terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

BUSCANDO UM ENTENDIMENTO SOBRE O KARMA.


Sabe irmãos cada um de nós além de ser ligado a alguma religião espiritual, também exerce outras atividades e tem formação das mais diversas, e todos nós compreendemos as coisas de modo diferente, estou falando isso por que apesar de umbandista, tenho uma militância na área social que me permite ter uma visão periférica de certas situações diferente do entendimento espiritual, e sempre estive muito confortável com minhas posições ideológica e religiosa.

Mas alguns temas me fazem refletir e buscar o conhecimento e principalmente rever alguns conceitos, por isso estou escrevendo sobre o Karma, vou discorrer neste texto ao entendimento que cheguei e que não tomo como definitivo, pois ainda me vem à cabeça muitas questões sobre o tema, então espero que junto com os irmãos e amigos que acompanham este blog possamos discutir este assunto para nosso engrandecimento.

Toda vês que falamos sobre o Karma estamos falando da Lei da Causa e Efeito, a mesma pode ter infinitas interpretações inclusive os mais céticos vêem este assunto como uma fuga pois se toda ação causa uma reação se ficar parado nada acontece, é uma maneira grossa e simplista de resumir o pensamento daqueles que pouco se interessam por assuntos ligados ao espiritual.

O Karma é lei de compensação, não de vingança. Há quem confunda essa Lei Cósmica com "determinismo" ou com "fatalismo", ao crer que tudo que nos acontece já está previamente determinado. É verdade que os atos humanos determinam nossa herança, a educação e o meio [em nascemos]. Mas também é verdade que o homem tem o livre arbítrio e pode modificar seus atos, educar seu caráter, formar hábitos superiores, combater debilidades e fortalecer virtudes.
Quando nascemos neste mundo trazemos nosso destino. Uns nascem em berço de ouro e outros na miséria. Se na passada existência matamos, agora nos matarão; se ferimos, agora nos ferirão; se roubamos, agora nos roubarão;e com a vara que medimos seremos medidos. E como podemos afirmar isso a partir de que ponto sabemos sobre nossa vida passada se não procurarmos à regressão através da hipnose?


Justiça sem Misericórdia é tirania; Misericórdia sem Justiça é tolerância e complacência com o delito. O Karma é negociável. Isso pode surpreender muita gente de diversas escolas esotéricas tradicionais. Por certo alguns pseudo-esoteristas e pseudo-ocultistas tornaram-se muito pessimistas em relação à lei de causa e efeito. Supõem equivocadamente que esta se desenvolve em forma mecânica, automática e cruel. Os eruditos crêem que não é possível alterar essa lei, mas lamento sinceramente ter que discordar dessa forma de pensar.


É possível modificar nosso próprio destino. Modificando-se a causa modifica-se o efeito. Se de um lado colocamos nossas boas obras e no outro as nossas obras negativas, ou teremos equilíbrio ou um dos lados pesará mais que outro. Se o lado das más obras pesar mais devemos corrigir o desequilíbrio pondo mais boas obras do lado correspondente, para termos o equilíbrio a nosso favor. Mas isso resolve a nossa dívida com o Karma, ou apenas estamos sendo seres humanos melhores em nosso desenvolvimento de caráter e personalidade?


Uma questão que levanto para refletirmos em cima do que já está sendo falado, vamos colocara a questão por dois ângulos se a miséria, a má índole, podem ser conseqüência de vidas passadas, por que muitas pessoas lutam por uma qualidade melhor de vida, tentam resgatar sua cidadania com ações afirmativas não devemos deixar de lado estas atitudes também pois fazem parte de uma questão social positiva.


Olhar sobre o Karma na visão espírita.
CARMA E REENCARNAÇÃO
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A vida apresenta experiências diferentes para cada um, de acordo com a necessidade de aprendizado da consciência.Nem sempre essas experiências se afiguram agradáveis no momento em que aparecem. Na verdade, a maioria dessas experiências, devido à imaturidade dos envolvidos no processo, provoca gemidos desesperados e revoltas inúteis.


É que a renovação espiritual geralmente é precedida de algumas crises que pressionam a consciência em evolução na direção de suas próprias barreiras espirituais. Vale dizer que cada consciência é responsável, direta ou indiretamente, pelo próprio destino. Através de nossas ações, desencadeamos forças espirituais invisíveis e automáticas que criam reações correspondentes às ações criadas.


A isso os orientais denominaram "CARMA", a lei da causa e efeito espiritual, que domina e educa as consciências em evolução. As leis de causa e efeito são universais, abrangentes e inerentes a todas as criaturas em evolução, desde os seres altamente avançados até os mais atrasados, cada um em seu nível de manifestação e entendimento.


O amadurecimento da consciência só se dá mediante a vivência de experiências variadas no colégio da vida. Por isso, somos colocados em contextos diferentes para adquirirmos a "textura espiritual" que nos falta. É a busca pelo "diploma consciencial".


No processo de crescimento evolutivo, constatamos alguns mecanismos do ensino cósmico, subdivididos nas seguintes etapas: -A reencarnação nos matricula na escola tridimensional de manifestação evolutiva. -A morte nos matricula na escola interdimensional de manifestação evolutiva. -A evolução é diretora da escola. -A reencarnação é sua professora preferida. -A lei do carma é sua inspetora predileta.


A Doutrina é límpida, explicou-nos o instrutor, e as idéias dos homens merecem uma análise. Na época em que vivemos, os espíritas precisam buscar as necessidades atuais da juventude, que não é há de cem anos atrás. Hoje o jovem convive com a droga, o sexo, com a liberdade excessiva e ainda mais com uma sociedade materialista. O jovem que está interessando-se pela Doutrina tem de encontrar na Casa informações bem direcionadas, com métodos atualizados, para serem discutidos os temas do dia-a-dia. Para a criança e o jovem de hoje não basta dizer “não pode”. Temos de provar por que eles não podem ter este ou aquele procedimento. Também como o jovem, a criança — não esqueçamos — vive na época da informática e da cibernética, e não será através de proibi¬ções que vamos fazer germinar nessas mentes, repletas de jogos eletrônicos, brinquedos violentos, videocassetes, filmes aquém da moral, os valores da Doutrina Espírita. Quê fazer, então? Apresentar a Codificação como ela é, caminhando com Jesus e dando as mãos para o mundo atual, não olvidando que a criança de hoje foi o adulto de ontem e que, devido a múltiplas idas e vindas, muito já aprendeu e maior facilidade encontra para assimilar as bases doutrinárias. Notem bem: sem proibição, apenas apresentando os valores reais da alma, oferecendo lições no sentido de que ser digno não é obrigação nem favor, é um direito que Deus nos outorgou para ser conquistado. Portanto, ser digno é uma conquista própria. As almas indignas, sem valores, são criaturas que não possuem forças para lutar contra as próprias fraquezas. Para lidar com a criança e o jovem necessitamos nos educar primeiro, para depois tentar transmitir-lhes o muito que a Doutrina oferece. Os estudos têm de partir das obras básicas e dos clássicos da Doutrina.


Principalmente o jovem, se ele vai adentrar uma universidade, ao chegar nela que o faça buscando como bagagem os reais valores doutrinários; que materialismo algum possa levá-lo a esquecer o que aprendeu na Casa Espírita. Lembramos, nesse item 9 da Introdução de O Livro dos Espíritos, que a Doutrina conseguiu prender a atenção de homens respeitáveis, que não tinham interesse algum em propagar erros nem tempo a perder com futilidades. O jovem inteligente terá uma literatura ao nível do seu intelecto.


O Karma e a Umbanda.


A reflexão abaixo é um preâmbulo para desenvolver o debate, foi trabalho de pesquisa que darei minhas considerações para que possamos discutir e avançar neste tema.


À Reencarnação, ela deveria ser crença obrigatória para todos os que professam a crença em um Deus de Amor como era o caso de Jesus (ou não era ?). Afinal de contas, se o Deus de Amor que Jesus apregoava era (e deve continuar sendo) um Deus que ama sua criação, como se explica o nascimento de cegos, tetraplégicos, portadores da Síndrome de Douwn e outras anomalias congênitas ? Será que um Deus de Amor CRIA PROPOSITALMENTE esses seres ? Mas acaso não é ele também um Deus da perfeição? Já pensou que esses seres teriam que carregar suas deficiências "criadas por Deus" (que Deus?) até o tal "Julgamento Final", sem terem uma chance de, como você e eu, poderem caminhar livremente por onde escolherem ou raciocinarem claramente ou até mesmo enxergarem ?


A Reencarnação (isso se você acredita mesmo em Deus). Além do mais as pesquisas no campo da Hipnose têm revelado descobertas importantes em relação a isso. Nenhum membro honesto, seja de que seita ou religião for, pode estar alienado em relação às pesquisas científicas no campo da paranormalidade ou da indução de estados alterados da consciência. Não se pode fechar os olhos e fingir que o sol não existe a não ser que o intuito seja o de permanecer no obscurantismo da própria insensatez.


Querendo ou não, Umbandistas, Kardecistas e membros de outros grupos religiosos, deveriam ler O NOVO TESTAMENTO, onde se pode focalizar várias passagens em que o próprio Jesus se referia (entendesse quem pudesse, como aliás era seu modo de ensinar) ao retorno do espírito à matéria.Em Mateus XVII : 10 - 13 e Marcos XVIII : 10 - 12, há a seguinte passagem : “E os discípulos lhe perguntaram dizendo: Pois por que dizem os escribas que importa vir Elias primeiro ?Mas ele, respondendo lhes disse : Elias certamente há de vir e restabelecerá todas as coisas; digo-vos, porém, que Elias já veio, e eles não o conheceram, antes fizeram dele quanto quiseram. Assim também o filho de Homem há de padecer às suas mãos. Então compreenderam que de João Batista é que falara".A Igreja Católica, quando organizou os escritos durante o 5º Concílio Ecumênico por volta do ano 553, esqueceu de tornar esse texto um Apócrifo, assim como fez a outros testemunhos.Há também uma outra passagem muito interessante, veja só:Lucas XXI - 7 - E perguntaram-lhe dizendo: Mestre, quando serão, pois, estas coisas? E que sinal haverá quando isto estiver para acontecer?8 - Disse então ele : Vede não vos enganem porque virão muitos em meu nome, dizendo : Sou eu, e o tempo está próximo; não vades portanto após eles.9 - E, enquanto ouvirdes de guerras e sedições, não vos assusteis. Porque é necessário que isto aconteça primeiro, mas o fim não será logo.10- Então lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação e reino contra reino;11- E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilência....12- Mas antes de todas estas coisas lançarão mão de vós e vos perseguirão....20- Mas quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação....32- Em verdade vos digo que não passará esta geração até que tudo aconteça....Observe que Jesus fala durante todo o tempo como se os ouvintes de então fossem presenciar suas profecias, e chega a dizer que: "esta geração não passará até que tudo aconteça", o que inclui o seu retorno "numa nuvem, com poder e grande glória".Como isso ainda não aconteceu até hoje, fica difícil entender que ele esperasse que seus seguidores presenciassem os fatos, a não ser que estivessem reencarnados na ocasião.Mas aí você poderia retrucar dizendo que Jesus não falava realmente aos seus contemporâneos, mas àqueles que viriam após e portanto outras pessoas e portanto outros filhos de Deus que não aqueles que ali estavam, certo ?Só que se você pensou assim, é porque não leu sua Bíblia corretamente, porque ele também diz : "Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima". E também diz : "Vigiai, pois em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que irão acontecer, e de estar em pé diante do Filho do Homem".Ora, para se olhar para cima e levantar a cabeça enquanto as profecias acontecem, é preciso que se esteja encarnado na matéria, ou vivo após ter "morrido", pois morto e enterrado (ou dormindo aguardando a tal ressurreição como querem alguns) não enxerga, não pode orar nem vigiar em tempo algum (pelo menos deve ser o que acreditam aqueles que não crêem na reencarnação ou na vida pós-morte). E repare que a redenção só virá para estes que puderem seguir essas orientações, ou seja, que de alguma forma estejam VIVOS.Sugere também Jesus, que poderão estar diante do Filho do Homem aqueles que passarem por essas provas a que ele se refere, orando e vigiando. O que será então de seus contemporâneos que, não terão essa oportunidade por estarem segundo alguns, MORTOS E ENTERRADOS, aguardando apenas serem julgados nos últimos dias? Ou será que seus contemporâneos e outros mais antes e após eles, também deveriam ter o privilégio de estarem vivos, encarnados ou não nesses momentos ?O que será que ele quis dizer com : "não passará esta geração até que tudo aconteça"?Se considerarmos geração como normalmente o fazemos, (descendência, filiação, linhagem etc.), veremos que após sua estada na Terra, várias gerações já se passaram e outras foram totalmente extintas.

Quando analisamos este texto produzido por um umbandista vejo o como estamos cada vês mais interligados com o Kardecismo mostrando para nós que os conceitos são muito parecidos, mas devemos aprofundar mais, pois temos diferenças significativas de visão espiritual, e de espíritos. Devemos lançar nosso olhar dentro das Leis da Umbanda, apesar de que muito significativo e sábio a questão lançada pelos irmãos kardecistas.

Quero dizer com isso, é que muitos afirmam que nossas entidades na Umbanda são inferiores e estão muito ligadas a matéria, tendo que fazer uso de bebidas, fumo, álcool, e que esta cumprindo seu Karma, mas como explicar sua tamanha sabedoria e eficácia dentro deste processo, não comungo da mesma opinião guardando o devido respeito, mas acho que o grande problema esta na evolução do homem e na compreensão de que a Umbanda pode e deve se posicionar analisando toda esta questão pelo código da religião, apesar de muitos afirmarem que não temos, mas nossas bases são solidificadas e podemos sim estruturar esta questão de maneira que possamos produzir um debate de idéias com nossos irmãos de outras vertentes, sem sectarismo mas com nossa personalidade própria.

Conclusão.

Temos muitos passos a dar para tratar deste assunto, é um tema muito abrangente e que nos leva a várias ramificações, a questão sobre o Karma está ligada em vários ramos da nossa vida, e podemos aproveitar este tema para produzirmos um entendimento espiritual, social e ideológico.

Não posso conceber ver um irmão meu passando necessidade, e não me levantar para contribuir e tira-lo daquela situação, mas não como fato isolado mas pensando coletivamente, não posso tratar a questão de gênero como paga karmica sem entender o quanto é complexo a questão, e assim vai em todas as questões de cidadania, temos em nossa sociedade vários problemas que a religião pode tratar como paga karmica, mas também podemos ser agentes transformadores, se entendermos que podemos através do livre arbítrio transformar o individuo.

Este é um sentimento que me remete a esta reflexão sobre karma, chamo a tenção dos irmão que não estou aqui concordando ou discordando dos seus efeitos mas quero agregar a esta discussão o conceito de cidadania que é um componente dentro da minha visão agregador e transformador dentro da religião e do livre arbítrio.

Axé irmãos.......


Fonte de pesquisa:
www.gnosionline.org
www.ipb.org.br
www.umabandasem medo.blogspot.com

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