sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A UMBANDA E O CANDOMBLÉ TÃO NECESSÁRIOS.


É muito provável que discordemos das diversas teorias, e práticas que muitas vezes são incorporadas na Umbanda, imolação, elementais, Orixás, Magia entre tantas outras coisas já trazidas para dentro da religião, até mesmo o Esoterismo.Mas qual é a verdade? Podemos afirmar que a Umbanda Esotérica, Traçada de Nação, Tradicional, Omolocô, dentre tantas definições estão erradas ou certas?Quem vai atirar a primeira pedra?(1)

Da mesma forma que devemos entender de vez as diferenças entre Umbanda e Candomblé, entender a Umbanda é entender o Brasil. Um país rico em variedades étnicas e culturais só pode ser resultado de uma intensa miscigenação ao longo de seu processo de formação histórica e que ainda hoje se mostra em movimento. Diversos elementos contribuíram para a formação desse imenso país e essa variedade de costumes que o caracteriza. Do seu elemento étnico primordial – o indígena – pouco restou, levando-se em conta o massacre de que foram vítimas, no entanto, herdamos vários de seus costumes e crenças, dos quais podemos destacar diversos topônimos e o uso de ervas para fins ritualísticos e medicinais (2).

O candomblé é uma religião iniciática, tem seus fundamentos nas religiões tribais africanas (milenares) trazidas pelos escravos para o Brasil. E com eles vieram os orixás africanos, todos negros, sem mistura de credo, pois não conheciam as religiões católica e espírita nem de longe (os escravos).

Antigamente na religião africana, existia uma separação entre o culto de Egun e o culto de orixá, era bem definido e os locais de culto eram independentes e separados. Exemplo disso, podemos ver nas casas de candomblé da Bahia (casas de Ketu tradicional), onde se cultua orixá, (tem apenas um quarto onde são homenageados os eguns dos filhos da casa que já morreram).

O Candomblé é uma religião onde se inicia o filho de santo, ela tem feitura para o Orixá, todos os seus filhos recebem dentro da camarinha os ensinamentos e fundamentos de acordo com os búzios.

Na Umbanda não se inicia o filhos de santo, a Umbanda presta uma homenagem ao Orixá, onde o filho é coroado e depois cada entidade do mesmo vai sendo confirmada e assentada na Umbanda.

A mistura é tão grande, que foram criando falanges e mais falanges que fica difícil dar tantas explicações para o surgimento delas da mesma forma que fica difícil aceitar dentro do Candomblé os cultos de entidades, o que hoje é comum.

Hoje dentro de uma das vertentes da Umbanda, a Traçada em alguns lugares o culto ao Orixá é separado do culto às entidades, e também se sente à necessidade de que o zelador ou zeladora sejam iniciados no Candomblé, pois os fundamentos serão acumulados e os conhecimentos ampliados, mas isso é muito mal visto por vários praticantes da Umbanda, também é necessário observarmos que dentro do meu ponto de vista mesmo o zelador (a) iniciado não deixará de ser Umbandista ou sua casa, pois se o seu propósito é esse em buscar nas entidades o fundamento e princípios da umbanda para pratica da caridade ele sempre terá espaço para o exercício da religião.



OS ORIXÁS NA UMBANDA E NO CANDOMBLÉ:


Os Orixás, dentro de alguns cultos Umbandista não são incorporados. Quem trabalha são os falangeiros dos Orixás, espíritos de grande luz que vem trabalhar sob as Ordens de um Orixá. Os Falangeiros podem ser caboclos, pretos velhos, marinheiros, boiadeiros, dentre as outras linhas. Orixás cultuados na Umbanda: Oxalá, Ibeiji, Obaluayê, Ogum, Oxossi, Xangô, Iansã, Iemanjá, Nanã, Oxum.

Os orixás no candomblé correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças. As características de cada Orixá aproxima-os dos seres humanos, pois eles manifestam-se através de emoções como nós. Sentem raiva, ciúmes, amam em excesso, são passionais. Cada orixá tem ainda o seu sistema simbólico particular, composto de cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até horários.

No Candomblé cultuam-se muitos outros orixás, desconhecidos por leigos, por serem menos populares do que Xangô, Iansã, Oxossi e outros, mas com um significado muito forte para os adeptos dos cultos afro-brasileiros. Alguns são necessariamente cultuados, devido à ligação com trabalhos específicos que regem, para a saúde, morte, prosperidade e diversos assuntos que afligem o dia-a-dia das pessoas. Estes deuses africanos são considerados intermediários entre os homens e Deus, e por possuírem emoções tão próximas dos seres humanos, conseguem reconhecer os nossos caprichos, os nossos amores, os nossos desejos. É muito frequente dizer-se que as personalidades dos seus filhos são consequência dos orixás que regem as suas cabeças, desenvolvendo características iguais às destes deuses africanos.

Orixás cultuados no Candomblé: Oxalá, Ibeiji, Obaluayê, Ogum, Oxossi, Xangô, Iansã, Iemanjá, Nanã, Oxum, Exu, Obá, Ewa, Logun-edé, Iroko, Ossãe, Oxumarê, Tempo, Orumilá, Ifá. Os orixás: Exu, Obá, Ewa, Logun-edé, Iroko, Ossãe, Oxumarê, Tempo, Orumilá, Ifá .

Com isso não quero defender uma vertente ou outra dentro da Umbanda,mas mostrar as diferenças entre as duas religiões e também reforçar que entre ambas a influência é muito grande, e se complementam em muitos casos, da mesma forma que no texto do meu amigo Douglas Fersan as influências dentro de vasto mundo espiritual formaram a Umbanda e transformaram o Candomblé.

Quero afirmar aqui que existem religiões de matrizes africanas e Umbandas sérias, que estão na vanguarda e abrem seus ensinamentos que querem aprender a trocar e assimilar as diferenças, de respeitar o rito de cada um, mas principalmente de buscar a sua identidade sem apontar o dedo parta o outro.


Axé Irmãos........


Fonte: http://umbandaemdebate.blogspot.com/2009/02/umbanda-em-debate.html
http://umbandaemdebate.blogspot.com/2009/01/e-surgiu-umbanda-douglas-fersan.html

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

UMBANDA E QUARESMA


Dentre os vários compromissos que os verdadeiros Umbandistas devem ter para com a religião que abraçaram, estão os de esclarecerem, difundirem e enaltecerem os reais valores, bases e diretrizes de nossa Sagrada Umbanda. Desta forma, observações, avaliações e conceitos devem alcançar e modificar determinadas condutas que, embora habituais, têm como base preceitos estranhos a nossa religião.

Neste contexto, reportemo-nos, sucintamente ao ato litúrgico católico nominado Quaresma. A Quaresma e o próprio nome revela, é um período de 40 dias que tem início após as festas ditas profanas (carnaval), culminando no domingo de páscoa. Tem como finalidade, segundo os católicos, preparar o indivíduo, mediante processos de conversão e penitência, para a expurgação de influências carnais e mundanas e a absorção de valores sagrados. Tal período litúrgico, afirmam alguns, se consolidou no final do século III, tendo sido citado no 1° Concílio (Assembléia) Ecumênico de Nicéia, no ano 325.

Não obstante respeitarmos esta prática religiosa, própria dos católicos, devemos ter em mente que tal habitualidade pertence ao catolicismo, e não a Umbanda.

E por quê então um número razoável de terreiros fecham suas portas, suspendendo as atividades espírito-caritativas durante este período?

1° Influência dos tempos de Catolicismo:
- muitas pessoas que hoje são dirigentes Umbandistas, no passado professavam a religião católica. Converteram-se à Umbanda, mas esqueceram-se de deixar na antiga religião preceitos próprios da mesma.

2° Justificação para longas férias:
- encontram no período católico da Quaresma o meio ideal de justificarem sua vontade particular de descanso, de deleites materiais, sem serem alvos de críticas por estarem suspendendo atividade de auxílio espiritual aos necessitados, uma vez que a maioria não sabe o que é quaresma.

Os Umbandistas, consoante o que foi mencionado, devem ter consciência e convicção de que os terreiros são verdadeiros pronto-socorros espirituais e jamais poderão fechar suas portas a médiuns e assistentes.

Ou será que a tristeza, a frustração, as demandas, as doenças, e outras situações negativas deixam de afligir as pessoas durante a quaresma?

Sejamos sensatos. A Umbanda é religião cristã. É fato. Não significa, no entanto, que tenhamos de aplicar atos litúrgicos alienígenas à mesma.

Se os católicos são de opinião que a melhor forma de expiar suas faltas é jejuar e fazer penitência, ficando na última semana dos 40 dias a chorar o sofrimento de Jesus, bom para eles.

Nós umbandistas somos sabedores que o Meigo Nazareno não quer que soframos por Ele, mas sim que coloquemos em prática suas lições de amor, fé, caridade e fraternidade, virtudes que pregou quando encarnado, como alicerces seguros para a evolução da humanidade.

Reverenciemos o Cristo da Galiléia com trabalhos espirituais, que não podem parar, pois que o socorro é sempre urgente.
A Umbanda é a manifestação do espírito para a caridade.
E caridade é Jesus em ação.


Saravá Umbanda !!!


Texto extraído do site www.jornalumbandahoje.com.br

DEPOIS DO CARNAVAL FAXINA ESPIRITUAL.


É amigos acabou a farra, dançamos, celebramos, estivemos em contato com todo tipo de energia, e todas as manifestações espirituais, boas e ruins, agora é hora de ver como anda nossa saúde espiritual, e qual o saldo dos seus efeitos em nós.

Particularmente sempre me agarro aos meus velhos, meus queridos pretos velhos, seu campo de atuação é vastíssimo e os encontramos atuando nas Sete Linhas de Umbanda, trabalhando a Evolução nos sete sentidos da vida dos seres. Palavras de conforto e carinho é o que transmitem com maestria, aliviando de seus filhos o peso da lida cotidiana, incutindo-lhes resignação, fé e esperança no porvir.

Mas nunca deixarei de me orientar e me agarrar aos meus queridos Exus, com quem neste período também nos agarramos e muito, unindo suas energias eles são capazes de entrar em contato e orientar mais facilmente com almas que ainda não encontraram um caminho. Estas almas vivem entre os encarnados, prejudicando-os, obsidiando-os e até mesmo trazendo-lhes um desequilíbrio tão grande que são considerados loucos. Para este trabalho eles necessitam muito de nosso equilíbrio e de nossa energia. Nosso equilíbrio é utilizado por eles no momento em que as entidades sofredoras se manifestarem com ódio, rancor, raiva, para que tenhamos bons pensamentos e sentirmos verdadeiro amor e harmonia para que desta maneira as desarmemos e não as deixemos tomar conta da situação e, quem sabe, até as persuadir a mudarem de caminho libertando-se assim do encarnado ao qual está ligada; nossa energia é utilizada em casos em que estas almas estão sofrendo com o desencarne, tristes, com dores, humilhadas, desorientadas, assim eles transformam as nossas energias em fluidos balsâmicos que as ajudam, em muito, na sua recuperação.

Também cada casa trabalha com suas ervas, banhos, defumações e todo um ritual de limpeza pós carnaval, o importante amigos é que procurem suas casas ou quem acompanha procure a casa que freqüenta pra fazer esta limpeza espiritual que é de muita importância, ao combate das doenças espirituais e contra energias negativas.

Temos também os diversos e amplos tipos de limpeza espiritual no campo esotérico, magistico que não e jamais devemos desprezar, o importante com este texto é que cada um de nós fiquemos atentos as nossas energias internas para que nossa evolução seja sempre tranqüila.


Axé irmãos.....

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

NA UMBANDA NÃO HÁ DOUTORES


NA UMBANDA NÃO HÁ DOUTORES

Em meio às atividades espírito materiais de alguns terreiros que pregam a igualdade, a fraternidade, o amor e a caridade, um fato, dentre os muitos que nos deixam perplexos, tem nos chamado à atenção. Por isto mesmo, merece uma análise mais profunda e esclarecedora por parte daqueles que querem ver o movimento umbandista mais forte e coeso.
Estamos falando da ostentação de títulos de ordem honorífica ou profissional como instrumento de aspiração ao poder e também como meio de dominação, subjugação e humilhação frente a terceiros.
A Umbanda, assim como outros agrupamentos religiosos, é formada por pessoas das mais diferentes classes econômico-sociais e étnicas, que, justapostas, formam o que se denomina de meio religioso intercorrente.
Também é de conhecimento geral que, não obstante as pessoas terem profissões ou ofícios diferentes, todos deverão estar ali, naquele espaço de caridade, imbuídas da mesma finalidade: auxílio espiritual e material aos necessitados. Faz-se então necessário traçar uma linha divisória entre o status que algumas pessoas possam ter em sociedade e o trabalho espiritual exercido pelas mesmas. Todos, independentemente dos títulos honoríficos ou profissionais que possam Ter, deverão estar irmanados com aqueles que não puderam alcançar um estágio intelectual ou cultural mais elevado, no sentido de juntos, poderem dar sua cota de sacrifício e suor em prol de nossa religião.
Com pesar, observamos que algumas pessoas ainda julgam a existência de bondade, de caridade e altruísmo pela riqueza material ou intelectual que alguns detêm. Não que bens ou Cultura sejam nocivos; muito pelo contrário, se bem utilizados, são de grande valia para o progresso da humanidade.
Refiro-me a alguns médiuns que tratam de maneira diferente abastados e pobres; que tratam com pompa os que possuem títulos universitários, desprezando aqueles que possuem quando muito o primeiro grau; que dão atenção e mantém diálogos somente com aqueles que têm automóvel novo e sucesso econômico.

Refiro-me também àqueles que desejando fazer parte ou já estando no corpo de médiuns ou assistentes, fazem tremenda e irrevogável questão de serem conhecidos e chamados como Doutor Fulano, médico; Doutor Beltrano, Engenheiro; Doutora Fulana, Advogada etc. Que fazem absoluta questão de alcançarem cargos ou funções que os façam importantes e admirados, dentro da coletividade religiosa. Temos assistido alguns destes "doutores" reclamarem, apresentando seus diplomas, um lugar de destaque ou maior envergadura dentro das atividades de um templo de Umbanda. Pressionam para que aqueles que têm alguma função ou responsabilidade dentro de um terreiro, fruto de méritos espirituais, morais, éticos e caritativos, sejam substituídos, asseverando:
"Eu sou formado, sou doutor, logo sou melhor e não posso obedecer a ordens ou estar em posição inferior em relação àquele que não é instruído ou formado". A soberba, a vaidade, o orgulho, a ganância, o egocentrismo e a ambição doentia não deixam ver a estas pessoas que o que importa na Umbanda é o SER, vale dizer, ser honesto, ser dedicado à religião, ser simples, ser humilde, e não o TER, ter títulos profissionais, carrões último tipo, mansões suntuosas, e um belo saldo bancário.
A religião jamais poderá ser utilizada como ferramenta de projeção social, bem como em complemento de sucesso profissional. A Umbanda, nossa querida e elevada religião, foi plasmada do plano astral trazendo como carro-chefe os espíritos de índios e negros, duas das raças mais martirizadas do globo terrestre, e que, em última análise, representa a humildade, a dignidade, à sinceridade e oi alto grau de espiritualidade, sentimentos e virtudes ainda ausentes em muitos corações.

Em nossa religião não há lugar para ostentações terrenas, não há lugar para títulos materiais, tanto para espíritos quanto para médiuns e assistentes. Na Umbanda não se manifestam espíritos com o rótulo de "doutores" ou "mestres", mas sim os esforçados e trabalhadores Caboclos, Pretos-Velhos, Exus, Crianças etc. que, seguindo as diretrizes da espiritualidade superior, não medem esforços no sentido de auxiliarem os habitantes da Terra, encarnados ou não, a progredirem espiritualmente.
Que esta simples dissertação possa de alguma forma contribuir para que alguns irmãos umbandistas, ainda impressionados com títulos e posses terrenos, alcancem o verdadeiro sentido da palavra IGUALDADE, e assim colaborem para que cada vez mais a Umbanda possa se tornar, não uma religião de ricos e pobres; de doutores e proletários, mas sim em segmento religioso de irmãos, unidos por laços de amor e fraternidade.
É o que deseja nosso Pai Orixalá.

Artigo retirado da comunidade Umbanda Somente Umbanda de autoria do nosso irmão Carlos Piqueira.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

POR QUE ?


Por que nós umbandistas insistimos em ficar discutindo quais são os Orixás que devem ser cultuados na Umbanda e nos esquecemos que, independentemente dos nomes, Eles são um complexo vibracional e energético representados pelas Forças da Natureza?

Por que, nós umbandistas, que cultuamos as Forças da Natureza, como manifestação Divina de Sua Infinita Sabedoria e Misericórdia, somos os primeiros a sujá-las com despachos e oferendas e quase nunca limpando o que sujamos?

Porque nós umbandistas, corremos de terreiro em terreiro somente para criticar este ou aquele dirigente, nos esquecendo que mesmo sendo diferentes de nossa maneira de pensar, estão praticando Caridade?

Por que nós umbandistas, não nos preocupamos mais com os falsos "Pais no Santo"?

Por que, nós umbandistas, não buscamos nos instruir mais para podermos esclarecer mais?

Porque, nós umbandistas, ao invés de nos orgulharmos das entidades que trabalhamos, e vivermos dizendo que foi "meu caboclo que resolveu", não buscamos ser motivo de orgulho para elas vivenciando as suas mensagens?

Por que, nós umbandistas, afirmamos que respeitamos todas as religiões, quando não conseguimos respeitar ou compreender, uma pequena discrepância litúrgica, natural de se encontrar de terreiro para terreiro?

Por que nós umbandistas, quando questionados sobre qual religião seguimos, dizemos quando muito, que somos espíritas, quando não o somos?

Precisamos parar de mentir para nós mesmos e de desrespeitar os ensinamentos valorosos da Umbanda!

Precisamos parar de sermos omissos.

Precisamos deixar de ter "vergonha" de dizer que SOMOS UMBANDISTAS!

Precisamos compreender melhor a Umbanda e a nossa missão e objetivos dentro Dela!

Porque ser umbandista não é só colocar a roupa branca e ir para o terreiro.

É ter a mente e o coração limpos de interesses excusos.

É ser humilde e caridoso!

É carregar a bandeira da Umbanda com Amor e Fé!

Precisamos aprender a SER UMBANDISTAS DE VERDADE!

Porque ser Umbandista é SER EXEMPLO DE AMOR!

Autor desconhecido

sábado, 21 de fevereiro de 2009

DEFUMA COM AS ERVAS DA JUREMA - Por Jordam e Alexandre


Sempre falamos subjetivamente da defumação dentro dos terreiros, pouco fala da sua grande importância como ação e fundamento dentro de nossas casas, daí resolvi pesquisar não só a história da defumação que já é usada antes de Cristo, bem como colher opiniões dos nossos irmãos no Orkut.

O resultado disso vem de encontro ao que somos como religião e nossa ligação com as ervas, mas principalmente como nos preocupamos com nossas defesas espirituais. Nossa ligação com a defumação passa pelo conceito histórico e de usos e costumes, mas toda esta ligação tem fundamento, e forma de se utilizar.

A História.

Em certos tipos de defumação para logicamente fins específicos, ela pode conter tanto estrume de vaca como pedaços de borracha (este ultimo como mineral petróleo),Por isso que uma simples fumaça não pode ser considerado uma defumação dentro dos fundamentos a ela cabidos, sendo que uma fumaça cheirosa nem sempre é benéfica, pois não só nós gostamos, mais muitos espíritos desorientados podem sim se aproximar devido ao alivio que esta fumaça "cheirosa" esta lhes proporcionando.Os seres humanos tem uma ligação muito forte com as plantas. As plantas aromáticas têm sido honradas de um modo especial desde os tempos antigos. Eram utilizadas em rituais religiosos e mágicos, assim como nas artes curativas. Estas três práticas eram fundamentais para a existência humana (ainda hoje continuam sendo).As grandes civilizações desaparecidas do Oriente Médio e do Mediterrâneo glorificavam os aromas, que faziam parte de suas vidas. Creio que conhecer um pouco da história dos aromas e da defumação mágica, é uma introdução adequada para sua prática.

Na Umbanda:

O texto de nossa irmã
Áurea é muito didático neste assunto vale a pena conferir a leitura no seu blog, clique no nome dela e vai direto ao texto, nossa contribuição se complementa.

A defumação tem varias finalidades, pode ser: limpeza. Atração e repulsão, todas elas podem agir separadamente ou em conjunto, porem nunca atração e repulsam (basta usar o bom senso), vejam que a defumação pode ser a queima de uma ou mais matérias de ordem vegetal, mineral ou animal, essa mistura é que dará o efeito "mágico" na sua aplicação, outra coisa muito importante é o carvão que poucos dão a importância assim como o defumador (vasilha), o próprio carvão em si já é um ponto de atração, onde as "cargas" do ambiente são puxadas e queimadas, por isso não é indicado a qualquer pessoa fazer uma defumação, pois esta ligada ao "defumador" e passará a absorver essas "cargas", sendo assim a pessoa que vá fazer uma defumação deve sempre ter sua firmeza antes de começar, quanto à "misturas" que vão como matéria de defumação é muito complicado e perigoso de se por aqui, uma vez que se uma mistura for errada pode trazer conseqüências desastrosas ao ambiente, pode até mesmo atrapalhar uma "gira".

É um ritual, que só deve ser feito por quem conheça os fundamentos.Porém se a pessoa quiser apenas fazer fumaça cheirosa, ou um queima de incenso queo faça, mais não será uma "defumação" completa apenas um "fumacê"

Em certos tipos de defumação para logicamente fins específicos, ela pode conter tanto estrume de vaca como pedaços de borracha (este ultimo como mineral petróleo),Por isso que uma simples fumaça não pode ser considerado uma defumação dentro dos fundamentos a ela cabidos, sendo que uma fumaça cheirosa nem sempre é benéfica, pois não só nós gostamos, mais muitos espíritos desorientados podem sim se aproximar devido ao alivio que esta fumaça "cheirosa" esta lhes proporcionando.
Bem ja dissemos da "defumação" em si, mais um fator que é muito importante, é como fazer esta defumação(de que forma defumar) seja em um espaço físico, ou em uma pessoa.Como espaço físico temos os que são espirituais(terreiros e centros) e os que são normais(residências e comerciais).
Quando se começa a defumar um ambiente "normal" normalmente se emprega duas técnicas sendo uma que começa pelo lado esquerdo ou direito da porta de entrada e se corre todas as paredes até que se chegue novamente a porta de entrada que passa neste momento ser de saída.A outra é a que se começa comodo por comodo dos fundos da casa para frente cruzando em "X" ou como no exemplo acima(eu particularmente uso este), mais ja vi muita gente desprezando certos espaços que são de suma importância, assim comodesprezando também certas coisas(detalhes) que são importantes.
1- todas as janelas e portas que sirvam para sair da casa devem estar fechadas somente a principal de preferência a que se usa "socialmente" para entrada e saída, para que se algum zombeteiro ou obsessor estiver não saia por uma e entre por outra.
2- sempre se deve "lacrar" os comodos assim que este esteja completo com a defumação,este processo pode ser explicado pelo pmds ou guia a qualquer filho, não o explicarei pelo simples fato de poder ser feito de muitas maneiras, eu faço magisticamente com o próprio defumador ao sair do comodo.
3-quartos, deve-se sempre defumar as partes internas de guarda-roupa e armários pois acumulam uma grande quantidade de "cargas", a parte de baixo da cama também se deve deixar que muita "fumaça" se espalhe, afim de que não fique nenhum "encosto" escondido(no ato da defumação, para quem é vidente, se faz um verdadeiro corre-corre e esconde-esconde rsss.), se atenham na parte superior também da cama suas cobertas e travesseiros.
4-banheiro o vaso sanitário deve estar aberto e seu assento defumado dos dois lados,e todas as toalhas também, assim os armários devem estar abertos,antes de sair e lacrar este comodo,de a descarga..

5-Cozinha, deve se abrir todos os armários e defuma los, assim como todos os acentos das cadeiras e a parte de baixo de cadeiras e mesa, assim como o forno e a parte superior da mesa.
6-Sala, deve se ater na questão também de armários e principalmente almofadas de sofá se forem soltas, ou o sofa(sempre cruzando a parte superior com o defumador)
7-Quintal, após terminar a casa e lacrar sua porta que estava aberta, coloque uma tesoura aberta com a ponta apontando para fora(tesoura de ponta), firmando e pedindo que não entre oque ja saiu, na falta desta jamais coloque duas facas cruzadas, na falta não faça nada, bem comece dos fundos cruzando o ambiente não deixando nada que não entre fumaça até chegar a rua(faça como se estiver empurrando algo para fora).
8-Deixe o defumador pendurado próximo ao portão de entrada e ponha uma boa quantidade de "defumação" para que saia bastante fumaça.
9-Após o termino da "queima" este carvão deve ser despachado em agua corrente ou aos pés de uma árvore longe de onde foi feito a defumação, para que os moradores ou frequentadores não peguem a "carga" de volta.
Esta é minha defumação, mais além desta parte existem outras que fazem partes deste processo que são:
Em ordem.....
1-bater ervas(normalmente mamona) em todos os comodos
2-queima de pólvora em todos os comodos
3-defumação(fumaça)
4-cruzamento de todo o local comodo por comodo com um liquido previamente preparado(tipo benzer com agua benta)rssss. cansativo né
Defumação de um individuo

Este tipo de defumação pode ser o complemento da ja citada ou seja de seus moradores, ou de um filho de fé no terreiro,.Sempre começo pela frente defumando o corpo todo, sendo a pessoa a ser defumadadeve estar com os braços e pernas abertas, começo sempre em sentido da testa para os pés e depois da esquerda para a direita nos braços as palmas devem ser defumadas(mãos), a pessoa vira de costas com sua frente sempre voltado para a saída de onde estiver, com a mão erguida em direção a cabeça da pessoa, defumo as costas da mesma maneira que a frente, apenas balançando o defumador entre as pernas, e impondo através das mãos que a "carga" seja retirada.Depois é passado o copo com agua em sentido horário em volta da cabeça da pessoa(copo c/água previamente firmado) e se joga por cima do individuo que estará de costas para a saída(de frente para traz).Também se usa os demais processos que descrevi acima.


Axé Irmãos

Fonte: Lendas dos Orixás, Alexandre Domingues Steim, Áurea – Umbanda Online.




quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Os Três Pilares do Médium... Colaboração Priscila Ruiz


Nem sempre o médium sabe quais caminhos á seguir, conduzindo-se nas veredas do trabalho de comunicação entre os planos material e espiritual, de maneira superficial, deixando-se levar pela supoerfinalidade que a vida material acostumou. Desta forma vale ressaltar que o médium não o é somente apenas enquanto cumpre suas funções de intermediário entre os planos físico e espiritual, ele é médium ( mediador) 24hs de todos os dias de sua existência carnal, pois ser médiumé viver um estado de espírito e este o acompanha em todos os momentos, em todas experiências. Médium é constantemente acompanhado pelo mundo espiritual e atitudes inadequadas por parte do médium podem prejudicá-lo direta ou indiretamente, seja por obssessões, perda temporária ou definitiva de suas faculdades mediúnicas, etc.Cabe ao médium a obrigação de melhora interna, não para simplesmente ser um bom aparelho receptor e transmissor de comunicações espirituais, mas para que ele quite-se perante sua própria consciência e assim livrar-se de amarras cármicas. porém o caminho da reforma íntima é longo e trabalhoso.o médium deve ter em mente isso. Não há fórmulas e regras para a obtenção deste êxito, mas, junto á força de vontade própria, o médium tem um pequeno roteiro, simples, mas por vezes difícil de se acompanhar.


EVANGELIZAÇÃO:Significa mudarmos internamente, seguindo como exemplo os ensinamentos de Jesus Cristo. Devemos a cada ação, colocar em prática, ou seja, viver realmente, o amar o próximo como a si mesmo, praticando a caridade em múltiplas formas, sem todavia esperar algo em troca e praticá-la com o coração. Devemos nos policiar, conhecendo-nos profundamente, detectando nossas más tendências e lutando a todo instante contra elas. O egoísmo, a vaidade, a maledicência, a volúpia, o orgulho, a raiva, o ódio e outros baixos sentimentos devem ser tratados através de reforma íntima. Como fazer tudo isso? Bem, é muito difícil, mas os outros dois pilares darão sustentação para esse;


MEDIUNISMO: Somente com a prática tormamo-nos aptos e especialistas nos exercícios mediúnicos, pois estee são ligados diretamente com nossos corpos físicos e astral. Com a prática constante, rotineira, persistente e racional, vamos conhecendo os meandros da espiritualidade. Tornamo-nos ótimos medianeiros sob o aspecto das comunicações, assim, vamos, a partir daí, recebendo lições, seja por desdobramentos naturais (sono) ou induzidos, seja por vidência/ clarividência, seja por intuições cada vez mais fortes. Vamos com isso ligando-nos fortemente ao mundo espiritual e os espíritos aproximar-se-ão mais intensamente, levando-mnos a mais aperfeiçoamento. Recebemos lições, puxões de orelhas, conselhos, aulas, etc...que nos auxiliará em nosso melhoramento moral...


CONHECIMENTO: O estudo é uma exigência para quem sabe que é imperfeito em todos os aspectos. devemos conhecer para fazer melhor e corretamente. Só nos tornaremos bons medianeiros e nos envangelizares se estudarmos.Estudar não é somente ler alguns livros, é ler de tudo, e reter somente aquilo que é proveitável. Estudar é também observar.Ao observar nosso íntimo estaremos obtendo respostas para nossas próprias falhas, estudar aquilo que nos rodeia, vamos percebendo coisas sutis que antes nos passavam desapercebidos.Estudar as pessoas, pois somente assim vamos dscobrindo que cada um é um universo em si e com isso, vamos entendendo as pessoas como elas são (empatia), compreendemo-nas e passamos a amá-las como a nós mesmos. Estudar a natureza e compreender seus fenõmenos físicos, energéticos e astrais.E por fim, estudar os fenômenos mediúnicos práticos, pois é estar em campo e aprender sutilmente.Tbm não podemos esquecer que o Verbo contém poderes construtivos ou destrutivos, e uma palavra mal dita pode causar estragos irreparáveis...


Texto disponivél na comunidade: Canto do Orixá - Orkut

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O NÚMERO 7




O NÚMERO 7

Como professor de matemática que sou, e praticante da religião de Umbanda, também conhecida como a religião dos mistérios, não pude deixar de perceber a exaltação pelo número 7, pois, segundo a história conhecida da sua anunciação, no dia 15/11, e sua primeira reunião com esse nome, no dia 16/11 (1 + 6 = 7), pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas, passei a notar coincidências ou não, por esse número considerado por muitos, místico.

Além disso, muitos consideram o número como sendo cabalístico, dentro de nossa religião, pois temos:
Vivemos mais rodeados do número 7, do que imaginamos, e podemos listar desde o entretenimento, passando pelas artes e chegando na religião e astronomia. É só questão do ponto de vista que olhamos.
Alguns exemplos: Aqui no Brasil dizem que os gatos têm 7 vidas, temos as 7 Maravilhas do Mundo Antigo - as pirâmides de Gizé, os jardins suspensos da Babilônia, a estátua de Zeus em Olímpia, o templo de Ártemis em Éfeso, o mausoléu de Helicarnasso, o Colosso de Rodes e o farol de Alexandria, e recentemente as 7 Maravilhas do Mundo Moderno - a Muralha da China, a cidade de Petra na Jordânia, a cidade de Machu Picchu no Peru, as pirâmides de Chichén Itzá no México, o Coliseu de Roma, o Taj Mahal na Índia e o Cristo Redentor no Rio de Janeiro.
Continuando no entretenimento, no ano novo as pessoas costumam pular 7 ondas na praia, fazendo pedidos, que podem ter algo a ver com uma das 7 virtudes humanas - esperança, fortaleza, prudência, amor, justiça, temperança e fé. Quando temos chuva e sol ao mesmo tempo podemos ver as 7 cores do arco-íris - vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.
O arco-íris pode inspirar uma pessoa a criar uma música usando as 7 notas musicais - dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. Aliás, 7 são os anões da Branca de Neve - Mestre, Feliz, Dengoso, Soneca, Atchim, Zangado e Dunga -, e 7 também são os anões da Quadrilha de Morte - Clyde, Dum Dum, Yak Yak, Pockets, Zippy, Snoozy e Softy.
Existe, no ramo das artes o Manifesto das 7 Artes - música, dança, pintura, escultura, teatro, literatura e cinema. E por isso o cinema é conhecido com a "sétima arte", porque é o sétimo dessa lista.
Tão grande é a utilização do número 7 em nosso dia-dia, que temos sua freqüência de utilização na filosofia, na matemática, na história, na geografia, no esoterismo, na teosofia e, principalmente na religião.
Citemos alguns exemplos e veremos como se aplicam o número 7 em nosso inconsciente, por exemplo, na geografia 7 são os mares navegáveis - mar Adriático, mar Arábico, mar Cáspio, mar Mediterrâneo, mar Negro, Golfo Pérsico e mar Vermelho. No cotidiano, 7 são os dias da semana, na teosofia temos os 7 raios de luz ou mestres ascencionados da sociedade secreta Grande Fraternidade Branca, sendo eles:

No esoterismo temos os 7 elementais: Arcanjos, Anjos, Devas, Silfos, Gnomos, Salamandras e Ondinas.


Porém para citar algo sobre a filosofia e religião temos que citar o livro do nosso irmão Alexandre Cumino, intitulado “Deus, deuses, divindades e anjos”, onde ele cita nas páginas 190 e 191, o seguinte:


“De acordo com Johhn Heydon, o sete é um dos números mais prósperos e também tem sido definido como o todo ou o inteiro da coisa à qual é aplicado; contudo, Pitágoras referia que o sete era o número sagrado e perfeito entre todos os números, e Filolau (século V a.C.) dizia que o sete representava a mente. Macróbio (século V d.C.) considerava o sete como o nó, o elo das coisas. O sete, por sua vez, é um número primo e também é o único de 1 a 10 que não é múltiplo nem divisor de qualquer número de 1 a 10.

O filósofo grego Platão de Egina (429–347 a.C.) no seu Timeu ensinava que, do número sete, foi gerada a alma do mundo. Santo Agostinho via nele o símbolo da perfeição e da plenitude. Santo Ambrósio dizia que era o símbolo da virgindade. Este simbolismo era assimilado pelos pitagóricos, entre eles Nicômano (50 d.C.), em que o sete era representado pele deusa Minerva (a virgem), que era a mesma Atena de Filolau (370 a.C.). Por outro lado, na Antiguidade associava-se o sete à voz, ao som, a Clio, musa da história, ao deus egípcio Osíris, às deusas gregas Nêmesis e Arastia e ao deus romano Marte.

Na Antiguidade, o sete já aparecia como uma manifestação da ordem e da organização cósmica.

Era o número solar, como é comprovado nos monumentos da Antiguidade: os sete planetas divinizados pelos babilônicos; os sete céus (ymgers) de Zoroastro; a coroa de sete raios e os sete bois das lendas nórdicas. Estes últimos eram simbolizados por sete árvores, sete estrelas, sete cruzes, sete altares flamejantes, sete facas fincadas na terra e sete bustos.

Com relação à Cosmologia, o Universo antigamente era representado por uma nave com sete pilotos (os pilotos de Osíris), e, segundo a escritora Nar­cy Fontes, nossa galáxia (Via Lác­tea) é formada por um Sol central, sete outros Sóis e 49 planetas (sete planetas para cada Sol).

A Lua passa por fases de sete dias: crescente, cheia, minguante e nova respectivamente.

Na tradição sânscrita, há freqüentes referências ao sete ou SAPTAS: Archishah – sete chamas de Agni; Arânia – sete desertos; Dwipa – sete ilhas sagradas; Gâvah – sete raios ou vacas; Kula – sete castas; Loka – sete mundos; Par – sete cidades; Parna – sete princípios humanos; Ratnâni - sete delícias; Rishi – sete sábios; Samudra – sete mares sagrados; Vruksha – sete árvores sagradas.

Na Teologia zoroastriana (Masdeís­mo, 550 a.C.), há sete seres que são considerados os mais elevados, são os Amchaspands ou Ameshaspendes (se­te grandes gênios): Ormazd ou Ormuzd ou Ahura- Mazda (fonte da vida); Brahman (rei desse mundo); Ardibehest (produtor do fogo); Shahrivar (forma­dor de metais); Spandarmat (rainha da terra); Khordad (governante dos tem­pos e das estações); Amerdad (gover­nante do mundo vegetal). Opostos a estes havia os sete Arquidevas (demô­nios ou poderes das trevas). Nesta Teologia masdeísta inicialmente exis­tiam sete graus iniciáticos no culto de Mitra:* corvo (Vênus), grifo (Lua), sol­dado (Mercúrio), leão (Júpter), persa (Marte), pai (Saturno), heliódromo (Sol ou corredor do Sol).

Mitra nasceu no dia 25/12, tinha como número o sete e em honra a ele havia os sete altares de fogo, deno­minados de sete Pireus.

Na Teologia romana, na corte do deus Marte ou Mars (Ares Grego), figu­ravam sete divindades alegóricas: Pallor (a Palidez); Pavor (o Assombro); Virtus (a Coragem); Honor (a Honra); Secu­ritas (a Segurança); Victoria (a Vitória); Pax (a Paz).

Na Teologia dos sumérios, a deusa Inana tinha de atravessar sete portas para chegar diante dos juízes do mundo inferior.

As tabuletas assírias estão repletas de grupos de sete: sete deuses do Céu; sete deuses da Terra; sete deuses das es­feras flamejantes; sete deuses ma­léficos; sete fantasmas; espíritos de se­te Céus; espíritos de sete Terras”.

Sendo assim, temos muitos motivos para abordar as divindades de Deus se­gundo o “Mistério do Número 7”, o que me é muito familiar também por ser umbandista, uma religião (Umbanda) que aborda seu próprio universo a par­tir do que chamamos “Sete Linhas de Umbanda”, em que se assentam os Ori­xás, divindades cultuadas na Umbanda”.

Concluímos com o texto do nosso irmão resumidamente falando sobre as diversas aplicações do número 7 em diversas áreas que a prosperidade do número reflete para nossa vida.

Podemos citar inúmeros acontecimentos descritos na Bíblia Sagrada acontecimentos com a freqüência do número 7, onde temos:


· Os 7 livros do Antigo testamento: Livro de , Livro dos Salmos, Livro dos Provérbios, Livro do Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Livro da Sabedoria, Livro do Eclesiástico (Sirac);
· A criação do mundo em 7 dias;
· As 7
vacas, 7 espigas do sonho do Faraó, desvendado por José do Egito;

Sem contar os 7 pecados Capitais: vaidade, avareza, ira, preguiça, luxúria, inveja e gula , as os 7 sacramentos da igreja: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Sacerdócio, Penitência, Extrema-unção e Matrimônio, as 7 dores de Nossa Senhora: A perda do menino Jesus no Templo, A fuga para o Egito, O encontro com Jesus na rua da amargura, A Crucificação de Nosso Senhor Jesus Cristo, A morte de Jesus Cristo, O Filho morto é colocado em seus braços O sepultamento de Jesus e as 7 chagas de Cristo.

Temos ainda, que Jesus em sua última suplica, tenha dito 7 palavras na cruz: "PAI EM TUAS MÃOS ENTREGO MEU ESPÍRITO".


Pensemos se, tal número condiz com o real, ou é somente coincidência?

Abraços fraternais

Jairo Pereira Jr. - 2009
Professor de Economia e Matemática
35 anos, casado, 1 filha e Umbandista

A Mulher e o seu papel nas Religiões Afro-brasileiras.


Não é raro discutirmos nas comunidades do Orkut, e mesmo nos blogs, a questão de gênero, e neste caso, as mulheres sempre estão à frente destas discussões provocando vários debates pertinentes, mas muitas vazes passa batido a questão de que em nosso país a cultura patriarcal machista ainda impera não absoluta mas com força.

As mulheres vem conquistando seu espaço paulatinamente, e dentro das religiões afro-brasileiras não é diferente, seu espaço se consolidou de tal forma que é notório o quanto elas dedicam suas vidas a religião, muitas estão na vanguarda, promovendo fóruns e debates para levar a tona esta questão que é de fundamental importância para o entendimento dentro das casas e da sociedade.

Dentro do contexto religioso, as mulheres vem lutando para quebrar barreiras, uma matéria no site
povo de aruanda me chamou atenção, de uma militante religiosa ao publicar um artigo sobre as mulheres de santo, basta clicar na palavra que você irá ao link da matéria.

É muito importante sabermos que dentro das religiões afro-brasileiras a mulher se consolidou em todos os cargos de direção de casas mas também de associações e federações ligadas aos cultos, isso se deve a capacidade de comprometimento dentro da militância religiosa e o amor com que assume as tarefas colocadas, uso a expressão militante sim pois a religião não está somente no campo espiritual, ela extrapola as quatro paredes das casas e barracões para trabalhos de conscientização e social. Nossas dirigentes tem dado exemplos disso com ações afirmativas montando entidades beneficentes para promover projetos sociais.

A saúde da mulher é um ponto que sempre deverá estar em pauta, vejo isso muito pouco discutido, mas de importância tamanha, hoje as mulheres tendem a ter mais câncer de mama, pouco se vai ao ginecologista, e cuidados preventivos devem estar na pauta das casas entre nossas mulheres.

Só que estamos engatinhando, a violência doméstica existe, as barbáries contra as mulheres estão em todas as esferas e o preconceito também, mesmo dentro da religião, esta é uma luta que devemos tomar como nossa, é papel de todos nós desencadear uma grande corrente para denunciar os abusos contra as mulheres, e no caso de nossa religião contra dirigentes que cometam esses crimes também, alerto a todos os dirigentes das casas sobre esta questão que é fundamental, e de enorme importância, assim estaremos contribuindo para enterrar de vês o preconceito e a discriminação de gênero.

Matéria da Revista Época - Blogs


Uma matéria interessante sobre Sr. Keno um Ogã, vale a pena ver, pois no texto vemos como falta conhecimento aos interlocutores para falar da religião mas de certa forma, muito interessante a história deste curimbeiro.


domingo, 15 de fevereiro de 2009

BATER CABEÇA NÃO É ATO DO INSCONCIENTE COLETIVO.


Quero trazer aqui uma questão que muitas vezes é mal compreendida ou interpretada de forma diferente por pesquisadores, quanto ao ritual de bater cabeça dentro das religiões afro-brasileiras.
Dento da história temos várias interpretações, e dentro dos conhecimentos das casas cada dirigente passa aos seus seguidores da forma a qual lhe foi ensinado, mas o ato de se bater à cabeça é um fundamento importante dentro da religião.
Vejam que já falamos muito sobre o respeito, a devoção, mas esquecemos que tudo esta ligado não só à simbologia mas ao ritual e a preparação não só para os trabalhos mas para que possamos entrar em contato com todas as energias e com nosso orixá.
As formas de reverenciar os orixás são muitas, da mesma forma quando reconhecemos a autoridade de um dirigente, mas neste caso quando levamos nosso ori ao chão estamos reconhecendo o quanto da importância dos orixás em nossa vida, e no caso do dirigente o respeito e a permissão de que possa o filho de santo adquirir conhecimento daquele que esta cuidando da sua formação espiritual. Sim amigos o dirigente tem responsabilidade na formação espiritual de seus filhos, bem como ele lhe deve o respeito, porém aos olhos de muitos isso é uma maneira arcaica de concepção e até de submissão, mas se buscarmos na história este ato vem acompanhado de inúmeros fundamentos e sentidos, que podem ser aplicados nos dias de hoje sim. O grande problema é que na atual sociedade consumista e muitas vezes descrente de qualquer religião onde a necessidade pelo dinheiro e de mostrar suas conquistas através dos seus bens tornam as pessoas seres acima de qualquer coisa.
A humildade e a beleza deste ato, mostra o quanto podemos nos ligar com as energias fazendo a troca e a renovação para o caminhar do nosso dia a dia, vale lembrar aos amigos que é um compartilhamento de conhecimentos que apresento para que possamos debater juntos.


Aos pés do conga.


Quando batemos cabeça no conga, estamos não só reconhecendo a força dos orixás em nossas vidas, mas estamos ali nos apresentando como instrumentos, uma canal de comunicação e de trabalho dentro da religião e entregando nossas virtudes e franquezas, ao estar com seu ori no chão é importante sempre pedir a renovação das nossas forças e que possamos conduzir dentro e fora dos trabalhos à retidão dos nossos atos.

Muitos médiuns principalmente os sensitivos, quando estão aos pés do conga, conseguem perceber uma energia corrente passando enquanto estão firmando seus pedidos, muitos recebem mensagens dos orixás e entidades, a ligação se estreita de tal forma que é possível perceber as alterações do médium quando se levanta.

Bater cabeça e saudar o couro.


Poucas casas falam da necessidade de bater cabeça aos atabaques, muito feito somente pelos dirigentes, mas é importante sim pois o couro e os ogãs, são condutores das energias de ligação com os orixás e entidades, na maioria das casas o povo de santo somente saúda o couro num gesto muitas vezes automático.

Mas é importante saber, que é pelo couro que passam todas as correntes fluídicas do trabalho, antes durante e depois, a relevância e o papel dos atabaques bem como dos Ogãs esta relatado no blog da nossa irmã Áurea, cujo texto é muito coerente e vem de encontro com que estamos tratando.


Por que bater cabeça para o Pai ou Mãe de Santo.


Este para mim é o ponto mais polêmico sobre o assunto, nos dias de hoje muitos dirigentes abriram mão dos seus filhos de bater cabeça aos seus pés, e trocaram por simples cumprimento e pedido de benção, o que não deixa de estar correto, porém há muito tempo víamos este ato como somente simbólico o que gerou esta mudança, mas converse você com dirigentes antigos e veja como eles tratam o assunto.

Bater a cabeça a um Pai ou Mãe de Santo, significa respeito ao orixá do dirigente, permissão para que as entidades e os orixás daquele filho possa trabalhar, reconhecimento do acumulo vivido na religião, e por fim um pedido de benção e proteção por fazer parte daquela família.

Em outras épocas os filhos de santo deveriam abaixar as suas cabeças quando o dirigente estivesse passando e nem olhar para ele, em forma de respeito, mas esta radicalidade foi superado nos dias de hoje, como também trouxe muita falta de respeito para com os dirigentes. Mas isto é tema para um outro assunto.

Então vejo o ato de bater cabeça não como um ato simplista e simbólico, e nem como inconsciente coletivo, trazendo aos olhos dos que não são da religião mas pesquisam um ato arcaico, ele tem fundamento e conceitos, de forma que busca manter o respeito, a hierarquia, mas principalmente o contato das energias recorrentes dentro da casa, e fora dela.

É preciso olhar com muito carinho para com este ato, e não trata-lo de maneira simplista, ou de forma cultural, poética, não é isso o seu significado, mas respeito claro a visão de cada um, e do seu acumulo sobre o assunto, mas neste espaço é importante que se apresente todas as linhas de pensamentos, para nosso entendimento.

Axé irmãos........

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Um diálogo amplo.


Amigos de todas vertentes religiosas e seitas espirituais e espiritualistas, começo este diálogo com o propósito de chamar a atenção de vocês a algumas constatações que faço ao longo do tempo que naveguei neste mundo virtual nas comunidades de Umbanda, Candomblé, Kardecismo, Quimbanda, Esoterismo e assim por diante. Nossa vontade de falar e discutir os assuntos referente a religião é fantástico, os níveis de conhecimento são os mais variados possíveis e os pontos de vistas seguem na mesma direção.


Porém vocês já se questionaram o porque destes fóruns, qual sua verdadeira finalidade, já conseguiram criar uma relação com os mediadores donos destas comunidades para falar qual o sentido de discutir a religião e o que eles pensam, eu fiquei surpreso com as conversas proveitosas que tive com alguns, para mim ficou claro que estamos muito além das expectativas reiais da proposta de comunidade de estudo e discussão.


As palavras mais usadas nestes fóruns de discussão é pré-conceito e absolutismo, vamos dar um basta nisso amigos, ninguém é dono da verdade, e principalmente me lembrando do tópico do Fernando O que é Caridade, é o que menos praticamos nas comunidades, nos acotovelamos uns nos outros para mostrar quem é melhor ou sabe mais, é isso que aprendemos? Com certeza não mas desvirtuamos o que aprendemos em nome da nossa vaidade.


Estou dizendo isto pois temos uma infinidade de dirigentes, dentro deste mundo virtual e mais uma grande massa de pessoas que buscam o conhecimento e se simpatizam este seguimento religioso, mas cada um tem sua limitação, conhecimento , e necessidades de expressar, mas onde conseguimos sintetizar tudo o que é falado para não se perder, como formar massa critica sem ser prepotente e enfiar goela abaixo as verdades absolutas que carregamos individualmente, este texto tem por finalidade responder ao DOUGLAS, que postou um tópico na Comunidade Amigos, Umbanda e Espiritismo que fez colocações absurdas afirmando sobre a Umbanda pé no chão, e desqualificando as pessoas que pensam. E neste ponto chamo atenção de vocês pois não discordo que todos nós cada um no seu tempo receberá continuamente os conhecimentos passados pelos dirigentes, mas nós como seres pensantes temos que criar opiniões e massa critica, devemos olhar a religião não só do modo conceitual religioso e atentar para suas necessidades, estamos sempre a margem de conquistas o que não acontece em outras denominações, e amigos não adianta falar que somos diferentes, ser diferente é ser omisso por um acaso, vocês acham que só devemos nos ater em incorporar, cambonar, dirigir as casas, ou também devemos discutir a vida social dos que frequentam e os participantes eventuais que além dos problemas espirituais tem problemas sociais.


Alguns interpretaram como politizar a religião, mas vou falar que temos que socializar a religião de forma que ela seja compreendida pela sua mística e pelo seu trabalho dentro das bases da sociedade, não podemos mais adiar esta discussão, temos papel responsável com o meio em que vivemos, é muito fácil dentro do mundo virtual debatermos questões sem mostrar a prática das nossas ações, tudo que temos feito nas comunidades tem tido reflexo positivo não tenho duvida o Douglas Fersam tem a maior comunidade de Umbanda do Orkut, o Sílvio tem a Oxalá O Rei da Umbanda que tem muita qualidade de participantes, aprendo muito com Os Atabaques Rebatem indicada pelo amigo Alessandro Coi e assim por diante, mas o chamamento que tenho percebido neste momento é sair do virtual e vir para o real.


Muitos de nós criticamos ou não concordamos com Saraceni, Mata Silva dentre outros, mas todos eles de forma equivocada ou não souberam mostrar sua cara de forma a questionar de cada um e nós dentro do mundo virtual por que tememos isso, por que nos acomodamos na frente de uma tela e digitamos o que pensamos, mas não temos coragem de sair do subjetivo e ir paro o mundo real e concreto onde podemos reinvidicar nossos direitos como qualquer outra religião, onde podemos ajudar as comunidades onde estão instalados nossas casas, onde podemos discutir a melhoria de vida dos nossos FDS e também do povo da assistência, não tenho dúvidas que temos diversos formadores de opiniões em todas comunidades do Orkut, mas precisamos transferir estas opiniões para a prática.


Muito temos que construir dentro da religião, mas estamos engatinhando ainda no outro papel que temos a cumprir dentro da sociedade, chamo a todos para esta reflexão sem medo do que possa vir de comentários, mas com a certeza de que minha disposição é tamanha para encarar não só o debate mas a ação concreta junto com as demais pessoas que estiverem pré-dispostas, isso não é um desabafo amigos é uma constatação do que venho observando, para mim o homem é agente transformador dentro do meio, e por isso proponho este debate.


Axé irmãos.....

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

SEU PIOR INIMIGO



Seu pior inimigo levanta, come e dorme com você.

Ele lê todos os seus pensamentos e conhece seus mais íntimos desejos, mesmo os mais proibidos e que você insiste em fazer de conta que não tem. Ele sabe mais sobre você do que você mesmo e está acordado enquanto você dorme, observando seus sonhos sem censura. Ele não acredita em suas palavras, somente em seus pensamentos

Ele não se importa com seu cargo, com os amigos que você tem ou com seu currículo. Ele sabe quando você está dizendo algo porque realmente acredita nisso ou quando está usando de cinismo, mentira ou manipulação. Seus medos estão catalogados por ele e, como um guerrilheiro, ele só ataca você em seus pontos fracos, nunca nos fortes. Ele está à espreita para derrubar você, sempre usando a arma mais mortal que existe: o conhecimento completo do território de batalha e as racionalizações que você cria -- nome dado aos motivos aparentemente lógicos, para coisas ilógicas.

O único objetivo deste inimigo é derrubar você e fazer com que seu nome seja esquecido logo após sua morte. Ele não quer que você tenha herdeiros de nenhum tipo e fará o impossível para que você não deixe nenhum legado sobre a Terra. Ele quer anular você. Primeiro, tentando fazer com que você acredite na falsa idéia de não ter valor, que é desnecessário no mundo e, depois, por meio dos seus atos, convencer as outras pessoas disso. Ele está lendo isso agora e procurando razões para que você não acredite em sua existência.

Seu pior inimigo é uma parte obscura de você. Ele nasceu com você e permanece dentro da sua mente, na escuridão dos seus medos, na claridade de sua bondade e no cinza de seu dia-a-dia. Se você gosta de ser preguiçoso, mas sabe que isso não é bem visto, seu inimigo procurará diversas razões absolutamente lógicas e publicamente aceitáveis para que você não faça algo de que deve ser feito. Aos poucos, você não fará nada que seja importante. Assim você será um fracasso profissional, um peão esquecido no jogo de xadrez da vida.

Mas, se você gosta de ter uma imagem de qualidade, seu inimigo fará o inverso, tornando você um perfeccionista crônico, do tipo que troca as relações mais importantes da sua vida pelo duvidoso prazer de trabalhar dia e noite. Uma pessoa-máquina que só encontrará gratificação no trabalho, que não pensa em ter filhos ou quer distância dos que já tem, que se viciou em adrenalina causada por stress e para quem amor e compromissos de verdade só atrapalham a agenda. Assim, você se sentirá um fracasso em família e, com o tempo, não terá nenhuma raiz ou fundação que o mantenha feliz.

Se você gosta de comer, seu pior inimigo colocará os mais deliciosos pratos na sua frente, o dia todo, e atrapalhará seus pensamentos lógicos sempre que tiver fome, empanturrando você de todo tipo de alimento engordativo para tirar seu corpo do nível ótimo de funcionamento e acabar com sua auto-estima. Ele também tentará convencer você de que frutas, água, sucos e outros alimentos saudáveis têm gosto ruim, quando uma breve análise da culinária mundial mostrará que nosso cérebro se adapta rapidamente a quase qualquer sabor.

Se você gosta de fumar, se gosta de álcool ou de qualquer tipo de "reforço químico" para se afirmar, ele criará todo tipo de situação para que você associe isso a momentos agradáveis, até que seja essencial para você sentir-se completo somente quando fuma, quando bebe ou usa outros tipos de drogas, ainda mais letais. A única meta de seu inimigo, neste caso, é aniquilar e matar você pela destruição de seu corpo, sua mente, seu território, o mais rápido possível.

Conquistar uma pessoa, um grupo, um país ou o mundo é muito mais fácil do que conquistar sua própria mente. Mas esta deve ser sua meta de vida. Pergunte sempre se não está exagerando naquilo que você faz, ou não faz. Se sua vida estiver em desequilíbrio, pode ser que você esteja perdendo a batalha para seu pior inimigo pensando que está tendo cada vez mais sucesso. Sua vida pode estar dando todos os sinais de que o desastre se aproxima, mas você racionaliza e acredita que está tudo bem. Você está em batalha, meu amigo. Todos nós estamos. Uma batalha que terá que ser travada todos os dias de nossa vida. Mas que você só tem que vencer por hoje. Só por hoje.

Como diz, Sally Kempton, é duro lutar contra um inimigo quando ele tem uma base militar de ataque instalada na sua cabeça. Vencer essa guerra não é possível nem necessário porque, como toda batalha acontece somente durante 1 dia -- o hoje -- é possível vencer todas as batalhas, uma-a-uma, mesmo que essa guerra jamais termine.

Veja este seu inimigo como aqueles lutadores de boxe contratados para lutar contra grandes campeões durante os treinamentos. Eles batem forte, eles fazem os campeões cairem, eles estão sempre sendo trocados por outros, descansados, mas sem eles os campeões jamais estariam preparados para as lutas verdadeiras, fora do treinamento. Seu inimigo é somente um treinador contratado por você para desafia-lo, ou desafia-la, o dia todo. Visto assim, ele pode se transformar no seu maior amigo.

Basta que você não seja derrubado HOJE por ele. Somente por HOJE

(Aldo Novak)

domingo, 8 de fevereiro de 2009

DO QUE É FEITO A UMBANDA ?


É feita de tijolinhos...

Isso mesmo, tijolinhos bem pequenininhos que recebemos antes de voltarmos à parte encarnada do planeta.

Esses tijolinhos que Deus, Olorum, Nosso Pai Criador, nos deu, veio com a seguinte instrução:
- Vá, procure os outros tijolinhos e construam na Terra um portal que irá acelerar a evolução de uma boa parte da humanidade.

Aí, alguém perguntou:
- E como vamos unir esses tijolinhos, meu Pai???

E o Criador respondeu:
- Com Amor, Fé, Caridade, Paciência, Persistência e muitos outros recursos que lhes ofereci...
Levem dentro de cada um de vocês o cimento necessário para essa construção...
Tirem de dentro de seus templos vivos, no mais íntimo de cada um de vocês, essa argamassa que irá uni-los a muitos outros que carregam milhares de tijolinhos que, desde os primórdios que sua consciência pode alcançar, já constroem outras religiosidades e buscam o caminho melhor e mais rápido até Mim.

- A qualidade desse cimento depende de vocês.
Alguns preferem basear sua fé em uma massa sem consistência.
Outros, em pura areia que não segura nada.
Outros ainda, em uma massa tão agressiva que consegue quebrar os tijolos que receberam.

- Não esqueçam:
ninguém é auto-suficiente para fundamentar essa construção sozinho... unam-se! Consultemos nossa consciência e vejamos qual massa estamos usando para unir esses tijolinhos.

E como estamos construindo nossa religiosidade?
- com fé assertiva ou com intolerância fundamentalista?

Como estamos convidando nossos irmãos de caminhada evolutiva a colocar os tijolinhos junto aos nossos?

Adriano Camargo Erveiro da Jurema
Jornal de umbanda sagrada, setembro de 2003.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

OFERENDAS PARA ORIXÁS


OFERENDAS PARA ORIXÁS
Caboclo Pery

Muitos médiuns vem nos perguntar quais oferendas podemos dar no dia de determinado Orixá.

Estaremos agora passando uma receita básica que pode ser utilizada para qualquer Orixá ou Entidade.

* um pacote de amor, em pó, para que qualquer brisa possa espalhar para as pessoas que estiverem perto ou longe de você;

* um pedaço (generoso) de fé, em estado rochoso, para que ela seja inabalável;

* algumas páginas de estudo doutrinário, para que você possa entender as intuições que recebe;

* um pacote de desejo de fazer caridade desinteressada em retribuição, para não "desandar" a massa.

Junte tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e determinação e venha para o terreiro.

Coloque em frente ao Congá e reze a seguinte prece:

"Pai, recebe esta humilde oferenda dada com a totalidade da minha alma e revigora o meu físico para que eu possa ser um perfeito veículo dos teus enviados. Amém."

Pronto! Você acabou de fazer a maior oferenda que qualquer Orixá, Guia ou Entidade pode desejar ou precisar...

Você se dispôs a ser um MÉDIUM!


Mensagem psicografada por Mãe Iassan Ayporê Pery
A ser publicada no livro "Umbanda - Mitos e Realidade" (no prelo) - Editora do Conhecimento

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A DISCORDÂNCIA E O DESRESPEITO


Há muito tenho participado e observado algumas comunidades nos sites de relacionamentos que discutem sobre nossa religião.

A participação de fóruns de discussões sobre esta que adotei para guiar-me espiritualmente tinha um objetivo claro de aprimorar meu conhecimento, dividir o que conheço e conhecer novas formas e práticas de Umbanda.

Porém, há algum tempo parei de participar dos fóruns e comecei a observá-los com certo distanciamento, devido ao fato enorme confusão que as pessoas fazem em relação à colocação de suas idéias em contrapartida das idéias de outros.

É neste momento meus irmãos que criamos uma das mais desagradáveis relações com o nosso próximo. Saímos da discordância com relação à opinião de alguém e passamos para o desrespeito a aquela pessoa.

Discordar de uma opinião é somente não estar de acordo, divergir, ter opinião incompatível àquilo que está sendo exposto pela outra pessoa, e colocar o seu ponto de vista e sua forma de enxergar tal assunto.

Desrespeitar é outra completamente diferente, é faltar com o respeito, é ser descortês, ser inconveniente e mal educado. Esta é a posição que vejo que muitos irmãos tomam, para defender suas opiniões quando na realidade o que deveria ser feito é somente uma troca de idéias.

Escrevo isso, por considerar que podemos mudar alguma coisa em nossas relações. Tanto no sentido de convivência como no sentido de comportamento.

Não é necessário que para defender nossas idéias sejamos deselegantes e mal educados. Também não é correto, ao argumentar sobre algo que não concorda, pegar coisas pontuais do que está sendo falado para criar uma tese e acabar desrespeitando alguém, bem como não é elegante ao fazer tal argumentação não enxergar o todo do que se está falando.

Quando fazemos qualquer argumentação, seja ela qual for, devemos por respeito e bom senso observar todo o contexto do que se está expondo para após o entendimento expor, de forma educada e pautada numa condição ética, nosso ponto de vista.

Repito que, argumentar sobre coisas pontuais é fácil, é só separar esta frase de todo o contexto e criticar, difícil e argumentar sobre o âmbito geral. Pessoas com essa capacidade acabam deixando de lado suas opiniões e entrando no jogo desses com capacidade inferior de argumentação, até como forma de defender-se.

Tenhamos cuidado, na forma que interpretamos o que está sendo escrito, tenhamos cuidado também, na forma que expomos nossas idéias e, principalmente, tenhamos cuidado ao argumentar com alguém, pois podemos estar dando um tiro no pé achando-nos donos da verdade e não ouvindo o argumento do outro.
Peço que leiam e reflitam tal texto, e que Xangô nos auxilie para que sejamos justos, Oxossi desperte nossa inteligência e capacidade de expressar e que Oxalá nos guie e mantenha nossa fé.

Abraços fraternais a todos.

Jairo Pereira Jr. - 2009
Professor de Economia e Matemática
35 anos, casado, 1 filha e Umbandista

DIVERSIDADE UMBANDISTA


Podemos observar em conversas de Umbandistas em fóruns ou mesmo no orkut que muitos querem impor seu culto aos outros, achando que somente a sua Umbanda está correta.

Alguns querem enfiar o africanismo goela abaixo dos demais, outros querem a todo o custo impor que o Espiritismo é a base correta, alguns querem convencer os demais que a Umbanda de Saraceni é a correta ou ainda que a Umbanda de Zélio é a única e verdadeira.

Querem transformar a religião num grande campeonato de futebol, onde um time é o melhor que o outro e a paixão elimina a razão.

Devemos tentar ver a umbanda como uma religião criada pelo mundo espiritual e que aproveita os bons exemplos de diversas religiões e que com o passar do tempo, vai aperfeiçoando e aglutinando cada vez mais adeptos justamente por seguir os ensinamentos dos grandes mestres da humanidade que pregaram o amor, a caridade, a tolerância, a humildade, o fazer o bem sem importar-se a quem.

Nossa Religião foi cuidadosamente desenvolvida pelo Mundo Espiritual para trazer evolução aos médiuns participantes e um alento aos seres encarnados que precisam de uma palavra de paz, de esperança e perseverança.

Nunca uma Entidade Espiritual nos transmitiu qual a Umbanda é a correta, qual a Umbanda mais eficiente, qual a Umbanda verdadeira.

Sempre nos dizem que devemos ser médiuns dedicados, que devemos sempre estarmos preparados para ajudar ao próximo, sempre zelando pelo bom nome de nossa Religião, sem esperarmos retribuições de quaisquer formas que não sejam o reconhecimento do mundo espiritual.

Todas as Umbandas são corretas desde que sejam praticadas com dedicação, amor e humildade por que no final ela é uma só.

Devemos lutar com todas as nossas forças justamente para respeitar todas as vertentes e considerá-las como membro de um corpo só.

Umbanda é a religião do presente e do futuro pois a medida que os não simpatizantes vão conhecendo a beleza, a simplicidade de nossa religião, seus corações são envoltos pela magia do amor, da caridade, da humildade e da fé em Deus, e todas as discriminações que hoje a Religião ainda sofre serão dissipadas pela inspiração Divina.

Umbanda é uma só, emanada por Deus.

Renato de Oxossi(in memorian)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

As Conquistas de Iansã


Iansã percorreu vários reinos, foi paixão de Ogum, Oxaguian, Exu, Oxossi e Logun-Edé. Em Ifé, terra de Ogum, foi a grande paixão do guerreiro. Aprendeu com ele e ganhou o direito do manuseio da espada. Em Oxogbô, terra de Oxaguian, aprendeu e recebeu o direito de usar o escudo. Deparou-se com Exu nas estradas, com ele se relacionou e aprendeu os mistérios do fogo e da magia. No reino de Oxossi, seduziu o deus da caça, aprendendo a caçar, tirar a pele do búfalo e se transformar naquele animal (com a ajuda da magia aprendida com Exu). Seduziu o jovem Logun-Edé e com ele aprendeu a pescar. Iansã partiu, então, para o reino de Obaluaiê, pois queria descobrir seus mistérios e até mesmo conhecer seu rosto, mas nada conseguiu pela sedução. Porém, Obaluaiê resolveu ensinar-lhe a tratar dos mortos. De início, Iansã relutou, mas seu desejo de aprender foi mais forte e aprendeu a conviver com os Eguns e controlá-los. Partiu, então, para Oyó, reino de Xangô, e lá acreditava que teria o mais vaidoso dos reis, e aprenderia a viver ricamente. Mas, ao chegar ao reino do deus do trovão, Iansã aprendeu muito mais, aprendeu a amar verdadeiramente e com uma paixão violenta, pois Xangô dividiu com ela os poderes do raio e deu a ela o seu coração.



Hino Para Oxalá

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

BUSCANDO UM ENTENDIMENTO SOBRE O KARMA.


Sabe irmãos cada um de nós além de ser ligado a alguma religião espiritual, também exerce outras atividades e tem formação das mais diversas, e todos nós compreendemos as coisas de modo diferente, estou falando isso por que apesar de umbandista, tenho uma militância na área social que me permite ter uma visão periférica de certas situações diferente do entendimento espiritual, e sempre estive muito confortável com minhas posições ideológica e religiosa.

Mas alguns temas me fazem refletir e buscar o conhecimento e principalmente rever alguns conceitos, por isso estou escrevendo sobre o Karma, vou discorrer neste texto ao entendimento que cheguei e que não tomo como definitivo, pois ainda me vem à cabeça muitas questões sobre o tema, então espero que junto com os irmãos e amigos que acompanham este blog possamos discutir este assunto para nosso engrandecimento.

Toda vês que falamos sobre o Karma estamos falando da Lei da Causa e Efeito, a mesma pode ter infinitas interpretações inclusive os mais céticos vêem este assunto como uma fuga pois se toda ação causa uma reação se ficar parado nada acontece, é uma maneira grossa e simplista de resumir o pensamento daqueles que pouco se interessam por assuntos ligados ao espiritual.

O Karma é lei de compensação, não de vingança. Há quem confunda essa Lei Cósmica com "determinismo" ou com "fatalismo", ao crer que tudo que nos acontece já está previamente determinado. É verdade que os atos humanos determinam nossa herança, a educação e o meio [em nascemos]. Mas também é verdade que o homem tem o livre arbítrio e pode modificar seus atos, educar seu caráter, formar hábitos superiores, combater debilidades e fortalecer virtudes.
Quando nascemos neste mundo trazemos nosso destino. Uns nascem em berço de ouro e outros na miséria. Se na passada existência matamos, agora nos matarão; se ferimos, agora nos ferirão; se roubamos, agora nos roubarão;e com a vara que medimos seremos medidos. E como podemos afirmar isso a partir de que ponto sabemos sobre nossa vida passada se não procurarmos à regressão através da hipnose?


Justiça sem Misericórdia é tirania; Misericórdia sem Justiça é tolerância e complacência com o delito. O Karma é negociável. Isso pode surpreender muita gente de diversas escolas esotéricas tradicionais. Por certo alguns pseudo-esoteristas e pseudo-ocultistas tornaram-se muito pessimistas em relação à lei de causa e efeito. Supõem equivocadamente que esta se desenvolve em forma mecânica, automática e cruel. Os eruditos crêem que não é possível alterar essa lei, mas lamento sinceramente ter que discordar dessa forma de pensar.


É possível modificar nosso próprio destino. Modificando-se a causa modifica-se o efeito. Se de um lado colocamos nossas boas obras e no outro as nossas obras negativas, ou teremos equilíbrio ou um dos lados pesará mais que outro. Se o lado das más obras pesar mais devemos corrigir o desequilíbrio pondo mais boas obras do lado correspondente, para termos o equilíbrio a nosso favor. Mas isso resolve a nossa dívida com o Karma, ou apenas estamos sendo seres humanos melhores em nosso desenvolvimento de caráter e personalidade?


Uma questão que levanto para refletirmos em cima do que já está sendo falado, vamos colocara a questão por dois ângulos se a miséria, a má índole, podem ser conseqüência de vidas passadas, por que muitas pessoas lutam por uma qualidade melhor de vida, tentam resgatar sua cidadania com ações afirmativas não devemos deixar de lado estas atitudes também pois fazem parte de uma questão social positiva.


Olhar sobre o Karma na visão espírita.
CARMA E REENCARNAÇÃO
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A vida apresenta experiências diferentes para cada um, de acordo com a necessidade de aprendizado da consciência.Nem sempre essas experiências se afiguram agradáveis no momento em que aparecem. Na verdade, a maioria dessas experiências, devido à imaturidade dos envolvidos no processo, provoca gemidos desesperados e revoltas inúteis.


É que a renovação espiritual geralmente é precedida de algumas crises que pressionam a consciência em evolução na direção de suas próprias barreiras espirituais. Vale dizer que cada consciência é responsável, direta ou indiretamente, pelo próprio destino. Através de nossas ações, desencadeamos forças espirituais invisíveis e automáticas que criam reações correspondentes às ações criadas.


A isso os orientais denominaram "CARMA", a lei da causa e efeito espiritual, que domina e educa as consciências em evolução. As leis de causa e efeito são universais, abrangentes e inerentes a todas as criaturas em evolução, desde os seres altamente avançados até os mais atrasados, cada um em seu nível de manifestação e entendimento.


O amadurecimento da consciência só se dá mediante a vivência de experiências variadas no colégio da vida. Por isso, somos colocados em contextos diferentes para adquirirmos a "textura espiritual" que nos falta. É a busca pelo "diploma consciencial".


No processo de crescimento evolutivo, constatamos alguns mecanismos do ensino cósmico, subdivididos nas seguintes etapas: -A reencarnação nos matricula na escola tridimensional de manifestação evolutiva. -A morte nos matricula na escola interdimensional de manifestação evolutiva. -A evolução é diretora da escola. -A reencarnação é sua professora preferida. -A lei do carma é sua inspetora predileta.


A Doutrina é límpida, explicou-nos o instrutor, e as idéias dos homens merecem uma análise. Na época em que vivemos, os espíritas precisam buscar as necessidades atuais da juventude, que não é há de cem anos atrás. Hoje o jovem convive com a droga, o sexo, com a liberdade excessiva e ainda mais com uma sociedade materialista. O jovem que está interessando-se pela Doutrina tem de encontrar na Casa informações bem direcionadas, com métodos atualizados, para serem discutidos os temas do dia-a-dia. Para a criança e o jovem de hoje não basta dizer “não pode”. Temos de provar por que eles não podem ter este ou aquele procedimento. Também como o jovem, a criança — não esqueçamos — vive na época da informática e da cibernética, e não será através de proibi¬ções que vamos fazer germinar nessas mentes, repletas de jogos eletrônicos, brinquedos violentos, videocassetes, filmes aquém da moral, os valores da Doutrina Espírita. Quê fazer, então? Apresentar a Codificação como ela é, caminhando com Jesus e dando as mãos para o mundo atual, não olvidando que a criança de hoje foi o adulto de ontem e que, devido a múltiplas idas e vindas, muito já aprendeu e maior facilidade encontra para assimilar as bases doutrinárias. Notem bem: sem proibição, apenas apresentando os valores reais da alma, oferecendo lições no sentido de que ser digno não é obrigação nem favor, é um direito que Deus nos outorgou para ser conquistado. Portanto, ser digno é uma conquista própria. As almas indignas, sem valores, são criaturas que não possuem forças para lutar contra as próprias fraquezas. Para lidar com a criança e o jovem necessitamos nos educar primeiro, para depois tentar transmitir-lhes o muito que a Doutrina oferece. Os estudos têm de partir das obras básicas e dos clássicos da Doutrina.


Principalmente o jovem, se ele vai adentrar uma universidade, ao chegar nela que o faça buscando como bagagem os reais valores doutrinários; que materialismo algum possa levá-lo a esquecer o que aprendeu na Casa Espírita. Lembramos, nesse item 9 da Introdução de O Livro dos Espíritos, que a Doutrina conseguiu prender a atenção de homens respeitáveis, que não tinham interesse algum em propagar erros nem tempo a perder com futilidades. O jovem inteligente terá uma literatura ao nível do seu intelecto.


O Karma e a Umbanda.


A reflexão abaixo é um preâmbulo para desenvolver o debate, foi trabalho de pesquisa que darei minhas considerações para que possamos discutir e avançar neste tema.


À Reencarnação, ela deveria ser crença obrigatória para todos os que professam a crença em um Deus de Amor como era o caso de Jesus (ou não era ?). Afinal de contas, se o Deus de Amor que Jesus apregoava era (e deve continuar sendo) um Deus que ama sua criação, como se explica o nascimento de cegos, tetraplégicos, portadores da Síndrome de Douwn e outras anomalias congênitas ? Será que um Deus de Amor CRIA PROPOSITALMENTE esses seres ? Mas acaso não é ele também um Deus da perfeição? Já pensou que esses seres teriam que carregar suas deficiências "criadas por Deus" (que Deus?) até o tal "Julgamento Final", sem terem uma chance de, como você e eu, poderem caminhar livremente por onde escolherem ou raciocinarem claramente ou até mesmo enxergarem ?


A Reencarnação (isso se você acredita mesmo em Deus). Além do mais as pesquisas no campo da Hipnose têm revelado descobertas importantes em relação a isso. Nenhum membro honesto, seja de que seita ou religião for, pode estar alienado em relação às pesquisas científicas no campo da paranormalidade ou da indução de estados alterados da consciência. Não se pode fechar os olhos e fingir que o sol não existe a não ser que o intuito seja o de permanecer no obscurantismo da própria insensatez.


Querendo ou não, Umbandistas, Kardecistas e membros de outros grupos religiosos, deveriam ler O NOVO TESTAMENTO, onde se pode focalizar várias passagens em que o próprio Jesus se referia (entendesse quem pudesse, como aliás era seu modo de ensinar) ao retorno do espírito à matéria.Em Mateus XVII : 10 - 13 e Marcos XVIII : 10 - 12, há a seguinte passagem : “E os discípulos lhe perguntaram dizendo: Pois por que dizem os escribas que importa vir Elias primeiro ?Mas ele, respondendo lhes disse : Elias certamente há de vir e restabelecerá todas as coisas; digo-vos, porém, que Elias já veio, e eles não o conheceram, antes fizeram dele quanto quiseram. Assim também o filho de Homem há de padecer às suas mãos. Então compreenderam que de João Batista é que falara".A Igreja Católica, quando organizou os escritos durante o 5º Concílio Ecumênico por volta do ano 553, esqueceu de tornar esse texto um Apócrifo, assim como fez a outros testemunhos.Há também uma outra passagem muito interessante, veja só:Lucas XXI - 7 - E perguntaram-lhe dizendo: Mestre, quando serão, pois, estas coisas? E que sinal haverá quando isto estiver para acontecer?8 - Disse então ele : Vede não vos enganem porque virão muitos em meu nome, dizendo : Sou eu, e o tempo está próximo; não vades portanto após eles.9 - E, enquanto ouvirdes de guerras e sedições, não vos assusteis. Porque é necessário que isto aconteça primeiro, mas o fim não será logo.10- Então lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação e reino contra reino;11- E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilência....12- Mas antes de todas estas coisas lançarão mão de vós e vos perseguirão....20- Mas quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação....32- Em verdade vos digo que não passará esta geração até que tudo aconteça....Observe que Jesus fala durante todo o tempo como se os ouvintes de então fossem presenciar suas profecias, e chega a dizer que: "esta geração não passará até que tudo aconteça", o que inclui o seu retorno "numa nuvem, com poder e grande glória".Como isso ainda não aconteceu até hoje, fica difícil entender que ele esperasse que seus seguidores presenciassem os fatos, a não ser que estivessem reencarnados na ocasião.Mas aí você poderia retrucar dizendo que Jesus não falava realmente aos seus contemporâneos, mas àqueles que viriam após e portanto outras pessoas e portanto outros filhos de Deus que não aqueles que ali estavam, certo ?Só que se você pensou assim, é porque não leu sua Bíblia corretamente, porque ele também diz : "Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima". E também diz : "Vigiai, pois em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que irão acontecer, e de estar em pé diante do Filho do Homem".Ora, para se olhar para cima e levantar a cabeça enquanto as profecias acontecem, é preciso que se esteja encarnado na matéria, ou vivo após ter "morrido", pois morto e enterrado (ou dormindo aguardando a tal ressurreição como querem alguns) não enxerga, não pode orar nem vigiar em tempo algum (pelo menos deve ser o que acreditam aqueles que não crêem na reencarnação ou na vida pós-morte). E repare que a redenção só virá para estes que puderem seguir essas orientações, ou seja, que de alguma forma estejam VIVOS.Sugere também Jesus, que poderão estar diante do Filho do Homem aqueles que passarem por essas provas a que ele se refere, orando e vigiando. O que será então de seus contemporâneos que, não terão essa oportunidade por estarem segundo alguns, MORTOS E ENTERRADOS, aguardando apenas serem julgados nos últimos dias? Ou será que seus contemporâneos e outros mais antes e após eles, também deveriam ter o privilégio de estarem vivos, encarnados ou não nesses momentos ?O que será que ele quis dizer com : "não passará esta geração até que tudo aconteça"?Se considerarmos geração como normalmente o fazemos, (descendência, filiação, linhagem etc.), veremos que após sua estada na Terra, várias gerações já se passaram e outras foram totalmente extintas.

Quando analisamos este texto produzido por um umbandista vejo o como estamos cada vês mais interligados com o Kardecismo mostrando para nós que os conceitos são muito parecidos, mas devemos aprofundar mais, pois temos diferenças significativas de visão espiritual, e de espíritos. Devemos lançar nosso olhar dentro das Leis da Umbanda, apesar de que muito significativo e sábio a questão lançada pelos irmãos kardecistas.

Quero dizer com isso, é que muitos afirmam que nossas entidades na Umbanda são inferiores e estão muito ligadas a matéria, tendo que fazer uso de bebidas, fumo, álcool, e que esta cumprindo seu Karma, mas como explicar sua tamanha sabedoria e eficácia dentro deste processo, não comungo da mesma opinião guardando o devido respeito, mas acho que o grande problema esta na evolução do homem e na compreensão de que a Umbanda pode e deve se posicionar analisando toda esta questão pelo código da religião, apesar de muitos afirmarem que não temos, mas nossas bases são solidificadas e podemos sim estruturar esta questão de maneira que possamos produzir um debate de idéias com nossos irmãos de outras vertentes, sem sectarismo mas com nossa personalidade própria.

Conclusão.

Temos muitos passos a dar para tratar deste assunto, é um tema muito abrangente e que nos leva a várias ramificações, a questão sobre o Karma está ligada em vários ramos da nossa vida, e podemos aproveitar este tema para produzirmos um entendimento espiritual, social e ideológico.

Não posso conceber ver um irmão meu passando necessidade, e não me levantar para contribuir e tira-lo daquela situação, mas não como fato isolado mas pensando coletivamente, não posso tratar a questão de gênero como paga karmica sem entender o quanto é complexo a questão, e assim vai em todas as questões de cidadania, temos em nossa sociedade vários problemas que a religião pode tratar como paga karmica, mas também podemos ser agentes transformadores, se entendermos que podemos através do livre arbítrio transformar o individuo.

Este é um sentimento que me remete a esta reflexão sobre karma, chamo a tenção dos irmão que não estou aqui concordando ou discordando dos seus efeitos mas quero agregar a esta discussão o conceito de cidadania que é um componente dentro da minha visão agregador e transformador dentro da religião e do livre arbítrio.

Axé irmãos.......


Fonte de pesquisa:
www.gnosionline.org
www.ipb.org.br
www.umabandasem medo.blogspot.com