sábado, 24 de janeiro de 2009

FALANDO DE IBEJIS.


Na Umbanda IBEJI conhecido como Orixá-criança, duas divindades gêmeas, sincretizadas aos Santos Católicos Cosme e Damião. Protetor das crianças e determinados para a regência da infância até a adolescência. Abençoam os partos, os lares, trazendo saúde e prosperidade. Estão relacionados a tudo que brota, que se inicia: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas. São associados ao principio da dualidade. Valorizam as brincadeiras, o sorriso, a alegria, a espontaneidade e a ingenuidade; enfim, tudo que se possa associar ao comportamento típico-infantil.


É importante saber que o Orixá IBEJI não “incorpora” na Umbanda, pois são representados pelas “Crianças” que se manifestam nos Médiuns e gostam de ganhar doces, brinquedos, frutas, etc.
No candomblé Ibejis são divindades gêmeas infantis, é um orixá duplo e tem seu próprio culto, obrigações e iniciação dentro do ritual.Divide-se em masculino e feminino,(gêmeos).


No oyó cultua-se como erês ligado a qualidades de xangô e oxum. Popularmente conhecido como xangô e oxum de ibeji.Os orixás gêmeos protegem os que ao nascer perderam algum irmão (gêmeo), ou tiveram problemas de parto. Em algumas casas de candomblé e batuque são referidos como erês (crianças) que se manifestam após a chegada do orixá chamados de axé erês ou axêros. Em outras são cultuados como xangô e ou oxum crianças. Porém na verdade são orixás independentes dos erês.Por serem gêmeos, estão ligados ao princípio da dualidade e de tudo que vai nascer, brotar e criar.


A IBEJI não se engana nunca, sob pena de quem o fizer, perder o gosto pela vida não vendo nenhuma motivação para a alegria e o prazer. Ao lidarmos com IBEJI não devemos esquecer que estamos em contato com uma energia infantil, a qual não devemos nada prometer se não pudermos cumprir. IBEJI ajuda sempre aos que lhes são simpáticos a troco de nada, no entanto, se prometermos teremos que cumprir.


CONHECENDO MAIS DAS CRIANÇAS DA UMBANDA


Seus filhos de santo são pessoas com temperamento infantil, jovialmente inconseqüente; nunca deixam de ter dentro de si a criança que já foram. Costumam ser brincalhonas, sorridentes, irrequietas – tudo, enfim, que se possa associar ao comportamento típico infantil. Muito dependentes nos relacionamentos amorosos e emocionais em geral, podem então revelar-se teimosamente obstinadas e possessivas.


Ao mesmo tempo, sua leveza perante a vida se revela no seu eterno rosto de criança e no seu modo ágil de se movimentar, sua dificuldade em permanecer muito tempo sentado, extravasando energia. Podem apresentar bruscas variações de temperamento, e certa tendência a simplificar as coisas, especialmente em termos emocionais, reduzindo, às vezes, o comportamento complexo das pessoas que estão em torno de si a princípios simplistas como “gosta de mim – não gosta de mim”. Isso pode fazer com que se magoem e se decepcionem com certa facilidade.
Ao mesmo tempo, suas tristezas e sofrimentos tendem a desaparecer com facilidade, sem deixar grandes marcas. Como as crianças em geral, gostam de estar no meio de muita gente, das atividades esportivas, sociais e das festas.


A grande cerimônia dedicada a estes orixás acontece a 27 de setembro, dia de São Cosme e Damião, quando comidas como caruru, vatapá, bolinhos, doces, balas (associadas às crianças, portanto) são oferecidas tanto aos orixás como aos freqüentadores dos terreiros. O sacrifício destinado a Ibeji é de frangos e frangas de leite, pequenos. As comidas são as servidas na festa, descritas acima. Os Ibeji não possuem otá, e em seus altares podem ser encontrados freqüentemente brinquedos. Suas cores principais são o vermelho e o verde, mas todas as cores acabam fazendo parte das roupas de seus filhos de santo e de alguns colares usados por eles
Nota-se a influência de IBEJI no comportamento das pessoas, quando nunca deixam de ter dentro de si a criança que já foram.


Seu dia festivo é 27 de setembro, dia da consagração a São Cosme e São Damiã, que eram médicos e dedicaram suas vidas as crianças pobres, sem receberem dinheiro pelos seus serviços. A popularidade desses Santos irritou um cônsul Romano, numa época em que os Cristãos eram perseguidos. Forma presos, torturados e por fim degolados por recusarem a abdicar de sua Fé, isto no ano de 287 durante o Império de Diocleciano.


Em muitos Terreiros, sempre Os chamam para a limpeza espiritual, da assistência e dos Médiuns, após sessões pesadas na maioria das vezes encerram com IBEJI.


Fonte:
www.candomblebra.blogspot.com
(I.C.U.C.7.P)

Um comentário:

  1. Minha mãe faleceu num 27 de setembro(1963) e a última coisa que ela fez em vida, logo cedinho, foram umas cocadas prá eu levar prás coleguinhas da escola.
    Sobraram cocadas e às 17 hs, voltei toda contente para dividí-las com minha mãe, a essa hora, já morta.
    Penso que ela fez as cocadas, mesmo mal se aguentando de pé, para oferecer a Cosme e Damião_ que nunca permitiram que eu caísse completamente.
    Este é um depoimento de gratidão aos Ibejis, às crianças.
    Que sejam bem conhecidos, e amados.
    Obrigada pela oportunidade.
    Hoje, peço aos Ibejis, que protejam a infância, a vida, o caminho de meus filhos e netos.
    Salve!
    Que bonito blog!

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