quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Um diálogo amplo.


Amigos de todas vertentes religiosas e seitas espirituais e espiritualistas, começo este diálogo com o propósito de chamar a atenção de vocês a algumas constatações que faço ao longo do tempo que naveguei neste mundo virtual nas comunidades de Umbanda, Candomblé, Kardecismo, Quimbanda, Esoterismo e assim por diante. Nossa vontade de falar e discutir os assuntos referente a religião é fantástico, os níveis de conhecimento são os mais variados possíveis e os pontos de vistas seguem na mesma direção.


Porém vocês já se questionaram o porque destes fóruns, qual sua verdadeira finalidade, já conseguiram criar uma relação com os mediadores donos destas comunidades para falar qual o sentido de discutir a religião e o que eles pensam, eu fiquei surpreso com as conversas proveitosas que tive com alguns, para mim ficou claro que estamos muito além das expectativas reiais da proposta de comunidade de estudo e discussão.


As palavras mais usadas nestes fóruns de discussão é pré-conceito e absolutismo, vamos dar um basta nisso amigos, ninguém é dono da verdade, e principalmente me lembrando do tópico do Fernando O que é Caridade, é o que menos praticamos nas comunidades, nos acotovelamos uns nos outros para mostrar quem é melhor ou sabe mais, é isso que aprendemos? Com certeza não mas desvirtuamos o que aprendemos em nome da nossa vaidade.


Estou dizendo isto pois temos uma infinidade de dirigentes, dentro deste mundo virtual e mais uma grande massa de pessoas que buscam o conhecimento e se simpatizam este seguimento religioso, mas cada um tem sua limitação, conhecimento , e necessidades de expressar, mas onde conseguimos sintetizar tudo o que é falado para não se perder, como formar massa critica sem ser prepotente e enfiar goela abaixo as verdades absolutas que carregamos individualmente, este texto tem por finalidade responder ao DOUGLAS, que postou um tópico na Comunidade Amigos, Umbanda e Espiritismo que fez colocações absurdas afirmando sobre a Umbanda pé no chão, e desqualificando as pessoas que pensam. E neste ponto chamo atenção de vocês pois não discordo que todos nós cada um no seu tempo receberá continuamente os conhecimentos passados pelos dirigentes, mas nós como seres pensantes temos que criar opiniões e massa critica, devemos olhar a religião não só do modo conceitual religioso e atentar para suas necessidades, estamos sempre a margem de conquistas o que não acontece em outras denominações, e amigos não adianta falar que somos diferentes, ser diferente é ser omisso por um acaso, vocês acham que só devemos nos ater em incorporar, cambonar, dirigir as casas, ou também devemos discutir a vida social dos que frequentam e os participantes eventuais que além dos problemas espirituais tem problemas sociais.


Alguns interpretaram como politizar a religião, mas vou falar que temos que socializar a religião de forma que ela seja compreendida pela sua mística e pelo seu trabalho dentro das bases da sociedade, não podemos mais adiar esta discussão, temos papel responsável com o meio em que vivemos, é muito fácil dentro do mundo virtual debatermos questões sem mostrar a prática das nossas ações, tudo que temos feito nas comunidades tem tido reflexo positivo não tenho duvida o Douglas Fersam tem a maior comunidade de Umbanda do Orkut, o Sílvio tem a Oxalá O Rei da Umbanda que tem muita qualidade de participantes, aprendo muito com Os Atabaques Rebatem indicada pelo amigo Alessandro Coi e assim por diante, mas o chamamento que tenho percebido neste momento é sair do virtual e vir para o real.


Muitos de nós criticamos ou não concordamos com Saraceni, Mata Silva dentre outros, mas todos eles de forma equivocada ou não souberam mostrar sua cara de forma a questionar de cada um e nós dentro do mundo virtual por que tememos isso, por que nos acomodamos na frente de uma tela e digitamos o que pensamos, mas não temos coragem de sair do subjetivo e ir paro o mundo real e concreto onde podemos reinvidicar nossos direitos como qualquer outra religião, onde podemos ajudar as comunidades onde estão instalados nossas casas, onde podemos discutir a melhoria de vida dos nossos FDS e também do povo da assistência, não tenho dúvidas que temos diversos formadores de opiniões em todas comunidades do Orkut, mas precisamos transferir estas opiniões para a prática.


Muito temos que construir dentro da religião, mas estamos engatinhando ainda no outro papel que temos a cumprir dentro da sociedade, chamo a todos para esta reflexão sem medo do que possa vir de comentários, mas com a certeza de que minha disposição é tamanha para encarar não só o debate mas a ação concreta junto com as demais pessoas que estiverem pré-dispostas, isso não é um desabafo amigos é uma constatação do que venho observando, para mim o homem é agente transformador dentro do meio, e por isso proponho este debate.


Axé irmãos.....

3 comentários:

  1. Prezado Jordam:

    Vejo seus comentários como alguém que se sente impelido a "fazer algo", como vc mesmo disse, sair do virtual e ir para o real.

    É uma atitude louvável, sem dúvida, mas, em termos práticos, e em termos de religião, o que seria isso?

    Lembro das palavras de Jesus: "daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus"...

    Porque o estado é laico, acima de religiões... o ateu, umbandista, católico, espírita, agnóstico, cético, etc tem todo direito às condições básicas e necessárias para crescimento e sobrevivência dentro da sociedade.

    Vejamos o exemplo da Igreja de Roma, que no passado trilho o caminho do poder político e podemos concluir o que aconteceu...

    Será que devemos criar "bolsões", panelas, ou seja, um vereador que só cuida dos interesses umbandistas, um outro que só cuida dos interesses católicos...

    Temos visto na mídia casos como o do mensalão, dólares na cueca, onde políticos ligados a determinado segumento religioso estavam envolvidos...

    Daí pergunto: será que queremos isso para a (nossa) religião, esse "estrago"? Sim, porque não há como evitar que isso um dia venha a acontecer...

    Não vejo com bons olhos a política levantando a bandeira da religião...

    Enquanto a política cuida e se preocupa na melhoria das condições de vida da população, da administração da coisa pública, a religião deveria se ocupar das coisas do espírito...

    Será que existe um campo de atuação comum às duas?

    Talvez vc me convença do contrário!

    Um abraço!

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  2. Aprendiz

    Primeiro quero agradecer por acompanhar o Blog, e seu comentário é muito pertinente, então vou responder a sua indagação.

    É verdade o Estado é laico, mas na prática somos discriminados por ele mesmo, as leis que regem e da benefícios às demais religiões, muitas vazes não dão as religiões espirituais, este é um ponto que devemos conquistar.

    Por outro lado temos um papel tão relevante quanto às outras denominações religiosas, e quando se trata de ações afirmativas ficamos sempre com medo de expressar ou mesmo de intervir pego o exemplo do incidente de Santa Catarina, que alavancou todas as pessoas, as religiões se manifestaram e nós nos manifestamos somente ao nosso povo, penso que nós mesmos nos colocamos em um bolsão por muitas ocasiões.

    Quando falo em sair do virtual e ir para prática, temos que deixar o sectarismo de lado e abrir um canal de diálogo com as pessoas, algumas iniciativas foram tomadas por pessoas que dentro da opinião individual de cada um claro não representam a Umbanda ou o Blé e assim por diante.

    Não cogitei a questão de politizar a religião por que as tentativas para isso foram fracassadas, mas podemos cobrar o poder público como religião organizada, e apresentar propostas, seria muita pretensão nossa achar que teríamos união suficiente para prepara representantes dentro das nossas vertentes.

    Na verdade quero provocar um debate com as pessoas que estão dentro das comunidades e dos blogs, para desenvolvermos juntos idéias e ações, não quero apresentar uma linha ideológica pessoal, mas juntos com tantas pessoas fantásticas das comunidades e dos blogs formar um consenso mais amplo sobre a religião e as questões sociais.

    Espero que tenha ajudado para que continuemos este debate.
    Meu contato: jordamgodinho@hotmail.com.

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  3. Amigo Jordam,

    Depois de tantos contatos, sinto-me no direito de considerá-lo um amigo, e digo que sua indagação quanto ao que prega a religiãoe como ela se comporta, não condiz com o que vemos no dia-dia.

    A sua disposição de tentar mudar e sua inquietação também é compartilhada por mim.

    Vc sabe que pode contar comigo sempre que quiser discutir, e se for necessário tornar essas conclusões em "ações afirmativas", estou disposto a cooperar.

    Só quero lembrar que seremos alvo de critica, como os citados por vc no artigo.

    Mas já tomamos tanta "porrada" que acho que já estamos nos acostumando.

    Abraços fraternais

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