu e o caso aguarda uma definição do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Procurada pela reportagem, a Rede Record não se manifestou. “Eles induzem a sociedade a se voltar contra, ou pelo menos ter medo, das casas de caridade de umbanda”, diz Basílio.Para Pierucci, há um limite jurídico para essas iniciativas. “Esse movimento todo que teve até a participação do Ministério Público de responsabilizar a Rede Record por estar veiculando que os orixás são demônios pecou por querer que o Estado resolvesse questões teológicas. Os juristas brasileiros têm aquele raciocínio lógico-formal, pensam: ‘não é da nossa competência dizer ao Edir Macedo que ele está ofendendo um orixá chamando-o de demônio, isso é um discurso religioso, e o que o Estado tem a dizer sobre um discurso religioso?’”HISTÓRIAPara os seguidores da religião, a primeira manifestação da umbanda sem vínculos com o kardecismo ou com o candomblé ocorreu em São Gonçalo, no Rio, em 15 de novembro de 1908. Nesse dia, na Tenda Nossa Senhora da Piedade, o médium Zélio Fernandino de Moraes, então com 17 anos, recebeu o Caboclo Sete Encruzilhadas. Estava fundada a religião e o primeiro terreiro de umbanda, oficialmente reconhecidos dali em diante. Hoje, terreiros se espalham por todo o País, além de Portugal, Argentina e Inglaterra. Em São Paulo, são dezenas de templos, congregados pela Souesp.SEM REAÇÃONa avaliação de Pierucci, as religiões afro-brasileiras não estão sabendo reagir aos ataques, especialmente por carecer de foros de discussão. “O que estamos vendo é que essas religiões são muito frágeis, não têm organização nem muita unidade. De repente eles recebem um bombardeio de uma igreja que é gigantesca, que é a Igreja Universal.” Em um contexto de acirrada concorrência por clientela, diz o sociólogo, a diversidade religiosa não tem crescido com a liberdade religiosa. “Essa liberdade religiosa deu origem a uma concorrência livre no sentido de que o Estado não regula mais o campo religioso, ele deixa as feras lutarem entre si. Ele se isenta, se ausenta.”

domingo, 16 de novembro de 2008

IEMANJA

IEMANJÁ




IEMANJÁ, a grande mãe, o oceano que origina tudo.
De seu ventre saíram todos os Orixás, dos seus seios correm os rios que fertilizam a terra. Como toda matriarca, é benevolente e preocupada com o bem-estar de todos, mas exerce uma autoridade mais pela astúcia que pela força.
Iemanjá é a imperatriz fecunda e resoluta totalmente aberta a criatividade.
Deusa da nação Egbá, nação Iorubá, onde existe o rio Iemanjá. A umbanda por influência do sincretismo, promoveu IEMANJÁ como nova entidade, criação puramente brasileira. Moralizada como mãe de todos os orixás, assimilando-a com Nossa Senhora, mãe de Deus. Nela ficam condensadas as características das diversas entidades femininas.
Para as pessoas que querem crer em uma mãe extremamente bondosa, puritana, etc, como as colocações de todos os santos da igreja católica, com certeza vai se decepcionar com a realidade dos orixás que são em essência uma realidade do nosso mundo ou o nosso mundo é uma realidade da dos orixás: DUAL. POLARIZADO.
IEMANJÁ tendo sua manifestação positiva: Magnitude, criatividade, destemor, constância, gestação ou o inverso: rudeza, insensibilidade, medo demasiado, e excessivo, crueldade, orgulho desmedido, gula.
IEMANJÁ, a MÃE é reconhecida como estando na segunda posição de autoridade, mas é apática, falsa e pouco disposta a atender as necessidades dos outros.
A representação de IEMANJÁ que se tem difundida o superou em muito a imagem de sereia ou de grande mãe cujos seios descem até o chão. Hoje é uma moça branca a sair do mar, cheia de luz, santa da igreja católica. É gritante a semelhança imposta pelos, católicos mesmo que apresente traços sedutores, é antes de tudo a mãe boa, desafricanizada.
Sempre descrita como orixá mãe, para quem esplendidas oferendas florais são devotadamente depositadas em todas as praias do Brasil.
Mas esta é apenas uma faceta do orixá, cujas qualidades negativas ficam ocultas para o grande público. Para os leigos é costume considerar que IEMANJÁ é a esposa de OXALÁ, e, várias lendas aludem a sua rivalidade com NANÃ.
Também temos lendas que coloca IEMANJÁ esposa de ORUMILÁ, de quem teve IFÁ, o oráculo, e de ORÃNHIÃ, o fundador da cidade de OIÓ.
Iemanjá é vista um pouco menos feminina que algumas outras orixás, porque é mãe dos orixás e é claro, mais velha e inibida. Apesar de seus gestos meigos, ela mostra menos interesse em dar-se ou prestar atenção nos outros. Ela é em geral, mais distante e sua meiguice é interpretada, simplesmente, como boas maneiras.
Os filhos de Iemanjá são quase sempre sensíveis, emotivos, e podem ter dupla personalidade.
São metódicos, aceitam com revolta seu destino, sentem fascinação por tudo que seja oculto.
Via de regra são de estatura forte, são amáveis, porém vingativos.
Tendência a mais de um casamento.
Sua revolta intensa é comparada as ondas do mar. Num constante vai e vem por toda a vida.
Propência a obesidade, câncer de mama, problemas de coluna, doença mental. Seus filhos sentem-se donos da verdade, passam a aparência de calmos, polidos, meigos, humildes, mas no fundo são muito arrogantes, e você não sabe o que na realidade estão pensando. O aspecto físico é marcado pelo corpo e a ossadura grande, ancas largas, seios generosos.
Calmos, sérios, cheios de aparente dignidade, sensual, fascinantes.
Esposa e mãe fiel, eficiente, enérgica, mas ciumenta, possessivas, são muito mais mãe do que esposa, bastante independente em relação aos homens, maridos, amantes, ou pai. Seus sentimentos maternais exprimem-se antes no zelo e no amor com que se dedicam á educação de crianças que podem até nem ser delas do que dando a luz inúmeros rebentos.
Fechados, tranqüilos, doces, pacientes, prestativos, mas quando se enfurecem...
Sinceros. Parecem estar sempre julgando, dão a impressão de falar só por boas maneiras, por obrigação.
Quando dão uma pancada é como a pancada do mar: A pessoa nunca sabe onde vai rebentar.
Não gostam de anarquias, brigas. Dificilmente um filho de IEMANJÁ fala bem de alguém. Muitas vezes são mesquinhos, conformistas, mas não duvide que traia alguém para conseguir alguma coisa. IEMANJÁ é feroz, é mista.
Personalidade forte. É sereia.

IEMANJA -cujo nome deriva de yeyé omo eja [mãe cujos filhos são peixes].
IEMANJÁ [...] Água doce - Gosta de bailar, é alegre, correta, cuida dos doentes. IEMANJÁ (...) Companheira de Ogum - trabalhadora, briguenta, violenta, feiticeira, baila com uma cobra enrolada no braço. IEMANJÁ [...] - é sábia, orgulhosa, respeitada até por Ifá, que lhe acata as decisões.- IEMANJÁ que vive na espuma - na ressaca, enroscada em um manto de limo, muito lenta e esquecida, recebe os ebós junto aos mortos.
IEMANJÁ [....] - para guerrear , vive nos poços e mananciais dos bosques ,ligação com ogumIEMANJÁ [ ... ] - ligação com as nuvens , direcionando suas águas. IEMANJÁ Sereia - com o corpo coberto de escamas e pelos prateados, alimentação, cura de maus Boris.EXU MARABÔ; ligado a Iemanjá, tem atuação sobre toda a orla marítima e áreas de pesquisa científica. Encarregado de fiscalizar o plano físico, distribuindo ordens ao seus comandados, nos mais diversos planos de sua jurisdição.
Dificilmente baixa em terreiros. Fala e escreve perfeitamente o francês.
Quando incorpora, usa o nome de seu companheiro Agalieraps [ Mangueira ]
IEMANJÁ, está associada á foz dos rios e quebra-mares, mãe dos peixes e de todos as cabeças.
É invocada para trazer prosperidade e abundância.
É um orixá que tem o poder da curar as doenças com água, sem derramamento de sangue, com sua própria riqueza, os peixes, pode curar um mau ori, no ato do ebóri.
É um dos orixás mais velhos entre os irunmonlés, podendo algumas vezes comer junto com os eguns.
FRASE DE IMPACTO:Íyá mí nsé owó pélé-pélé nínu omi / Minha mãe esta erguendo as mãos,suavemente dentro das águas.
ELEMENTO> água
NATUREZA> água salgada
EMBLEMA> abebé-leque prateado
ERVAS> jasmim, folha-da-costa, aguapé, algafarra.
METAL> prata e platina
FLOR> rosa, palma branca
FRUTA> mamão, melancia, graviola, uvas brancas
DOENÇAS> barriga e seios,obesidade,câncer de mama
LOCAL PREFERIDO > água salgada e o templo
SEU DIA > é o sábado
SEUS NÚMEROS > são 8 e 16
SUAS CORES > são o azul e o branco,também rosa
SUA SAUDAÇÃO> Odomiô e Odoiá.
SUAS FERRAMENTAS > são a ancora e o leme.
IEMANJÁ GUMTÉ> é casada com OGUM, ela usa espada. Sob a forma de IYA MASSÉ, IEMANJÁ unida a ORÃNHIÃ, deu inicio a sagrada dinastia dos primeiros reis de OIÓ.

DISCRIMINIAÇÃO CONTRA UMBANDA.

''sacerdotes umbandistas são discriminados''
Nos fundos de uma casa humilde, na zona sul da capital, quase na divisa com Diadema, o som dos atabaques do terreiro de pai Milton Aguirre recebe os visitantes. Duas vezes por semana, cerca de 50 pessoas comparecem às sessões do Templo de Umbanda Cacique Sete Flechas e Pai Jobá. Quem freqüenta a casa costuma ser assíduo.Mesmo os que vão a outros terreiros aparecem por lá. Há duas semanas, o motorista Eduardo Batista Simões, de 37 anos, procurou o terreiro de pai Milton orientado por sua mãe-de-santo, do Templo de Umbanda Santa Bárbara.Criado em família umbandista, Simões não tem problemas em demonstrar sua fé. Mesmo assim, não está livre do preconceito. "Basta você falar que é espírita ou umbandista para sentir", diz.Pai Milton sabe bem como é isso. Aos 76 anos, é do tempo em que a religião era perseguida até pela polícia. "Se você vai a um hospital fazer uma visita como sacerdote umbandista, é discriminado", conta. "O preconceito existe por causa da falta de conhecimento, estamos aqui para dar amor."Os templos de umbanda não são os únicos a enfrentar problemas. Pai Flavio de Yansan teve seu terreiro de candomblé fechado pela prefeitura por falta de alvará de funcionamento. Para o babalorixá, no entanto, é outra coisa que incomoda os vizinhos "Os terreiros recebem todos os socialmente excluídos."

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Clara Nunes Tributo aos orixás

Clara Nunes - O mar serenou

SALVE CLARA NUNES, uma das maiores representantes da nossa religião, e nunca deixou de cantar a vida dos orixas.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Confira como diferentes religiões caracterizam um milagre

Caros irmãos de fé, sou umbandista, mas este espaço foi para debater e falar sobre todas as vertentes da nossa religião, e vejam na reportagem abaixo sobre os milagres, que o Candomblé, fica fora do debate, como se a religião não existisse, para mim é mero preconceito contra a Matriz Africana, devemos protestar contra essas matérias preconceituosas.

Veja quais caminhos cada uma delas aponta para alcançar essa graça
Da Redação

Intervenção sobrenatural, fato extraordinário, atuação de espíritos, poder de cura, comunicação com o Divino... Cada religião tem um jeito próprio para caracterizar o milagre. Claro, também há as que não crêem nele. No entanto, uma coisa é certa: na maior parte das crenças, essas bênçãos são movidas pela fé. Em busca de respostas, ANA MARIA conversou com representantes de diferentes linhas para entender como cada uma acredita alcançar um milagre.
Umbanda
Mistura de candomblé, catolicismo e kardecismo, baseia-se na crença de que o universo é repleto de entidades, como Iemanjá, por exemplo. Elas entram em contato com os homens através da incorporação. O milagre é chamado de pedido. Como alcançar? Por meio de cirurgias espirituais, chás e ervas, entre outros tratamentos.

Espiritismo
O universo é constituído de dois elementos fundamentais: espírito - o princípio inteligente - e matéria - elemento sobre o qual o espírito atua e do qual se serve para seu aprendizado. Nele, o homem evolui através de reencarnações. Seu principal expoente foi o francês Allan Kardec. Milagre é um fato extraordinário, explicado pela atuação dos espíritos sobre o mundo material via mediunidade. Como alcançar? Deve-se considerar o merecimento e o objetivo nobre de quem o deseja.
Catolicismo
A Igreja Católica acredita na Santíssima Trindade - Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo. Além disso, venera imagens e crê que os santos são intermediários entre o ser humano e Cristo. Milagre é uma intervenção sobrenatural de Deus, acima das leis naturais, por meio de santos piedosos. Deve ser comprovado cientificamente para ter validade. Como alcançar? Além de ter fé, o devoto pode fazer penitências e rezar o terço, invocando os santos para se comunicar com Jesus.

IMAGEM DE OUXUM


DEUSA DOS RIOS, FONTES E REGATOS

OXUN(nagôs), Aziri (jejes), Acoçapatá (fanti-ashanti), Kissimbi (bantos) é a divindade da água doce. A mais jovem e faceira das mulheres de Xangô, em alguns candomblés é tida como uma ninfeta e junto do seu "assento), geralmente perto de uma fonte, vêem-se bonecas e outros brinquedos.Identificada com Nossa Senhora das Candeias. Nos xangôs é Nossa Senhora do Carmo, padroeira da cidade de Recife, com festa a 16 de julho. No Rio de Janeiro sua identificação é com Nossa Senhora da Conceição e sua data festiva 8 de dezembro. Também identificada com Santa Catarina.
Os rios, em quase todas as mitologias, são moradas de deuses ou a própria divindade. O rio é um caminho mágico. Na Europa, os deuses fluviais mais comuns aparecem com a forma de touro, porco, cavalo ou serpente. Os africanos de Iorubá, bem mais poéticos, fizeram de lindas mulheres as deusas dos seus rios, como o Oiá (Niger) e o Oxun.
Oxun é adora às margens do rio que tem o seu nome e deságua na lagoa de Olobá, rente ao golfo de Guiné, após atravessar o território de Ijexá. Por esse motivo, o toque dos atabaques, que acompanha sua dança no candomblé, é denominado ijexá.
A dança de Oxun é mímica da mulher faceira, que se embeleza e atavia, exibindo com orgulho colares e pulseiras tilintantes. Diante do espelho, sorri, vaidosa e feliz, por se ver tão linda e sedutora.
E é com muito dengue que ela se abana com o abebé.Essa doçura de encanto feminino, porém, não revela a deusa por inteiro. Pois ela é também guerreira intrépida e lutadora pertinaz.
Conta-se que Oxun era soberana de um grande reino, cujas riquezas atraíram a cobiça dos Ioni, seus vizinhos. Os Ioni invadiram o país, multiplicaram os saques, tomaram a capital e apoderaram-se da fortuna da rainha.
Para não ser aprisionada, Oxun fugiu numa jangada nas trevas da noite e pediu a proteção do alto.
Depois, por inspiração divina, ela ordenou aos seus súditos que preparassem abarás e deixassem na praia.
Os invasores chegara e, como estivessem famintos, apanharam logo os abarás e comeram.
Dentro não havia veneno e sim a força divina. Todos ciaram mortos. Oxun, assim, logo retomou a posse de sua fortuna e de seu reino.
Daí por diante, devido à vitória, ganhou a nome de Oxun-Ioni, uma das dezesseis Oxuns.
Oxun-Apará foi mulher de Ogun. Ela acionava com ritmo o fole da forja do deus-ferreiro e a cadência do ruído do fole fez dançar um egungun que passava. Por isso disseram que ela era a "tocadora do fole musical que faz dançarem os egunguns."
DEUSA DA ADIVINHAÇÃO E DA FECUNDIDADE
Muitas Oxuns são guerreiras; outras, ligadas à magia. Das iyabás, isto é, os orixás femininos, só OXUN tem o direito de penetrar no reino de Ifá, o senhor da adivinhação: ela pode jogar o edilogun, os dezesseis búzios divinatórios de Exu.
Quando voltaram à terra, os Orixás organizaram suas assembléias como primado dos homens.
Oxun, mulher, não foi convidada.
Mas logo todas as mulheres se tornaram estéreis e as decisões tomadas nas reuniões dos orixás jamais tinham êxito.
Tudo só voltou ao normal quando Oxun também foi convidada a integrar a assembléia dos orixás.
Pois Oxun, orixá das águas, é uma deusa da fecundidade e, portanto, da criação.
As mulheres a ela recorrem, quando desejam ter filhos.
Oxun ajuda nos partos, como a Artemis Lokeía.
Orixá da fecundidade, revive as deusas lunares de várias mitologias, que simbolizam a terra-mãe.
Nada mais lógico do que esse atributo, pois, sendo o orixá da água doce, sem Oxun não existiriam os vegetais.
Tudo morreria. Pois são os cursos d'água que irrigam e fertilizam a terra, renovando e perpetuando a vida.
O Alcorão, em algumas suras, descreve o paraíso como um lugar por onde corre um rio, em cujas margens vicejam os jardins e os pomares.
OXUN NA UMBANDA
No hagiológio umbandista Oxun lidera a legião das Sereias, a primeira das sete legiões da linha de Iemanjá, a quem está subordinada.
Identificada com Nossa Senhora da Conceição, sua festa é em 8 de dezembro, a mesma data em que é festejada Iemanjá na Bahia.
Os presentes para Oxun, semelhantes aos oferecidos a Iemanjá, costumam ser deixados junto das fontes e regatos, constando de champanhe, vinho branco ou moscatel, flores com fitas brancas e azuis, pó-de-arroz branco, pente branco pequeno, espelho branco, perfumes...
Nos pontos cantados ela é chamada "mamãe Oxun", uma reminiscência da sua condição de deusa da fertilidade, como todas as iyabás das águas.
Suas cores predominantes são o branco e o azul.
Por vezes é confundida com a Uiara dos índios e caboclos, forma lacustre e fluvial da sereia européia.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

AO POVO DE SANTO.

Mais uma vez venho neste espaço para expressar meu profundo respeito pelo nossos irmãos de santo, no mês do centenário da Umbanda pesso licença as outras denominações para dizer que precisamos, ser mais combativos, contra o preconceito, e pela luta de nossos direitos.
Os orixás nos agraciaram quando nos iluminarm em nossas coroas, porém precisamos retribuir com ações efetivas e aprendermos a viver em comunidade, a liturgia, os preceitos e tudo o que envolve a mistica estão peservada, agora precisamos fazer o resgate dos nossos Direitos, assim manifesto aqui e conclamo o povo de santo a fazer esta reflexão em cada terreiro.

ALGUNS ELEMENTOS BÁSICOS DOS PONTOS RISCADOS


Um Ponto - O Ser Supremo, a origem.
Uma Linha Reta - O Mundo Material.
Duas Linhas Retas - O Princípio. o Masculino e o Feminino.
Uma Linha Curva - A Polaridade.
Dois Traços Curvos - As duas polaridades – positiva e negativa.
Um Triângulo de Lados Iguais - A Força Divina – Pai, Filho e Espírito Santo – Santíssima Trindade.
Dois Triângulos (Hexagrama) - Estrela de seis pontas – todas as Forças do Espaço.
Um Quadrado - O os 4 elementos (Água, Terra, Fogo e Ar).
Um Pentagrama -A Estrela de Davi e o Signo de SalomãoA Linha do Oriente, Oxalá, a Luz de Deus.Três estrelas também representam os Velhos e Almas.
Círculo - O Universo, a Perfeição.Um Círculo com Dois Diâmetros Entre Si - O Plano Divino, o Quaternário Espiritual.
Círculos Menores e Semicírculos - A fases da lua (símbolo de Iemanjá), forças de luz, inclui Iansã.
Círculo com Estrias Externas - O sol (símbolo de Oxalá).
Espiral - Para fora indica chamamento de força, retirando demanda.
Seta Reta ou Curva e Bodoque - Irradiação de Oxossi (caboclo).
Balança, Machado ou Nuvem - Símbolos de Xangô e do Oriente.
Raio (condições atmosféricas) - Símbolo de Iansã.
Espada Curva - Símbolo de Ogum.
Espada Reta - Símbolo de Iansã.
Bandeira Branca com Cruz Grega Vermelha - Símbolo de Ogum.
Flor ou Coração - Símbolos de Oxum.
Coração com uma Cruz no Interior - Símbolo de Nanã.
Traços Pequenos na Vertical (chuva) - Símbolo de Nanã.
Folhas ou Plantas - Símbolos de Ossanha.
Tridentes - Símbolos para Exu e Pomba-gira; garfos curvos para a Calunga e retos para a Rua. (Pode haver ou não caveira)
Cruz Latina Branca
- Cruz de Oxalá.
Cruz Grega Negra - Com pedestal, símbolo de Omulu.
Arco-íris – Símbolo de Oxumaré.
Estrela Branca (Oriente) - Luz dos espíritos.
Estrela Guia (com cauda) - Símbolo da capacidade de acompanhamento (Oriente).
Um Oito Deitado (Lemniscata) - Símbolo do Infinito.
Cordão com Nó ou um Pano - Símbolo das crianças.
Conchas do Mar - Símbolo das crianças.
Águas Embaixo do Ponto - Símbolo de Iemanjá (mar).
Pequenos Traços de água - Símbolo de Oxum.
Traço ou Linha Curva com Círculo nas Pontas - Símbolo de força, amarração e descarrego.
Rosa dos Ventos - Chamamento de força ou descarrego.
Palmeiras ou Coqueiros - Força dos Velhos
Traço com Três Semicírculos nas Pontas - Descarrego e força também.
Caros irmãos, estes são elementos básicos em momento algum quero ser o dono da verdade, então aguardo discordâncias e principalmente complementos, ou seja, que vocês envie outros elementos que vocês conhecem.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

DEFUMAÇÃO NA UMBANDA

A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda. É também uma das coisas que mais chamam a atenção de quem cai pela primeira vez assistir a um trabalho.
Para que serve aquela fumacinha saindo daquelas vasilhas ?
Qual a utilidade real da defumação ?
Certas cargas pesadas se agregam ao nosso corpo astral durante nossa vivência cotidiana, ou seja, pensamentos e ambientes de vibração pesada, rancores, invejas, preocupações, etc. tudo isso produz (ou atrai) certas formas-pensamento que se aderem ao nosso aura e nosso corpo astral, bloqueando sutis comunicações e transmissões energéticas entre os ditos corpos.
Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos ar, fogo e vegetal que a compõe, pois interpenetra os campos astral e mental e o aura, tornando-os novamente “libertos” de tal peso para produzirem seu funcionamento normal.
Mas a defumação deve ser feita com ervas escolhidas, colhidas na lua certa e sempre devem ser queimadas em braseiro de barro, já que o braseiro de metal anula a forca contida nas ervas.
Há também outro fator importante. Existem casos de se queimar as ervas com uma profusão de fumaça insuportável, que chega a fazer os olhos arderem e as pessoas tossirem ate’nao poderem mais. Na verdade, o importante na defumação e’o bom cheiro das ervas, a leveza tênue da fumaça e a não poluição desesperada do ambiente, que só prejudica, pois abala a atenção e mesmo a saúde, já que pode ser perigoso para quem tem problemas respiratórios. O importante é a qualidade e não a quantidade.
Obs.: Um boa defumação pode ser feita com cravo, canela em pau e erva-doce, sendo ótima para a manutenção e desagregação de cargas no ambiente do terreiro ou em sua residência, sendo que a defumação deve ser sempre efetuada dos fundos para a frente da casa, acompanhada de um ponto cantado adequado a situação.
(PROCURA-SE O AUTOR)

O PODER DAS ERVAS

Na Umbanda um dos principais elementos utilizados são as ervas. Ou seja parte de plantas, em especial folhas.Assim as ervas estarão presentes nos banhos de descarrego e imantação, na defumação, no tabaco utilizado pelas entidades, nas receitas de chás, garrafadas, nos Amacis, na preparação e feitura de Pais e Mães-de-santo, nos assentamentos, enfim, estão por toda parte e em todas as etapas da Umbanda.Serão usadas folhas, caules, flores, raízes, etc, secas e verdes e serão usadas, também, suas resinas.
A ciência material cada dia mais volta a buscar o poder das plantas na cura de enfermidades, tal qual nossos ancestrais faziam. Infelizmente, em nome da "ciência", este uso foi ficando de lado, e agora volta com toda a força. Essa ciência é a chamada fitoterapia.Graças ao conhecimento popular e de algumas tribos esse conhecimento não foi perdido, e é por relato desses povos que os pesquisadores estão se debruçando.Da mesma forma muitos são os estudos sobre a aromoterapia, ou seja o papel dos aromas no equilíbrio e na recuperação emocional e até física dos seres vivos.Terapias já reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde como a fitoterapia e os florais demonstram que muito temos que descobrir do poder das plantas. Ou seja, por todo o mundo voltam-se as atenções para as ervas. E a Umbanda?Tanto as tribos e povos africanos como ameríndios sempre fizeram uso das plantas. Seja para cura, seja para adornos, seja para alimentação ou seja para suas religiões. A Umbanda que herda muitas dessas práticas dá vida a esses ensinamentos diariamente em seu terreiros.Para a Umbanda as plantas além de suas propriedades químicas e biológicas, ou seja materiais, possui propriedades etéricas, ou astrais. Assim de diversas formas as ervas são utilizadas para trazer paz, harmonia espiritual aos seres encarnados e desencarnados. Limpando nossos perispíritos (corpo etérico e corpo astral), equilibrando nossos chakras, permitindo uma aproximação maior de nossos guias ao passo que nos ajuda a elevar a vibração, etc.Talvez um dia a ciência dos homens poderá explicar como um banho de arruda, alecrim e guiné (por exemplo) muda estados mentais e faz com as pessoas fiquem mais dispostas e abertas a receberem energias positivas. Talvez um dia a ciência poderá comprovar que a defumação de ambientes traz bons fluidos ao mesmo tempo que transmuta e afasta energias deletérias, e com isso descobrirá como um abiente carregado produz doenças mentais e físicas.Ou seja, um dia a ciência dará a comprovação dela para o que todos os Umbandistas já têm certeza e têm provas diárias: o poder das ervas.Quando for usar da próxima vez lembre-se que as ervas são como nós: criações dos Orixás, respeite-as e aproveite todo o axé desses vegetais.Saravá a todos!

IMAGENS DE MÃE MENININHA.







BIOGRAFIA DE MÃE MENININHA

Mãe Menininha do Gantois
(Mãe-de-santo brasileira)
10-2-1894, Salvador
13-8-1986, Salvador
Batizada no catolicismo como Maria Escolástica da Conceição Nazaré e no candomblé como Mãe Menininha do Gantois, foi a mais respeitável mãe-de-santo da Bahia. Além de seguidores do candomblé, por seus poderes espirituais e carisma pessoal, conseguiu agregar pessoas de todas as religiões em seu terreiro, inclusive personalidades como Dorival Caymmi, Caetano Veloso, Tom Jobim, Antônio Carlos Magalhães e Vinícius de Moraes, que só tomavam decisões importantes após consultá-la. Neta de escravos africanos da tribo Kekeré, da Nigéria, ainda criança foi escolhida pelos santos do candomblé do terreiro fundado pela bisavó, o Axé La Masse, como mãe-de-santo (ialorixá). Iniciada tia, assumiu o topo da hierarquia da religião ao completar 28 anos. Ditando as regras e comandando o terreiro, conhecido como Gantois, conseguiu maior respeito e aceitação do candomblé por outras religiões e pelo poder político, que perseguia e condenava os praticantes dos rituais. Seu mérito estendeu-se também à modernização do candomblé: mesmo abrindo as portas para integrantes e pessoas de outros cultos e religiões, não deixou que se transformasse em exploração folclórica e turística. Um modelo de vitalidade e bondade, conciliou as atividades do terreiro com a família, realizando obras de caridade.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

CABOCLO - IMAGEM


ORAÇÕES AOS CABOCLOS.

CABOCLO SETE FLECHAS
Salve Zambi, Pai e Criador de todo o Universo ! Salve Oxóssi, Rei da Mata e chefe de todos os Caboclos ! Salve Seu Sete Flechas e sua falange guerreira!Sete Flechas, baixai sobre nós um jato da vossa divina luz, iluminando os nossos espíritos para que possamos entrar em comunicação com esta centelha de luz divina que emana das vossas sagradas flechas, defendendo e amparando-nos neste mundo terreno. Salve as sete flechas que vos foi dada,espiritualmente, para defender-nos de todas as provas que não nos vem de Zambi.Bendito seja Oxóssi que vos o colocou sobre o vosso braço direito a flecha da saúde para que derrame sobre nós os bálsamos curadores; bendito seja Ogum, que colocou sobre vosso braço esquerdo a flecha da defesa para que sejamos defendidos de todas as maldades materiais e espirituais; bendito seja Xangô que vos cruzou uma flecha em vosso peito para defender-nos das injustiças da humanidade; bendita seja a grande Mãe Yemanjá que colocou uma flecha em vossas costas para defender-nos das traições de nossos inimigos.Bendito seja Oxalá que vos colocou uma flecha sobre vossa perna direita para cobrir os nossos caminhos materiais e a senda da espiritualidade, bendita seja as Santas Almas que vos botou uma flecha sobre vossa perna esquerda, para lavar os nossos caminhos, iluminando os nossos espíritos e defendendo-nos de todas as forças contrárias à vontade de Deus. Bendito seja os Ibejis que entregaram em vossas sagradas mãos a flecha do astral superior, para dar à humanidade a divina força da fé e da verdade. Zambi foi quem ordenou, os Orixás as flechas vos entregou. Com as forças das sete flechas, Seu Sete Flechas me abençoou.
PRECE AO CABOCLO VENTANIA
Meu Pai Ventania, receba meu preito de agradecimento pela tua presença constante e amiga em minha vida. Tu, querido amigo e pai, que carregas o nome místico de Ventania, faz com que os bons ventos espirituais soprem fortemente em torno de mim e em meu interior, arrastando e livrando-me de todas as negatividades produzidas por mim ou por irmãos que ainda se deixam levar pelas inferioridades do mau querer e desamor.Arremessa, querido Caboclo, essas energias desequilibrantes nas sagradas pedreiras, a fim de que sejam desfeitas e anuladas, para a glória de Oxalá e o bem espiritual de teus filhos.Abençoa, Pai Ventania, teu filho que ora te busca como o Pai Conselheiro e Forte, e conduz-me pelos caminhos seguros, nesta mata virgem da encarnação presente, para que sempre possa caminhar sob a luz divina, em busca do Bem Maior, que é Deus.Protege minha família, cercando meu lar com tuas energias sempre a soprar o vento da harmonia, da prosperidade e do amor.Irrompe, querido Caboclo, na minha vida, o teu sopro de paz e de alegria, que me faça andar na estrada da segurança, sem temer a influência do mal ou ser por ele atingido.Perdoa a minha fraqueza e pequenez de fé. Carrega-me, com tua força, Caboclo de Xangô, para as altas montanhas da espiritualidade, onde possa respirar o ar da fidelidade e da paz.Sopra sobre mim, querido amigo, as bênçãos da Divina Mãe, Maria, que é a tua energia essencial, para que me faça encontrar sempre a ação do Divino Oxalá, nosso amado Jesus.Obrigado, Caboclo Ventania, pelo teu olhar constante sobre mim. Não me percas de vista, abençoando-me sempre e orientando os meus passos pelo caminho do Bem, mesmo quando doam os meus pés, pelos espinhos e pedregulhos existentes no caminho, dentro da mata virgem desta encarnação.Que a Paz e a Alegria do teu coração me harmonize com a natureza e me faça estar seguro e feliz, vendo em ti, o mensageiro de Deus a me indicar o caminho da evolução.Que todos aqueles que me cercam, os afetos e desafetos, sejam agora beneficiados, PaiVentania, pela sua bênção, em nome de Oxalá.
Graças a Deus!

HISSTÓRIA DA ENCARNAÇÃO DO CABOCLO SETE ENCRUZILHADA.


Esta história chegou até nós , da T.E.F.L. , há muitos anos através de uma entidade - um caboclo de OXÓSSI - enviado do Caboclo das Sete Encruzilhadas , cujo medium não temos informação se ainda está encarnado. Resolvemos passar este relato , para a forma escrita , para que não se perca na bruma do tempo e da nossa memória.
O Caboclo das Sete Encruzilhadas , é uma entidade muito querida na nossa Comunidade , é o mentor espiritual da TENDA ESPÍRITA FRATERNIDADE DA LUZ.
Inicialmente , uma rápida explicação quanto à confusão que alguns irmãos fazem , porque o Caboclo das Sete Encruzilhadas e o Exú Rei das Sete Encruzilhadas , são entidades que possuem nomes semelhantes ( são quase homônimos) , porém trata-se de espíritos distintos , cada um deles trabalhando espiritualmente em seu nível vibratório. Ambos prestam grandes serviços para a melhoria e desenvolvimento dos espíritos encarnados. Ambos , estão em constante evolução , mas não existe qualquer relação de dependência entre eles.
Ao que se tem informação , é que o Caboclo das Sete Encruzilhadas ,é um espírito muito antigo, já encarnado ao tempo da vinda do MESTRE JESUS à Terra e que na roda de suas encarnações , jamais apareceu no nível em que trabalham os nossos “compadres” Exus, como alguns , face à semelhança de nomes , tentam explicar.
Ao tempo do Brasil Colônia , mais precisamente no Estado do Rio de Janeiro , em uma localidade às margens do Rio Paraíba do Sul , chamada hoje de Barra do Piraí. Precisamente neste local , o rio atingia uma grande largura e o seu leito tomava um aspecto sinuoso, alí existia uma fazenda de diversas culturas , entre as quais e em maior escala ,a do café e da cana-de-açucar. Tal propriedade, era administrada por uma família portuguêsa , que ao contrário de outras existentes nas proximidades, alí não era exigído o braço escravo. Os negros que lá trabalhavam, recebiam além da casa e alimentação , uma remuneração em moeda, por isso era a propriedade mais próspera do local, isto graças à forma de administração adotada por seus proprietários.Próximo dali , vivia uma tribo de indios da Nação Tupi-guarani , com os quais , os fazendeiros mantinham um excelente relacionamento.
O Chefe da tribo, era môço e possuia uma razoável cultura,pois fôra alfabetizado na Capital , apaixonou-se por uma das filhas do fazendeiro, que correspondeu ao seua afeto vindo a casar-se com ele, contrariando os costumes de ambas as comunidades. Após a união, ela engravidou, tendo que viajar à Capital do Rio de Janeiro para tratamento médico, demorou-se algum tempo e ao regressar recebeu uma horrivel noticia : que um grupo de indios estranhos na localidade , de surprêsa , tentaram invadir a fazenda para saqueá-la ,os fazendeiros pediram socorro e os guerreiros Tupi-gurany, vieram , mas não puderam impedir que os pais da moça e seus irmãos fossem mortos. Na batalha , o chefe Tupi-guarany , seu marido ,ficou gravemente ferido ,vindo também a falecer em consequência.
Ao todo, sete pessoas foram assassinadas pela tribo invasora. E todos foram sepultados , em uma ilha situada no Rio Paraíba do Sul, dentro da fazenda. E a moça grávida , ùnica remanescente da família de fazendeiros , ia todas as tardes rezar na ilha, junto às sete cruzes que demarcavam os locais onde seus pais ,irmãos e esposo foram sepultados.
Porém , em uma dessas tardes , em que rezava junto ao túmulo do esposo, sentiu-se em trabalho de parto e ali mesmo deu à luz a um menino, seu filho com o chefe Tupi-gurany, cujo corpo estava naquele local sepultado.
O menino cresceu cercado do imenso carinho de sua mãe e recebeu ensinamento proveniente de duas culturas: a cristã adotada por sua mãe e a outra orientada pelo Pagé da tribo de seu pai. Estudou na Capital do Estado e posteriormente na Côrte , recebendo instrução superior de Direito. Como advogado teve intensa atividade profissional em defesa de escravos nos Tribunais do Rio de Janeiro,que eram acusados de crimes pelos senhores escravagistas. Na qualidade de chefe de sua comunidade indígena , disfarçadamente , invadia as fazendas de regime escravo , libertando os cativos e colocando-os em local seguro. Na verdade ninguém conseguia identificar o chefe que comandava o grupo indígena libertador de escravos, ora ele se apresentava com o aspecto físico de indivíduo alto ,ora baixo , as vezes gordo e outras vezes magro, cada ataque era comandado por uma pessoa diferente e assim ele conseguia se manter no anonimato, consequente a dupla personalidade. O seu verdadeiro nome era CABOCLO DAS SETE CRUZES ILHADAS , por ter nascido no local onde existiam sete cruzes em uma ilha ,porém o povo por corruptela o chamava de CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, nome que ele adotou humildemente, até mesmo em sua vida espiritual. Tal nome ficou fixado pelo povo escravo , que o adorava , e quando o grupo surgia na estrada eles cantavam uma toada que tinha a seguinte letra:
“Lá vem , lá vem , bem longe na estrada,
Lá vem, lá vem, o Caboclo das Sete Encruzilhadas”.
A nossa Casa , mantém , desde a sua fundação , em seu ritual de abertura e encerramento de suas sessões espirituais , um ponto ou curimba, com as mesmas características daquela toada , com que era saudado pelo povo escravo:
“Chegou (ou subiu) , chegou , o Caboclo das Sete Encruzilhadas”. Acreditamos que a melodia deste ponto seja a mesma da toada dos escravos.
Após ter desencarnado , voltou através da mediunidade de ZÉLIO FERNANDINO DE MORAES , em novembro de 1908 , como espírito mensageiro , colocando as bases da UMBANDA, no Rio de Janeiro.
Antes do ano de 1948 , um grupo liderado por Henrique Landi Junior , nosso fundador , várias vezes dirigiram-se à cidade vizinha de Niteroi , na busca de uma entrevista com o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS , que nem mesmo o seu médium Zélio , sabia o dia e a hora em que voltaria a incorporar. Quando aconteceu o encontro o Caboclo forneceu a orientação para a fundação da TENDA ESPÍRITA FRATERNIDADE DA LUZ , fato que ocorreu em 08 de abril de 1948 ,pautado nas normas umbandistas adotado pela entidade.
E ao terminarmos , este relato , não poderiamos deixar de considerar aquí o nosso pleito de gratidão a Zélio Fernandino de Moraes , medium do CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS , veículo através do qual , esta luminosa entidade nos legou a maravilhosa UMBANDA , fundamentada na máxima crística: FÉ - ESPERANÇA - CARIDADE.
Henrique Landi (neto) do G.E.E.H.L.Jr da T.E.F.L.

domingo, 9 de novembro de 2008

IMAGEM DE OXALA


OXALA - ORIXA

OXALÁ – O Orixá dos Orixás

Oxalá, Orixalá ou Oxalufan é a primeira forma de orixá que foi criada por Olorun, no início dos tempos, sendo associado ao ar, que existia antes da criação da Terra, e também à água do início da existência. Oxalufan está ligado à cor branca, ou incolor, sendo o primeiro na hierarquia dos fun-fun (os que vestem branco). Detém o axé da criação de todos os seres da Terra. Está ligado à gênese do universo e foi o primeiro orixá criado por Olorun. Representa a maturidade, a sabedoria e o equilíbrio. Veste-se inteiramente de branco, sendo responsável pela manutenção da paz e da tranqüilidade entre os seres criados. Na mitologia africana, é considerado o pai de todos os orixás e de todos os seres vivos, sendo, por esse motivo, constantemente reverenciado em festas públicas e diversos rituais. Está sempre presente nas antigas lendas, representando a figura veneranda de um pai. Sua posição é muito destacada, tendo o respeito de todos os orixás, que se curvam à sua presença. Oxalufan, com seu cajado ou opaxoro, separou a Terra e o céu, que, no início dos tempos, estavam no mesmo nível de existência. Os três pratos, que fazem parte do cajado, simbolizam a sua supremacia sobre os mundos dos seres humanos, dos eguns (paralelo) e dos orixás. O pássaro, que está pousado na ponta do opaxoro, é um mensageiro que faz a ligação entre esses mundos. Com esses pratos, Oxalá carrega e distribui o alimento sagrado para todos os seres humanos e encantados. Os pingentes, que estão presos a eles, simbolizam os presentes que lhe eram ofertados nos diferentes lugares por onde passou em suas caminhadas pelo mundo. Esse orixá, assim como Nanã, é bem-vindo em todos os reinados. O raciocínio é a grande contribuição desse orixá para os seres humanos, diferenciando-o, assim, dos animais. Todos os orixás que vestem branco, ou fun-funs (mesmo Ogun ou Oyá), herdaram esse dom de Oxalá de uma forma mais intensa, e o transferiram para seus filhos na Terra, que, por esse motivo, possuirão um pensamento engendrado e a constante reflexão sobre todos os aspectos da sua existência. O alá é um outro símbolo de Oxalufan, que consiste num pano branco usado para protegê-lo do calor, bem como abrigar, sob sua proteção, todos os seres criados. Serve também para representar a separação entre a Terra e o céu. Muitas vezes, esse orixá é apresentado como um velho, todo curvado e retorcido precisando ser amparado por cambonas e ogans, por não poder andar. O fato de Oxalufan ser o orixá mais antigo não justifica essa postura.. Se consultarmos a mitologia africana, veremos que Oxalá empreendeu grandes caminhadas pelo mundo e, como soberano que era, não se curvava a ninguém (com raras exceções, como foi mostrado na lenda de Oxum). As pessoas que nascem com defeitos físicos e mentais, ou os adquirem antes dos nove anos, serão protegidos por Oxalá, pois houve algum erro na formação desses seres. Podemos pedir a misericórdia desse orixá nos casos acima e para salvar pessoas com doenças graves e casos terminais. A teimosia e obstinação são a marca de Oxalufan, o que lhe traz a possibilidade de grandes feitos ou muitos dessabores.
O Arquétipo dos seus filhos

Os filhos de Oxalá são pessoas muito tranqüilas, com tendência à calma, inclusive nos momentos mais difíceis. São amáveis e prestativos, mas nunca subservientes, pois não se rebaixam a ninguém. Sabem argumentar muito bem, convencendo qualquer pessoa de suas intenções. Adoram limpeza e organização, sendo perfeccionistas em tudo que fazem, às vezes chegando ao exagero. Exigem, com veemência, a mesma postura das pessoas que o cercam. Geralmente essas pessoas aparentam mais idade do que realmente têm, devido ao seu amadurecimento precoce. Usam o raciocínio para resolver seus problemas, sendo esse o seu ponto forte, por isso, não são dados a explosões emocionais. Não gostam de mudanças, preferindo a rotina de uma vida tranqüila do que uma aventura sem garantias. São lentos em suas decisões, pensando muito antes de agirem. Mas, quando tomam uma decisão, são persistentes e perseverantes. São muito reservados em seus sentimentos e raramente orgulhosos. Sendo geralmente comunicativos e carismáticos, atraem muitos admiradores e amigos, que se sentem protegidos ao seu lado. Gostam de canalizar tudo em volta de si, como um grande pai. Dificilmente, um filho de Oxalá deixa sem auxílio uma pessoa conhecida. Nessas atitudes de solidariedade, eles assumem alguns riscos, e, não raras vezes, acabam prejudicados. Confiam demasiadamente nas pessoas, sempre vendo seu lado positivo, por isso correm um sério risco de serem enganados. Seu maior defeito é a teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções. Adoram assuntos polêmicos, expondo seus pontos de vista a quem quer que seja. Um outro aspecto negativo na personalidade dessas pessoas é fugir de determinados problemas, deixando as coisas chegarem a um limite insuportável. Todos os filhos de Oxalá apresentam um porte majestoso ou, no mínimo, digno. Os filhos de Oxanguian, ao contrário de Oxalufan, são muito nervosos, chegando ao extremo da irritação, mesmo sem ser provocados. Isso geralmente acontece quando sua própria vida não anda bem. São inquietos e arredios. Emocionalmente, são muito inocentes e facilmente manipulados pelo sexo oposto. Precisam de companheiras que lhes digam o que fazer em determinadas situações da vida. São muito dependentes e carentes, exigindo muita atenção. O semblante dos filhos de Oxanguian é muito jovem, dificilmente lhe revelando a idade. Quando estão felizes, são alegres e divertidos, procurando agradar a todos que o cercam. Não são nada reservados, contando fatos de sua vida e, até mesmo, algumas intimidades, para qualquer pessoa. Os filhos de Oxanguian têm muita sorte, pois dificilmente alguém não lhes estende a mão quando estão necessitados. Geralmente, possuem muita fortuna e sabem o que fazer para conquistá-la. Adoram pensar e refletir bastante, antes de se arriscarem em alguma nova experiência. São excelentes estrategistas.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

UMBANDA HOMANAGEADA.

MAP de Diadema homenageia Umbanda
Da Redação

Nesta quinta-feira (6), às 19h, o MAP (Museu de Arte Popular) de Diadema dá início a exposição 100 anos de Umbanda em comemoração ao centenário da religião surgida no Brasil como resultado do sincretismo religioso entre candomblé, catolicismo e elementos indígenas. A mostra é gratuita e ficará aberta para visitação até o dia 30 de novembro, de terça a sexta-feria, das 14h às 20h e aos sábados, das 13h às 18h.As obras expostas fazem parte dos terreiros de umbanda do ABC e de São Paulo. A estréia também será marcada por cânticos religiosos entoados por representantes dos terreiros da região.

SEU BOIADEIRO - CABOCLO BOIADEIRO


Boiadeiros são entidades fortes em sua vibração. Gostam de dançar, e na dança, mostrar sua grandeza. Podem ser divididos em três categorias: Boiadeiros dos Orixás do Candomblé, que são os mensageiros; Os Boiadeiros boiadeiros(!); e também há os mensageiros dos Boiadeiros dos Santos, que são o que nas cantigas chamamos de "tocador de boi". É uma linha maravilhosa para descarrego de médiuns "emporcalhados".


Canto pra Boiadeiro


A menina do sobrado

mandou lhe chamarpra ser criado

A menina do sobrado

mandou lhe chamarpra ser criado

Ele mandou dizer a elaque estava tocando seu gado

Ele mandou dizer a elaque estava tocando seu gado

Auê boiadeiroele gosta do samba rasgado

Auê boiadeiroele gosta do samba rasgado

Auê boiadeiroele gosta do samba rasgado

Auê boiadeiroele gosta do samba rasgado

IANSÃ


IANSÃ - ORIXÁ


Também chamada Oiá, é o Orixá dos ventos e raios. Além disto, e Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os quais controla com um rabo de cavalo chamado Eruexim - um dos seus símbolos. Guerreira, a mais agitada das Orixás femininas, foi esposa de Ogum e, posteriormente, a mais importante esposa de Xangô.É irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e impetuoso. É dona dos movimentos (movimenta todos os Orixás), em algumas casas é também dona do teto da casa, do Ilê. Suas cores são vermelho e branco, marrom terracota ou ainda, rosa. De acordo com uma lenda Oyá Omo Mésàm (a mãe dos nove filhos) derivou o nome de Iansã. Sua saudação é epaiêio! Iansã é rainha dos raios, ventos e tempestades. É um Orixá feminino, enérgico, sensual e autoritário. Na mitologia dos Orixás Iansã foi casada com Ogum, mas o traiu com Xangô.

Saudação - Epaiêio.Dia da semana - terça-feira.Número - 07 e seus múltiplos.Cor - vermelho e branco.Guia - 01 conta vermelha, 01 conta branca.Oferenda - pipoca, opeté de batata doce (batata doce amassada com as mãos misturado ao azeite de dendê), maçã bem vermelha e sete rodelas de batata doce fritas no azeite comum.Adjuntós - Oiá Timboá com Bará Legba ou com Ogum Avagã, Iansã Oiá Dirã com Agum Avagã, Iansã Oiá com Bará Adaqui, as vezes com Bará Lanã ou com Bará Agelú ou Ogum Onira ou Xangô Aganjú ou Xapanã Jubeteí, Iansã com Bará Lodê, com Ogum Olobedé, com Xangô Agodô, com Xapanã Belujá ou com Xapanã Sapatá.Ferramentas - espada, par de alianças, cálice, moedas, búzios e raio.Ave - galinha vermelha ou carijó.Quatro pé - cabrita branca.

Iansã Oiá Timboá - Santa Terezinha quando faz adjuntó com Ogum Avagã.Iansã Oiá Dirá - Joana D’arc.Iansã Oiá - Santa Bárbara sem o castelo.Iansã - Santa Bárbara com o castelo.

As pessoas filhas de Iansã são audaciosas, intrigantes, autoritárias, vaidosas, pessoas sensuais, volúveis, com tendência a ter diversos relacionamentos sexuais, inclusive aventuras extraconjugais. São extremamente ciumentas. Mas quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras.

Oxaguiam (Oxalá novo e guerreiro) estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca, tão poucas eram as armas para guerrear. Ogum fazia as armas, mas fazia lentamente. Oxaguiam pediu a seu amigo Ogum urgência, Mas o ferreiro já fazia o possível. O ferro era muito demorado para se forjar e cada ferramenta nova tardava como o tempo. Tanto reclamou Oxaguiam que Oyá, esposa do ferreiro, resolveu ajudar Ogum a apressar a fabricação. Oyá se pôs a soprar o fogo da forja de Ogum e seu sopro avivava intensamente o fogo e o fogo aumentado derretia o ferro mais rapidamente. Logo Ogum pode fazer muitas armas e com as armas Oxaguiam venceu a guerra. Oxaguiam veio então agradecer Ogum. E na casa de Ogum enamorou-se de Oyá. Um dia fugiram Oxaguiam e Oyá, deixando Ogum enfurecido e sua forja fria. Quando mais tarde Oxaguiam voltou à guerra e quando precisou de armas muito urgentemente, Oyá teve que voltar a avivar a forja. E lá da casa de Oxaguiam, onde vivia, Oyá soprava em direção à forja de Ogum. E seu sopro atravessava toda a terra que separava a cidade de Oxaguiam da de Ogum. E seu sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais pelo caminho, até chegar às chamas com furor. E o povo se acostumou com o sopro de Oyá cruzando os ares e logo o chamou de vento. E quanto mais a guerra era terrível e mais urgia a fabricação das armas, mais forte soprava Oyá a forja de Ogum. Tão forte que às vezes destruía tudo no caminho, levando casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias. O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oyá e o povo chamava a isso tempestade

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

CAROS IRMÃOS DE FÉ.

É chegada a hora de nos levantarmos contrra todo o tipo de discriminação que sofremos em nossa religião. precisamos nos unir despidos de qualquer orgulho, é chegada a hora de mostrarmos a sociedade nossas qualidades, necessidades e anseios.
Não podemos ficar a margem das discussões do poder público que vem agora com a intenção de taxar todas as casas de santo bem como todas as igrejas e templos religiosos, com o argumento de que essas entidades não são beneficientes e não fazem trabalhos comunitários essas ações estão acontecendo em vários municípios do país.
Essa é só uma das atitudes do poder público, mas não é só isso, recebi um e-mail de um caso de um babalorixá que faleceu e sua familia não permitiu os rituais de nossa religião, bem como o hospital se manifestou contrário, "discirminação" esta é a definição correta para atos deste porte. Temos que nos unir e em todas as cidades deste país promover um fórum permanente de dialogo para que possamos fazer intervenções junto ao poder público e não ficarmos a margem da história ou segregados em guetos.

HINO DA UMBANDA

Refletiu a luz divina
com todo seu esplendor
é do reino de Oxalá
Onde há paz e amor
Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio, de Aruanda Para todos iluminar
A Umbanda é paz e amor
É um mundo cheio de luz
É a força que nos dá vida
e a grandeza nos conduz.
Avante filhos de fé,
Como a nossa lei não há,
Levando ao mundo inteiro A Bandeira de Oxalá !
Levando ao mundo inteiro A Bandeira de Oxalá

Oração dos Pretos Velhos

Ao Sagrado Princípio do Todo invocamos, do mais íntimo de nossa Consciência, em sinal de reverência à Verdade, ao Amor e à Virtude, propositando cooperar junto às legiões de Pretos Velhos, Índios, Hindus e Caboclos, para os serviços que são chamados a desempenhar na Ordem Doutrinária.
Ao Cristo apelamos, como Diretor Planetário e Senhor dos Sete Escalões, em que se distribui a Humanidade Terrestre, composta de encarnados e desencarnados, desejando oferecer colaboração eficiente, de caráter fraterno, em defesa da Verdade e da Justiça, contra aqueles que, contrariando os Sagrados Objetivos da Vida, se entregam aos atos que contradizem a Lei de Deus.
Conscientes da integridade da Justiça Divina, afirmamos a mais fiel e intensa observância dos Mandamentos da Lei, conforme o Divino Exemplo do Verbo Exemplar, para todos os efeitos invocativos. Acima de alternativas, constituirá barreira contra o Mal, em qualquer sentido em que se apresente, venha de onde vier, seja contra quem for, conquanto quer, em defesa da Verdade, do Bem e do Bom.
Conseqüentemente, que aos bondosos Pretos Velhos seja dado refletir, em seus trabalhos, os sábios e santos desígnios daqueles que, traduzindo a Divina Tutela do Cristo Planetário, assim determinarem das altas esferas da Vida.
Que as legiões de Índios, simples, espontâneas e valorosas, sempre maravilhosamente ligadas à natureza exuberante, possam agir sob a direção benévola e rigorosa dos Altos Mentores da Vida Planetária. Lutando pela Ordem e pelo Bem, pelo progresso no seio do Amor, que tenham de Deus as graças devidas.
Que às numerosas legiões de Hindus, profundamente ligadas às mais remotas civilizações do Planeta, formando portanto nas Altas Cortes da Hierarquia Terrestre, sejam concedidas pelo Senhor Planetário as devidas oportunidades, para que forcem, sustentem e imponham a Suprema Autoridade. Que nesta hora cíclica, em que a Terra transita de uma para outra Era, as Mentes humanas possam receber os eflúvios da Pureza e da Sabedoria, a fim de que sintam os Divinos Apelos do Cristo, em favor dos Santos Desígnios do Pai amantíssimo, que é a divinização de todos os filhos.
Que as legiões de Caboclos, humildes e bondosos, tão ligadas aos que peregrinam a encarnação, para efeito de expiações, missões e provas, a todos possam envolver, proteger e sustentar, desde que se esforcem a bem da Moral, do Amor, da Revelação, da Sabedoria e da Virtude, pois que, fora dessa Ordem Doutrinária, não há Evangelho.