domingo, 16 de novembro de 2008

DISCRIMINIAÇÃO CONTRA UMBANDA.

''sacerdotes umbandistas são discriminados''
Nos fundos de uma casa humilde, na zona sul da capital, quase na divisa com Diadema, o som dos atabaques do terreiro de pai Milton Aguirre recebe os visitantes. Duas vezes por semana, cerca de 50 pessoas comparecem às sessões do Templo de Umbanda Cacique Sete Flechas e Pai Jobá. Quem freqüenta a casa costuma ser assíduo.Mesmo os que vão a outros terreiros aparecem por lá. Há duas semanas, o motorista Eduardo Batista Simões, de 37 anos, procurou o terreiro de pai Milton orientado por sua mãe-de-santo, do Templo de Umbanda Santa Bárbara.Criado em família umbandista, Simões não tem problemas em demonstrar sua fé. Mesmo assim, não está livre do preconceito. "Basta você falar que é espírita ou umbandista para sentir", diz.Pai Milton sabe bem como é isso. Aos 76 anos, é do tempo em que a religião era perseguida até pela polícia. "Se você vai a um hospital fazer uma visita como sacerdote umbandista, é discriminado", conta. "O preconceito existe por causa da falta de conhecimento, estamos aqui para dar amor."Os templos de umbanda não são os únicos a enfrentar problemas. Pai Flavio de Yansan teve seu terreiro de candomblé fechado pela prefeitura por falta de alvará de funcionamento. Para o babalorixá, no entanto, é outra coisa que incomoda os vizinhos "Os terreiros recebem todos os socialmente excluídos."

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